Tombando diante do peso da responsabilidade
Ser o maior ícone dos games não é tarefa fácil. Não importa o momento ou a ocasião: basta um novo game da linha Super Mario Bros. pintar nos consoles para que todas as atenções se voltem para ele. Afinal, como carro-chefe de toda uma empresa, cabe ao bigodudo mostrar o que a Nintendo pretende com seu novo console.
E com New Super Mario Bros. U não é diferente, principalmente pelo fato de o jogo ser um dos títulos de lançamento do Wii U, o que deixa o peso da responsabilidade ainda maior. Como o público ainda tem muitas dúvidas em relação à utilização das duas telas e ao potencial do sistema, é no bigodudo que as pessoas vão procurar suas respostas. Se a Nintendo não conseguir acertar a novidade com ele, com quem será, não é mesmo?
Porém, é inegável a dificuldade desse desafio. Seguindo a mesma fórmula desde seu primeiro jogo, é realmente complicado imaginar como a "Big N" pode inovar na mecânica da série sem descaracterizá-la. Por isso, mais do que tentar trazer a revolução que todos queriam ver, a empresa optou por manter o ar nostálgico que acompanha sua franquia mais famosa e introduzir pequenas novidades exclusivas do Wii U, quase como em uma prévia do que o console pode realmente fazer. Mas será que isso é o suficiente?
Antes de discutir se a estreia de Mario no Wii U vale ou não a pena, é preciso deixar de lado toda a questão tecnológica e resgatar a essência do jogo, ou seja, o fato de ser mais um game da série Super Mario Bros. Assim como acompanhamos há quase 30 anos, temos a fórmula de sucesso sendo repetida com maestria e com algumas novidades, o que deixa tudo interessante e imperdível. Se fosse apenas por isso, o jogo seria uma aquisição indispensável.
O ponto, no entanto, é que estamos falando do símbolo da Nintendo aparecendo no lançamento de um novo console, o que torna a situação um pouco mais complicada. Sendo o ícone da empresa, o personagem precisa mostrar o potencial da novidade para não frustrar quem adquiriu o produto e, principalmente, quem está procurando justificativas para isso. E é aí que a Big N peca.
Embora seja o grande atrativo do Wii U, o GamePad não é bem explorado em New Super Mario Bros. U e, por mais divertido e variado que ele seja, não consegue impedir a inevitável pergunta: “É só isso?”. Ter a ação duplicada em duas telas é algo interessante, mas que não convence quem esperava uma revolução.
Se você não faz questão de abandonar sua TV, New Super Mario Bros. U se transforma em uma versão mais bonita e em alta definição do jogo lançado para Wii há alguns anos, com uma ou outra novidade em termos de mecânica. Uma pena.
Pelo jeito, teremos de esperar até um possível Super Mario Galaxy 3 para ver o encanador realmente aproveitando a nova tecnologia da Nintendo.
Categorias
Nota do Voxel