Noções de proporção e dimensão ótimas, com muitas unidades ao mesmo tempo, som animador e no clima, mostrando todo o lado épico das grandes batalhas.
Medieval 2: Total War é uma espécie de continuação de Medieval: Total War, o quarto título da série Total War. O jogo é baseado na história medieval, como o próprio nome sugere, na época da Baixa Idade Média até a transição para as grandes navegações, situado entre os anos de 1080 e 1530.
Apresenta gráficos superiores ao anterior e o principal enfoque é o combate em massa entre as unidades. Possui uma campanha baseada em algumas batalhas históricas de vários lugares, como Inglaterra, França, Império Romano, Espanha, Escócia, Veneza e muitas outras.
Campanhas Feudais, Cruzadas e Descobrimento da América
Logo no começo do single-player, pode-se selecionar uma das regiões iniciais já citadas e há uma opção entre uma partida curta ou longa (mais regiões são abertas posteriormente). Após isso, um mapa é carregado e de cara percebe-se que é bem similar ao mapa de Civilization 4, ou seja, em turnos e com algumas características similares.
Em geral, é quase tudo no mesmo estilo, mas com opções bem diferentes, contudo na mesma era histórica. Cada turno representa 2 anos e, obviamente, é necessário desenvolver as cidades para adquirir melhores soldados, equipamentos, upgrades e armas.
A idéia de turnos é bem interessante, mas existem algumas inconsistências, como quando se viaja da Europa até a América: leva-se aproximadamente uns 8 turnos (16 anos), e em cada um destes, seus personagens envelhecem apenas 6 meses. Esse tipo de detalhe, sem dúvida, deixa o jogo meio estranho, mas não atrapalha em nada na jogabilidade.
Entre cavaleiros, vassalos e suseranos
O objetivo do mapa das regiões é ajudar-lhe a manipular seus exércitos e conquistar as regiões até o cumprimento do objetivo. Durante a missão, é possível ter padres, espiões, princesas, mercantes e outros tipos de aliados. Essas unidades especiais, como o padre e o espião, são responsáveis por uma boa parte tática do jogo e requerem bastante cautela. Por exemplo, os espiões conseguem entrar em exércitos ou cidades inimigas e informar números precisos sobre o alvo (se tiverem sucesso).
Já os padres exercem um fator bem importante, que é o de converter as pessoas e manter a ordem nas cidades, assim como são os responsáveis por espalhar ou eliminar alguns inimigos à sua fé. Fora isso, ainda existem os membros da realeza e toda sua linhagem, que podem ser comandantes dos exércitos e influenciadores em potencial de aspectos distintos no decorrer da partida. Para exemplificar, até ocaisões como casamentos e informações de importância equivalente são mostrados e perguntados ao jogador.
Uma catedral levava mais de cem anos para ser concluída
Em uma analogia com a cronologia aplicada em Medieval 2, isso também é válido. O maior problema da campanha é que, mesmo na opção mais curta, ela pode demorar dias, mesmo se jogada casualmente. Em cada turno, há diversos afazeres de complexidade considerável, ou seja, de longa duração. Além disso, este modo possui todas as batalhas (que ao menos podem ser decididas pelo computador). Infelizmente, na opinião de alguns, isso tira um pouco da graça do game. Agora imagine uma campanha longa, que é no mínimo 3 vezes maior em objetivo: a duração exacerbada é notável, fora as outras complicações.
Os turnos da inteligência artificial (IA) no modo campanha não são lá dos mais amigáveis, pois demora-se a realizar ações e movimentos. É possível acelerar isso removendo-se a opção de exibição da IA no mapa, porém isso pode gerar surpresas desagradáveis.
Afora o modo campanha, existe o modo skirmish para um jogador, que consiste em construir suas próprias batalhas. Pode ser bem interessante para quem é criativo e tem paciência para reproduzir suas próprias batalhas ou o que vier na cabeça.
Grandes batalhas com exércitos acima de mil unidades!
Deixando o papo furado de lado, após se acostumar com o mapa, o jeito dos turnos e suas respectivas possibilidades, chega a hora de recrutar e juntar o exército para atacar alguém. O mais divertido é a possibilidade de fazer um pelotão com um número gigante de soldados, bem acima de 1000 unidades. O destaque é que elas não ficam aglomeradas em forma de números representativos, como na série Heroes of Might & Magic — todas as unidades são mostradas no campo de batalha.
Reescrevendo a história com as próprias mãos
Graças a uma programação bem-feita, um exército gigantesco é facilmente controlado. Uma coisa é fato: todos não cabem na tela ao mesmo tempo na maioria das vezes. Prevendo isso, há alguns movimentos automáticos de câmera que ajudam na hora de controlar e dar ordens às unidades, algo muito bem bolado.
Muitos jogadores provavelmente nem vão ter paciência para fazer a campanha. Em primeiro lugar porque ela é longa e baseada em turnos; em segundo pelo fato dela sempre começar com unidades não muito avançadas e em pouca quantidade; e por último, necessita-se de um bom número de turnos para recrutar exércitos monstruosos.
