A espera não foi intensa por um game ligeiramente sem graça.
Grave Danger é uma espécie de continuação do game Monster Madness: Battle for Suburbia, lançado para PC e Xbox 360 no ano passado. Em ambos os jogos, é visível a tentativa dos desenvolvedores em reproduzir a jogabilidade de grandes clássicos como Gauntlet e Zombies Ate My Neighbors (sucesso do Super Nintendo).
O título do PlayStation 3 aparece com uma pequena série de atualizações interessantes em relação a Battle of Suburbia, mas, depois de poucas horas de jogo, dá para perceber que a Psionics tentou misturar elementos que geralmente atraem certos jogadores sem sucesso. Mesmo com inovações curiosas (como movimentação e mira pelos pinos analógicos), este Monster Madness realmente é um grave perigo para os consumidores de games.
Apenas frustrante
Os personagens principais de Grave Danger são quatro adolescentes: um "nerd", um skatista, uma garota gótica e uma líder de torcida. Esses quatro estereótipos peculiares são rapidamente ofuscados pela invasão apavorante de fantasmas, goblins, esqueletos, zumbis e outras criaturas horrendas. Nada na história é cativante, os personagens não são engraçados e nem as animações em forma de quadrinhos salvam o pobre enredo.
Escolha seu adolescente e parta para a pancadaria. A única grande diferença entre os personagens (além da aparência física, é claro) é que cada um se especializa em um tipo diferente de arma corpo-a-corpo. Com isso, não há razão suficiente para que o jogador experimente os demais.
Como passatempo, Grave Danger é ótimo. As armas "brancas", por exemplo, variam desde espadas até tacos de hóquei. Os monstros são interessantes apenas em um primeiro contato, pois a variedade não é grande e a inteligência artificial não é plenamente satisfatória. Apenas o número de inimigos é um atrativo, pois, quando o assunto é matança de zumbis, maior quantidade significa maior diversão... Teoricamente.
Jogabilidade: diferencial que não salva o todo
As armas de tiro a longa distância oferecem um bom diferencial, mas também acabam sendo enjoativas. Atiradores de pregos, lança-chamas, escopetas e outras variedades proporcionam uma curiosa aniquilação dos monstros, visto que um dos pinos analógicos é utilizado para a movimentação do personagem, enquanto o outro é utilizado para mirar e atirar ao mesmo tempo.
O sistema é intuitivo e estranhamente preciso, como se a mira próxima a um determinado monstro fosse automaticamente direcionada àquela criatura. Quanto aos demais botões e comandos, não há o que reclamar, sendo que a familiaridade nos controles foi um dos pontos nos quais a Psionics mais investiu.
A jogabilidade, portanto, é eficiente, mas não consegue evitar que o game seja um tanto insosso. Dinamismo não é uma palavra que se aplica à ação de Grave Danger, já que determinados combates são longos demais e os outros itens, como as missões, não evitam o tédio de vir com tudo.
A recompensa pela matança vem em um tipo de dinheiro, utilizado para a compra de acessórios, armas, munição e outros itens. A compra pode ser realizada através de um lojista ambulante, que simplesmente não vende enquanto monstros estiverem à volta.
Desafios? Enfrentar a imortalidade
Não há nada neste Monster Madness que seja realmente considerado como um desafio. Mesmo no nível de dificuldade mais elevado (no qual os monstros tentam ser apenas mais resistentes, espertos e precisos), não há graça nenhuma em reviver o personagem cada vez que os monstros o derrotarem. A penalidade é apenas a perda de algumas moedas. Frustrante, não?
A campanha pode ser jogada com mais três amigos de forma cooperativa. Isso também pode ser feito online, mas essa estrutura não é sólida e vários tipos de problemas ocorrem durante a conexão. No multiplayer, a matança de monstros é extremamente mais interessante e intensa, mas o jogo continua desbalanceado e os constantes infortúnios com a câmera do game dificultam a jogabilidade.
Grave Danger ainda inclui 25 "desafios" jogador por um único gamer, todos semelhantes à carnificina encontrada na campanha. Os minigames, no entanto, são um pouco melhores, pois incluem até mesmo brincadeiras rítmicas. Além disso, há o modo multiplayer competitivo para até 12 pessoas em diferentes modos, como Capture the Flag, King of the Hill e Deathmatch.
Graficamente, não há como classificar Monster Madness: Grave Danger como um legítimo título do PlayStation 3, pois não há nenhum recurso visual que mereça destaque. É interessante que vários objetos no mapa podem ser utilizados como itens a serem arremessados contra os monstros, mas isso não oculta a falta de detalhes nas texturas e nos ambientes.
A música é um item tão genérico quanto os cenários. O trabalho de vozes deixa a desejar e não é convincente, e certos jogadores podem realmente ficar malucos com a contínua repetição dos "sons assustadores", como gritos e insultos.
