Versão para portátil traz tudo o que faz um bom NFS. Mas faltou polimento
A ideia da EA para Need for Speed Nitro foi realmente bastante simples e específica: dar um apelo mais casual a uma franquia inegavelmente “hardcore” — um estilo já um tanto casual, convenhamos. Lançado juntamente com outras duas novas empreitadas da franquia — Shift e Online —, Nitro traz para os consoles da Nintendo uma jogabilidade um tanto mais permissiva, juntamente com gráficos que bem poderiam ter buscado inspiração no filme Carros, da Pixar.
Particularmente, a versão para DS, além de continuar a tradição NFS de personalização e velocidades obcenas, ainda faz alguns malabarismos para driblar as limitações técnicas do console. Em outras palavras, esqueça os gráficos em 3D com pretensões ao realismo.
Mas tudo bem, afinal, não faltaram oportunidades para que a desenvolvedora Firebrand Games aprendesse a lidar com as idiossincrasias do portátil. Para quem não conhece, a softhouse já esteve por trás de diversos projetos para o DS. Apenas para nomear alguns, basta lembrar de TrackMania DS e DiRT 2 — que, basicamente, mais se parece com um Create & Race com apelo arcade.
Com novo visual e, de maneira geral, uma nova atitude, Nitro vem munido da esperança de fazer renascer a franquia no portátil. Tudo bem. Talvez o resultado final não fique à altura da apologia inflamada dos releases de imprensa. Mas, fato é, Nitro realmente não faz feio. Apresenta uma boa sensação de velocidade, um visual bastante adequado — embora algumas derrapadas apareçam aqui e ali —, e as tradicionais opções de personalização.
A versão para DS de Need for Speed Nitro realmente não é ruim. Em termos de controle e sensação de velocidade é até uma surpresa. Também estão aqui todos os elementos comumente associados à franquia, como o estilo “hardcore” — cuja epítome é, sem dúvida, o sistema “Heroic Driving” — e as possibilidades de personalização.
Entretanto, um pouco mais de polimento realmente não faria mal. Sobretudo em relação aos gráficos e ao acabamento, de forma geral. Mas, de qualquer forma, não deixa de ser uma boa diversão... pelo menos durante algumas horas.
Em outras palavras, se você é um fã de carteirinha da franquia, talvez valha a pena dar uma olhada. Se não, sempre existem alternativas, como a consistente versão de GRiD lançada para o portátil.
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Nota do Voxel