Justamente pelo fato das coisas serem demoradas, existem outros jeitos de batalhar sem passar pela história principal. Há uma lista de batalhas históricas em que se deve entrar como um dos oponentes e cumprir algum objetivo, normalmente, derrotar o inimigo.
A parte mais interessante das batalhas é o capricho na execução dos embates e confrontos. Por exemplo, os soldados, mesmo em números gigantes, realizam variados tipos de ataques e ações; o mesmo vale para todas as unidades. Esse é um dos fatores responsáveis por delinear uma atmosfera cinematográfica.
Entre cavaleiros, vassalos e suseranos
Graficamente, Medieval 2 é bem encantador, ainda mais com tantas unidades correndo pela tela. A sensação remete a um filme épico de guerra com todos os ingredientes: soldados, arqueiros e cavalos correndo para todo lado. As unidades são bem desenhadas e os cenários excelentes.
Antes de começar uma batalha, há a opção de espera. Esta opção define a mudança de horários e clima. Por exemplo, um hipotético dia claro de verão transformar-se-ia em chuvoso e escuro. Além de mudar o clima de modo aleatório, a função é limitada em 3 utilizações. Os efeitos climáticos em plena batalha adicionam um ótimo complemento, é interessante atacar alguém num cenário com neve torrencial, fortes chuvas ou nuvens de areia.
Batalhas imensas, equipamento pesado
Muitos devem pensar que, pelo número de unidades na tela, estas devem ser parecidas ou idênticas. Bem, isso realmente não acontece aqui. Existe um tipo aleatório de selecionador de texturas, alterando o visual entre uma unidade e outra e, ainda os upgrades das unidades, que ajudam a diferenciar uma unidade da outra.
O maior problema disso são os requerimentos. No mapa das regiões e até em combates pequenos, tudo corre tranqüilamente numa placa de médio porte. O problema é a exigência de hardware gerada pelas batalhas grandes (as mais empolgantes, por sinal): se o jogador não tiver uma ótima placa gráfica e bastante memória RAM não obterá um resultado satisfatório.
Turbas e Cantilenas
O maior destaque na parte sonora vai para as vozes e efeitos: as multidões ficaram sensacionais. Quando se entra em batalha e guerreiros são selecionados, eles respondem com uma voz que é cada vez mais numerosa, propiciando uma sensação de fidelidade em relação ao grande contingente. As músicas não ficam atrás e recriam um perfeito clima medieval e característico.
A honra de um cavaleiro é sua espada
O multiplayer é resumido somente às batalhas, naturalmente. Como já dito antes, o modo para um jogador pode ser incrivelmente grande, agora imagine se isso fosse possível para mais de um jogador! Por essa razão, tudo se resume aos confrontos, que, afinal, são a melhor parte do jogo. Modos como último homem (last man standing), o modo pontuação (score) merecem destaque. As batalhas suportam até 8 pessoas.
Uma verdadeira lição de história medieval
Medieval 2: Total War é um ótimo jogo de estratégia, recomendado para quem gosta do gênero, é entusiasta de guerras ou história medieval. O jogo em si não é muito difícil, necessitando apenas de bastante atenção nas ações e evoluções, além de monitoramento constante das cidades e unidades especiais. Em suma, ele revela um potencial para muitas horas de entretenimento, certamente agradando ao bom fã de RTS na linha de Civilization.
Apresenta gráficos superiores ao anterior e o principal enfoque é o combate em massa entre as unidades. Possui uma campanha baseada em algumas batalhas históricas de vários lugares, como Inglaterra, França, Império Romano, Espanha, Escócia, Veneza e muitas outras.
Campanhas Feudais, Cruzadas e Descobrimento da América
Logo no começo do single-player, pode-se selecionar uma das regiões iniciais já citadas e há uma opção entre uma partida curta ou longa (mais regiões são abertas posteriormente). Após isso, um mapa é carregado e de cara percebe-se que é bem similar ao mapa de Civilization 4, ou seja, em turnos e com algumas características similares.
Em geral, é quase tudo no mesmo estilo, mas com opções bem diferentes, contudo na mesma era histórica. Cada turno representa 2 anos e, obviamente, é necessário desenvolver as cidades para adquirir melhores soldados, equipamentos, upgrades e armas.
A idéia de turnos é bem interessante, mas existem algumas inconsistências, como quando se viaja da Europa até a América: leva-se aproximadamente uns 8 turnos (16 anos), e em cada um destes, seus personagens envelhecem apenas 6 meses. Esse tipo de detalhe, sem dúvida, deixa o jogo meio estranho, mas não atrapalha em nada na jogabilidade.
Entre cavaleiros, vassalos e suseranos
O objetivo do mapa das regiões é ajudar-lhe a manipular seus exércitos e conquistar as regiões até o cumprimento do objetivo. Durante a missão, é possível ter padres, espiões, princesas, mercantes e outros tipos de aliados. Essas unidades especiais, como o padre e o espião, são responsáveis por uma boa parte tática do jogo e requerem bastante cautela. Por exemplo, os espiões conseguem entrar em exércitos ou cidades inimigas e informar números precisos sobre o alvo (se tiverem sucesso).