"And that's it!" À parte disso, não há nada que impeça a irritante simplicidade de Grave Danger de continuamente enervar os jogadores. Cada ambiente parece ainda mais repetitivo e enjoativo que o anterior, sendo que nem a própria Carrie — a garota gótica — escapa dos cenários angustiantes quando afirma, sarcástica: "Maravilha, mais trancos e barrancos por esgotos e masmorras...".
O título do PlayStation 3 aparece com uma pequena série de atualizações interessantes em relação a Battle of Suburbia, mas, depois de poucas horas de jogo, dá para perceber que a Psionics tentou misturar elementos que geralmente atraem certos jogadores sem sucesso. Mesmo com inovações curiosas (como movimentação e mira pelos pinos analógicos), este Monster Madness realmente é um grave perigo para os consumidores de games.
Apenas frustrante
Os personagens principais de Grave Danger são quatro adolescentes: um "nerd", um skatista, uma garota gótica e uma líder de torcida. Esses quatro estereótipos peculiares são rapidamente ofuscados pela invasão apavorante de fantasmas, goblins, esqueletos, zumbis e outras criaturas horrendas. Nada na história é cativante, os personagens não são engraçados e nem as animações em forma de quadrinhos salvam o pobre enredo.
Escolha seu adolescente e parta para a pancadaria. A única grande diferença entre os personagens (além da aparência física, é claro) é que cada um se especializa em um tipo diferente de arma corpo-a-corpo. Com isso, não há razão suficiente para que o jogador experimente os demais.
Como passatempo, Grave Danger é ótimo. As armas "brancas", por exemplo, variam desde espadas até tacos de hóquei. Os monstros são interessantes apenas em um primeiro contato, pois a variedade não é grande e a inteligência artificial não é plenamente satisfatória. Apenas o número de inimigos é um atrativo, pois, quando o assunto é matança de zumbis, maior quantidade significa maior diversão... Teoricamente.
Jogabilidade: diferencial que não salva o todo
As armas de tiro a longa distância oferecem um bom diferencial, mas também acabam sendo enjoativas. Atiradores de pregos, lança-chamas, escopetas e outras variedades proporcionam uma curiosa aniquilação dos monstros, visto que um dos pinos analógicos é utilizado para a movimentação do personagem, enquanto o outro é utilizado para mirar e atirar ao mesmo tempo.
O sistema é intuitivo e estranhamente preciso, como se a mira próxima a um determinado monstro fosse automaticamente direcionada àquela criatura. Quanto aos demais botões e comandos, não há o que reclamar, sendo que a familiaridade nos controles foi um dos pontos nos quais a Psionics mais investiu.
A jogabilidade, portanto, é eficiente, mas não consegue evitar que o game seja um tanto insosso. Dinamismo não é uma palavra que se aplica à ação de Grave Danger, já que determinados combates são longos demais e os outros itens, como as missões, não evitam o tédio de vir com tudo.
A recompensa pela matança vem em um tipo de dinheiro, utilizado para a compra de acessórios, armas, munição e outros itens. A compra pode ser realizada através de um lojista ambulante, que simplesmente não vende enquanto monstros estiverem à volta.
Desafios? Enfrentar a imortalidade
Não há nada neste Monster Madness que seja realmente considerado como um desafio. Mesmo no nível de dificuldade mais elevado (no qual os monstros tentam ser apenas mais resistentes, espertos e precisos), não há graça nenhuma em reviver o personagem cada vez que os monstros o derrotarem. A penalidade é apenas a perda de algumas moedas. Frustrante, não?
A campanha pode ser jogada com mais três amigos de forma cooperativa. Isso também pode ser feito online, mas essa estrutura não é sólida e vários tipos de problemas ocorrem durante a conexão. No multiplayer, a matança de monstros é extremamente mais interessante e intensa, mas o jogo continua desbalanceado e os constantes infortúnios com a câmera do game dificultam a jogabilidade.
Grave Danger ainda inclui 25 "desafios" jogador por um único gamer, todos semelhantes à carnificina encontrada na campanha. Os minigames, no entanto, são um pouco melhores, pois incluem até mesmo brincadeiras rítmicas. Além disso, há o modo multiplayer competitivo para até 12 pessoas em diferentes modos, como Capture the Flag, King of the Hill e Deathmatch.
Graficamente, não há como classificar Monster Madness: Grave Danger como um legítimo título do PlayStation 3, pois não há nenhum recurso visual que mereça destaque. É interessante que vários objetos no mapa podem ser utilizados como itens a serem arremessados contra os monstros, mas isso não oculta a falta de detalhes nas texturas e nos ambientes.
A música é um item tão genérico quanto os cenários. O trabalho de vozes deixa a desejar e não é convincente, e certos jogadores podem realmente ficar malucos com a contínua repetição dos "sons assustadores", como gritos e insultos.
"And that's it!" À parte disso, não há nada que impeça a irritante simplicidade de Grave Danger de continuamente enervar os jogadores. Cada ambiente parece ainda mais repetitivo e enjoativo que o anterior, sendo que nem a própria Carrie — a garota gótica — escapa dos cenários angustiantes quando afirma, sarcástica: "Maravilha, mais trancos e barrancos por esgotos e masmorras...".
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