Várias "perspectivas de diversão" neste legítimo Metroid
Quem não conhece a série de Samus Aran? Pois é, a linha de jogos com foco na heroína é bastante expressiva no mundo dos video games. São vários títulos de diferentes gêneros que tentam oferecer muita diversão. O enredo por si só é um motivo forte o suficiente para atrair a atenção de milhares de pessoas ao redor do globo.
Other M não é um jogo tradicional. Logo de início, o gamer tem a chance de perceber — em qualquer um dos seguintes idiomas: inglês, francês ou espanhol — que a trama é o centro de tudo. Surge, portanto, a possibilidade de reviver os principais acontecimentos referentes às últimas empreitadas de Samus em territórios extraterrestres.
Os clipes iniciais abrem alas para uma bela apresentação (“introdução” para os iniciantes em Metroid) da heroína e, após alguns minutos de vídeo, o jogador pode participar de um tutorial curto e fundamental para o sucesso nos embates. Indo cada vez mais fundo na aventura espacial, o jogador consegue entender que o aprendizado realmente vale a pena.
O game mistura diferentes abordagens em somente uma fórmula: terceira pessoa, side-scrolling (visão lateral), plataforma e até mesmo FPS (tiro em perspectiva de primeira pessoa). Em determinados ambientes, Samus deve ser controlada mais lentamente, sendo que a câmera se aproxima bastante das costas da protagonista.
Visualizando a personagem de longe, você pode superar os inimigos mais corriqueiros enquanto avança pelos cenários, mas monstros mais desafiadores e grandes chefes devem ser derrotados com o uso alternado entre essa perspectiva e a visão em primeira pessoa.
A mira é automática em terceira pessoa, mas ativar o “modo FPS” acaba com esse “conforto”. Dependendo das habilidades do gamer, o ideal é usar o Wii Remote para acabar com os inimigos à volta enquanto Samus é visualizada em primeira pessoa, mas isso impede a movimentação da combatente.
Outro aspecto fundamental é estar sempre atento às nuanças dos ambientes — bem como ao “radar” mostrado no canto da tela — para obter itens. Esses objetos não são obrigatórios para o progresso na história, mas ajudam bastante na ação. Com isso, é interessante ficar ligado nas pequenas aberturas presentes em diferentes superfícies e usar o recurso conhecido como Morph Ball para conduzir a heroína a locais secretos.
Falando em Morph Ball, a “bolinha” é capaz de soltar pequenas bombas enquanto rola pelos cenários. Segurar o botão de disparo por mais tempo faz com que o explosivo liberado seja ainda mais forte. O mesmo vale para os tiros do “braço-canhão”. Mísseis só podem ser disparados na perspectiva FPS com a mira travada no alvo.
Você não precisa se preocupar com checkpoints. Há estações estrategicamente posicionadas no mapa que, além de salvar o progresso do jogador, liberam novas entradas para áreas anteriormente bloqueadas e recuperam a energia vital e os mísseis perdidos durante os combates. Essas duas últimas ações, entretanto, podem ser realizadas apenas inclinando o Wii Remote a qualquer hora (contanto que a energia de Samus esteja perigosamente baixa).
Deu para perceber que esta é uma produção de peso, não é mesmo?
Abordagem ousada? Confere. Trama intensa? Confere. Diferentes estilos de jogabilidade? Confere. Recursos técnicos de qualidade? Com certeza. Enfim, o importante é que Other M oferece um bom nível de diversão, especialmente para os fãs da tão conhecida franquia de Samus Aran. Tudo é oferecido de uma maneira equilibrada, amigável e, é claro, nostálgica.
No entanto, o título não é um “ícone dos video games”. Os pequenos problemas apresentados pelo game formam um conjunto não muito agradável. Mas pode-se dizer que, considerando a ampla gama de jogos criados para o console de sétima geração da Nintendo, este Metroid é uma ótima opção — não apenas válida, mas essencial.
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