Imagem de Ninja Gaiden Dragon Sword
Imagem de Ninja Gaiden Dragon Sword

Ninja Gaiden Dragon Sword

Nota do Voxel
88

Ryu Hayabusa está de volta em mais uma aventura repleta de ação.

Ninja Gaiden é uma daquelas franquias que estão por aí há tanto tempo que têm mais idade do que muitos daqueles que as jogam hoje em dia. Desde o surgimento do primeiro game para arcades em 1988, a série segue as aventuras de Ryu Hayabusa, um ninja do clã que lhe dá o sobrenome.

Conhecida pela dificuldade e pelo estilo de ação beat ‘em up / hack n’ slash, a série foi revivida em 2004 após alguns anos de ausência. O game, para Xbox, reimaginou a história e iniciou uma nova era para o ninja. Esta versão para o DS é a continuação dessa trama.

Ryu está de volta!

Vigoor mais uma vez precisa de Ryu!

A história se passa na vila Hayabusa, agora reconstruída após os eventos de Ninja Gaiden. Após o seqüestro de uma amiga do protagonista, a ninja Momiji, Ryu parte para salvá-la. Ao encontrar uma pedra chamada Dark Dragonstone, ele é informado por Muramasa de que esta é uma das fontes do mal. Caso as oito pedras sejam unidas, o Dragão Negro mais uma vez irá surgir para espalhar o caos.

É a partir daí que o personagem parte para esta missão dupla, resgatar sua amiga e salvar o mundo novamente, utilizando-se de suas inúmeras habilidades.

A stylus não será somente sua espada

A primeira coisa que se nota no game é que o DS deve ser utilizado verticalmente. Em seguida vêm as pequenas animações que contam a história, características da série, e a possibilidade de se escolher o modo de dificuldade. No início há o modo Normal, com o modo – mais difícil – Head Ninja devendo ser destravado.

Momiji tenta evitar sua captura... Após uma pequena introdução o jogador é colocado diretamente na história na pele de Momiji, no que se assemelha a um pequeno tutorial. A stylus é predominantemente utilizada, com todos os botões fazendo a mesma coisa – bloqueio de ataques – com exceção do Start e do Select, que abrem o menu do personagem.

Os comandos no início parecem um pouco confusos, mas logo se tornam bastante intuitivos e respondem bem aos toques feitos na tela. Arrastar a stylus para cima fará Ryu pular, clicar e segurar o fará se mover naquela direção e clicar utilizará seus shurikens. Caso existam inimigos, movimentos verticais ou horizontais através deles realizarão golpes de espada na direção escolhida. A partir daí, existe uma série de combinações.

Além da stylus, os comandos não-convencionais são bastante divertidos. Por exemplo, para acordar um NPC que esteja dormindo deve-se gritar no microfone do console. Inclusive, caso haja algum NPC com o qual você não sabe como interagir, não hesite - berre com ele, literalmente! Já para utilizar os poderes especiais coletados através do jogo, clica-se em seu ícone e então deve-se desenhar o símbolo oriental respectivo.

O som é parte importante do jogo, visto que algumas indicações de eventos ocorrem somente através da trilha sonora. Um exemplo é a possibilidade de, após uma batalha, se ouvir um som característico. Caso isso ocorra o jogador deve rapidamente atirar na direção do som ou gritar no microfone – nunca perde a graça! – para ativar a seqüência.

Ninjas e demônios... quase um título de livro!

Os inimigos encontrados serão predominantemente ninjas e demônios, visto que os principais “malvados” da história são demônios compactuados com o clã Black Spider. Ao melhor estilo de pancadaria em tudo o que aparecer pela frente, Ryu enfrenta inúmeros oponentes de cada vez, até chegar em um chefe de nível que é relevante para a continuidade da trama.

Adversários derrotados deixam cair essências, que possuem diferentes tipos e usos. A essência amarela é utilizada como moeda, a azul recupera os pontos de vida e a vermelha regenera os poderes especiais. A quantidade obtida depende dos golpes utilizados para se aniquilar os inimigos.

Um dos especiais possíveis.

Os inimigos são bastante diversos, com a maioria possuindo a clássica mentalidade “vou partir pra cima de você loucamente” – o que proporciona os combates em massa – mas com alguns atirando à distância ou aguardando o momento certo para atacar. Com isso, os diversos golpes são eficientes em determinadas circunstâncias, e deve-se saber qual utilizar.

Os chefes possuem habilidades únicas e não adianta só partir pra cima e fatiá-los. Alguns poderes devem ser evitados, como o sopro de fogo de um dragão, para não se perder uma quantia considerável de vida. Embora o nível de dificuldade geral seja menor do que os outros jogos da série no modo normal, o desafio ainda está presente.

Ryu está bem na foto, assim como os outros personagens

Os gráficos do jogo são muito bons, considerando-se a capacidade do console em que roda. Modelos em 3D sobre um cenário pré-renderizado, ambos bem detalhados e desenhados, se traduzem em uma apresentação muito boa.

O som é bastante adequado e se integra bem ao título, sendo parte essencial não somente da imersão como também da jogabilidade. Embora o barulho de golpes e inimigos morrendo possa se tornar um pouco repetitivo, isso é obscurecido pela diversão de se gritar no microfone em determinadas ocasiões.

Todas as variáveis consideradas, Ninja Gaiden Dragon Sword revela-se um ótimo jogo para o DS, aproveitando bastante todas as possibilidades da plataforma e minimizando as fraquezas inerentes. Se você curte uma jogabilidade intuitiva e dinâmica, além de destroçar incontáveis oponentes em jogo de ação e aventura, este título é uma excelente escolha.
As guardiãs do olho do dragão.
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