My Hero One's Justice 2 ganha a licença provisória, mas ainda não é herói
My Hero Academia vem conquistando seu espaço dentro do mundo das animações japonesas desde sua estreia em 2016. Em 2018, o anime recebeu seu primeiro jogo grande para os principais consoles, e agora em março voltou para continuar a história de Deku e os outros alunos da UA em My Hero: One’s Justice 2.
Basicamente, o novo game segue o mesmo molde de seu antecessor, permitindo que o jogador possa estar na pele de heróis e vilões icônicos, além de vivenciar momentos importantes da história da terceira e da quarta temporada. Mas vale lembrar que o primeiro título foi bom, mas apresentou alguns pontos negativos, então será que seu sucessor se saiu melhor? Confira a nossa análise completa para descobrir!
O modo história ainda é cansativo
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
No começo, parece divertido acompanhar partes do anime como um dos personagens, principalmente porque My Hero One’s Justice 2 traz dois arcos importantes: a Licença Provisória e o Shie Haissaikai. Desta vez, os recortes da história estão menos confusos, o que é uma evolução bem positiva em comparação ao primeiro jogo. Porém, os combates começam a ficar cansativos, com o aparecimento de “minions” desnecessários, principalmente na parte dos vilões, que é a novidade no jogo.
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
Falando ainda dos vilões, a parte deles não acrescenta realmente em nada na trama, sendo mais uma repetição, lutas sem sentido, e uma leve encheção de linguiça. É claro que foi muito legal poder ser Deku e Mirio protegendo a Eri, mas ter que jogar as mesmas batalhas de novo como Kai Chisaki (também conhecido como Overhaul pelos fãs) realmente foi bem massante.
Infelizmente, o enredo ainda é apresentado da mesma forma que o primeiro jogo, com muitas cenas estáticas que se assemelham a um formato quadrinho e poucas animações, o que é triste: afinal a batalha contra a máfia foi um dos pontos altos da nova temporada e merecia mais do que apenas poucos CGs.
O combate melhorou!
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
A batalha em si é o ponto alto do game. Assim como seu antecessor, ele é bem intuitivo e fácil de realizar vários golpes consecutivos. Entretanto, estão disponíveis mais variações de combos e personagens, melhorias na jogabilidade de alguns heróis e vilões, e os cenários apresentam menos bugs.
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
Além disso, agora existe a opção de usar o Plus Ultra (especial) com cada um dos ajudantes (sidekicks) e o “golpe final” quando a barra enche até o nível três e o golpe especial é utilizado pelos três personagens em conjunto, ou a mesmo tempo, dependendo do time escolhido.
Mas ainda existem alguns pontos negativos, como a queda de frames durante os especiais (que parece ser até maior jogando no PS4 Pro). E se a animação de personagem para realizar um Plus Ultra no oponente for muito longa, é bem fácil cancelar esse especial com golpes normais, ou simplesmente fugir dele. Outra coisa que pode ser ruim é que os personagens continuam desbalanceados, com alguns sendo muito mais poderosos do que outros, por exemplo, o All Mighty parece uma bola de demolição em cima dos inimigos, enquanto o Night Eye é bem lento e com poucas variações de combos.
Modo missão: monte sua própria agência
(Fonte: Voxel/GianluccaFonte: Voxel/Gianlucca
O modo missão ficou mais divertido e recebeu uma repaginada, acrescentando algumas novidades no gameplay. Agora é possível criar sua própria agência e recrutar seus heróis e vilões favoritos usando moedas obtidas dentro do jogo. O objetivo aqui é despachar o herói e seus sidekicks para eliminar os personagens presentes em um mapa, sendo que cada área possui o próprio HP que vai diminuindo a cada turno dos inimigos.
(Fonte: Voxel/GianluccaFonte: Voxel/Gianlucca
É importante tomar muito cuidado para não falhar nessa parte, porque senão os personagens recrutados que estavam no seu grupo vão perdendo níveis de assistência e, se chegarem em zero, será preciso recrutá-los novamente. Por outro lado, quanto mais ganhar, mais níveis de assistência seus sidekicks recebem, se tornando mais fortes para futuros combates.
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Além disso, cada herói e vilão possui uma lista de afinidades com outros, então se você montar um time usando este recurso, poderá aumentar os atributos de seu herói. Uma outra coisa interessante são os símbolos, que podem ser adquiridos neste modo, trazendo vantagens para a sua equipe.
O resto não mudou tanto
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
O modo online não recebeu muitas alterações, mantendo a mesma fórmula do anterior, no qual é possível participar de partidas ranqueadas ou não. Porém, mesmo com uma conexão razoavelmente boa, ocorre muita instabilidade nas lutas, com lag e queda de frames.
Uma novidade é que agora você pode ter o seu cartão de herói personalizado, que será exibido nas partidas online, e mostra seu número de vitórias nas partidas ranqueadas. Uma parte bem legal são os eventos semanais, que oferecem mais itens de personalização para o jogador.
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
Para os fãs de customização, existem várias opções legais disponíveis. Elas podem ser obtidas tanto na loja do game ou ao concluir certas conquistas nos modos de jogo. Essa é uma parte bem divertida, pois é possível colocar, por exemplo, a máscara do All For One, ou as manoplas de granada do Bakugou, em outro personagem. Ou seja, dá para personalizar seu herói ou vilão favorito do jeitinho que quiser!
(Fonte: Voxel/Gianlucca)Fonte: Voxel/Gianlucca
Quanto ao modo arcade, agora existem três rotas (alfa, beta e gama) e a escolha dos inimigos é feita através de cartas que são exibidas na tela. A dificuldade é bem legal, o que o torna uma ótima forma de treinar antes de participar das partidas online, além de fornecer moedas e opções de personalização.
Veredito
Por ser uma continuação, My Hero One’s Justice 2 segue basicamente o molde de seu antecessor, com algumas melhorias importantes, principalmente no combate. Mas como qualquer aluno em seu segundo ano, ele ainda tem muito o que crescer e talvez a evolução do modo história ainda deixe um pouco a desejar, principalmente na falta de animações. Mesmo assim, é um bom jogo para reunir os amigos e também curtir sozinho como fã de My Hero Academia.
My Hero: One's Justice 2 foi gentilmente cedido pela Bandai Namco para a realização desta análise.
Fontes
- O jogo é mais intuitivo
- Mais personagens disponíveis
- Melhoria na jogabilidade
- Menos bugs na IA do que o anterior
- Mais opções de personalização
- Tradução apresenta algumas inconsistências ("individualidades" ficaram como "dons")
- Modo história ainda é bem maçante
- Alguns personagens são muito desbalanceados
- Instabilidade no modo online
- Queda de frames em especiais
Nota do Voxel