Imagem de Might and Magic: Clash of Heroes
Imagem de Might and Magic: Clash of Heroes

Might and Magic: Clash of Heroes

Nota do Voxel
87

RPG, aventura, quebra-cabeças e estratégia por turnos irrompem neste jogo excelente.

Ashan é uma terra fantástica. Figuras lendárias habitam diferentes ambientes: Elves (elfos) guardam as florestas de Irollan, Knights (cavaleiros) dominam os territórios do Griffin Empire, Wizards (feiticeiros) populam os desertos das Silver Cities, Necromancers (bruxos, necromantes) reverenciam as terras desoladas de Heresh e terríveis demônios infernizam Sheogh, o mundo amaldiçoado.

Conseguiu contextualizar a atmosfera de Might and Magic: Clash of Heroes? Pois bem. O importante é saber que, durante certos eclipses lunares, as barreiras de Sheogh são enfraquecidas e as criaturas malignas trazem a guerra a Ashan. Felizmente, os aliados conseguiram repelir várias vezes os inimigos perversos com o uso de um artefato poderoso conhecido como Blade of Binding... Até agora.

Sem adentrar o enredo deste curioso jogo distribuído pela Ubisoft, o importante é saber que aventura é um gênero presente no game. RPG? Com certeza. O mesmo vale para estratégia por turnos. E há um pouco de quebra-cabeças também. É isso mesmo: um mix de gêneros diferenciados é a principal aposta dos desenvolvedores da Capybara Games.

Não pense que você vai jogar um daqueles tradicionais RPGs para DS que contam apenas com batalhas comuns e um sistema de nivelamento trivial. Clash of Heroes é amplo, longo e possui até mesmo modos diferentes de jogo para quem não quer mergulhar de cabeça na trama... Mesmo que a história seja, no mínimo, interessante e descontraída.

Na realidade, este título herda características de vários outros games e, ainda assim, consegue se tornar distinto em certos aspectos. Por exemplo: enquanto você caminha pelo mapa de forma extremamente simples, poderão surgir emboscadas. Para escapar delas, basta apertar o botão B a tempo ou usar a stylus (a pequena caneta do console) em um pequeno escudo que aparece na tela. Se o seu reflexo não é rápido o suficiente... Bem, hora do combate.

Movimentos cautelosos

A pancadaria não ocorre em tempo real. Lembrando o que ocorre na série Heroes of Might and Magic, Clash of Heroes emprega um sistema por turnos para a criação de investidas e estratégias defensivas. A tela superior exibe o exército inimigo, enquanto a tela inferior — sensível a toques — abriga os combatentes controlados pelo jogador. Cada tela é basicamente um "grid" de oito espaços por seis.

A premissa básica é bastante simples: dado um número limitado de ações, o gamer tem a possibilidade de alinhar os soldados para criar formações de ataque (verticalmente) ou de defesa (horizontalmente). Três é o número mínimo de unidades que devem ser alinhadas para que uma formação seja criada. Uma vez que uma formação de ataque é realizada, a investida ocorre de forma automática depois de um determinado número de turnos, respeitando as características específicas das unidades utilizadas.

As peculiaridades desse sistema são muito interessantes. Antes de embarcar em um combate, o jogador tem a possibilidade de escolher três tipos de unidades normais (Core) e dois tipos de unidades especiais (Elite ou Champion). É essencial verificar a integridade do exército antes de participar de um conflito.

Além disso, o aventureiro pode equipar um Artifact, um item valioso que oferece um bônus específico. Somente um artefato pode ser equipado. Outro aspecto curioso é a utilização de habilidades especiais. Como? Sofrendo ou aplicando investidas, o gamer adquire pontos mágicos. Um bom exemplo de habilidade especial é o Sniper Shot, um tiro certeiro que, sem consumir um ponto de ação, faz estrago em qualquer uma das colunas inimigas de acordo com a escolha do jogador.

As batalhas são tão estratégicas que somente o modo Quick Battle é o suficiente para uma boa diversão. Neste caso, o jogador escolhe uma facção para a inteligência artificial controlar, determina o nível de dificuldade (há cinco disponíveis), habilita o uso de artefatos ou não, elege um herói (também cinco disponíveis), escolhe as unidades (há restrições se o jogador não foi longe no modo single player), escolhe um dos dez artefatos à disposição (variados de acordo com o herói escolhido) e parte para um combate longo e intenso.

Muito mais do que "meros combates"

É, digamos, "ruim" ser parcial em uma introdução de uma análise, mas Clash of Heroes se destaca mesmo na estrutura básica da jogabilidade. As batalhas realmente formam o pilar principal do jogo, mas há vários outros momentos nos quais os jogadores são capazes de se surpreenderem com o capricho dos desenvolvedores.

Enfim, confira os pontos positivos e negativos apontados abaixo pelo TecMundo Games e entenda o motivo pelo qual Clash of Heroes é um game único e altamente recomendado para os usuários do Nintendo DS.

É um grande game em uma pequena plataforma. A impactante mistura de gêneros se transforma em uma combinação atraente para os usuários do portátil da Nintendo. Mesmo quem não gosta muito do estilo clássico de retratação visual — perspectiva "top-down" — de RPGs deste tipo pode facilmente se interessar por Clash of Heroes.

Os próprios combates já formam um motivo sólido para que muitos portadores de um DS percam várias horas encarando as duas telinhas. Por outro lado, a face aventuresca do jogo conta com uma boa história, cheia de detalhes. Missões secundárias, combates diversos e uma constante atmosfera de desafio são outros pilares do game.

Tecnicamente, este título explora bem o potencial do console de bolso. Visuais vibrantes e coloridos expressivamente entram em sintonia com trilhas sonoras de peso (mesmo que repetitivas, às vezes). A jogabilidade apresenta poucos problemas e oferece muita flexibilidade, visto que satisfaz tanto os amantes da stylus quanto os usuários que preferem apertar botões.

Em outras palavras: este jogo vale a pena, e muito.

Cupons de desconto TecMundo:
* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United
Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.