Já os padres exercem um fator bem importante, que é o de converter as pessoas e manter a ordem nas cidades, assim como são os responsáveis por espalhar ou eliminar alguns inimigos à sua fé. Fora isso, ainda existem os membros da realeza e toda sua linhagem, que podem ser comandantes dos exércitos e influenciadores em potencial de aspectos distintos no decorrer da partida. Para exemplificar, até ocaisões como casamentos e informações de importância equivalente são mostrados e perguntados ao jogador.
Uma catedral levava mais de cem anos para ser concluída
Em uma analogia com a cronologia aplicada em Medieval 2, isso também é válido. O maior problema da campanha é que, mesmo na opção mais curta, ela pode demorar dias, mesmo se jogada casualmente. Em cada turno, há diversos afazeres de complexidade considerável, ou seja, de longa duração. Além disso, este modo possui todas as batalhas (que ao menos podem ser decididas pelo computador). Infelizmente, na opinião de alguns, isso tira um pouco da graça do game. Agora imagine uma campanha longa, que é no mínimo 3 vezes maior em objetivo: a duração exacerbada é notável, fora as outras complicações.
Os turnos da inteligência artificial (IA) no modo campanha não são lá dos mais amigáveis, pois demora-se a realizar ações e movimentos. É possível acelerar isso removendo-se a opção de exibição da IA no mapa, porém isso pode gerar surpresas desagradáveis.
Afora o modo campanha, existe o modo skirmish para um jogador, que consiste em construir suas próprias batalhas. Pode ser bem interessante para quem é criativo e tem paciência para reproduzir suas próprias batalhas ou o que vier na cabeça.
Grandes batalhas com exércitos acima de mil unidades!
Deixando o papo furado de lado, após se acostumar com o mapa, o jeito dos turnos e suas respectivas possibilidades, chega a hora de recrutar e juntar o exército para atacar alguém. O mais divertido é a possibilidade de fazer um pelotão com um número gigante de soldados, bem acima de 1000 unidades. O destaque é que elas não ficam aglomeradas em forma de números representativos, como na série Heroes of Might & Magic — todas as unidades são mostradas no campo de batalha.
Reescrevendo a história com as próprias mãos
Graças a uma programação bem-feita, um exército gigantesco é facilmente controlado. Uma coisa é fato: todos não cabem na tela ao mesmo tempo na maioria das vezes. Prevendo isso, há alguns movimentos automáticos de câmera que ajudam na hora de controlar e dar ordens às unidades, algo muito bem bolado.
Muitos jogadores provavelmente nem vão ter paciência para fazer a campanha. Em primeiro lugar porque ela é longa e baseada em turnos; em segundo pelo fato dela sempre começar com unidades não muito avançadas e em pouca quantidade; e por último, necessita-se de um bom número de turnos para recrutar exércitos monstruosos.
Justamente pelo fato das coisas serem demoradas, existem outros jeitos de batalhar sem passar pela história principal. Há uma lista de batalhas históricas em que se deve entrar como um dos oponentes e cumprir algum objetivo, normalmente, derrotar o inimigo.
A parte mais interessante das batalhas é o capricho na execução dos embates e confrontos. Por exemplo, os soldados, mesmo em números gigantes, realizam variados tipos de ataques e ações; o mesmo vale para todas as unidades. Esse é um dos fatores responsáveis por delinear uma atmosfera cinematográfica.
Entre cavaleiros, vassalos e suseranos
Graficamente, Medieval 2 é bem encantador, ainda mais com tantas unidades correndo pela tela. A sensação remete a um filme épico de guerra com todos os ingredientes: soldados, arqueiros e cavalos correndo para todo lado. As unidades são bem desenhadas e os cenários excelentes.
Antes de começar uma batalha, há a opção de espera. Esta opção define a mudança de horários e clima. Por exemplo, um hipotético dia claro de verão transformar-se-ia em chuvoso e escuro. Além de mudar o clima de modo aleatório, a função é limitada em 3 utilizações. Os efeitos climáticos em plena batalha adicionam um ótimo complemento, é interessante atacar alguém num cenário com neve torrencial, fortes chuvas ou nuvens de areia.
Batalhas imensas, equipamento pesado
Muitos devem pensar que, pelo número de unidades na tela, estas devem ser parecidas ou idênticas. Bem, isso realmente não acontece aqui. Existe um tipo aleatório de selecionador de texturas, alterando o visual entre uma unidade e outra e, ainda os upgrades das unidades, que ajudam a diferenciar uma unidade da outra.
O maior problema disso são os requerimentos. No mapa das regiões e até em combates pequenos, tudo corre tranqüilamente numa placa de médio porte. O problema é a exigência de hardware gerada pelas batalhas grandes (as mais empolgantes, por sinal): se o jogador não tiver uma ótima placa gráfica e bastante memória RAM não obterá um resultado satisfatório.
Turbas e Cantilenas
O maior destaque na parte sonora vai para as vozes e efeitos: as multidões ficaram sensacionais. Quando se entra em batalha e guerreiros são selecionados, eles respondem com uma voz que é cada vez mais numerosa, propiciando uma sensação de fidelidade em relação ao grande contingente. As músicas não ficam atrás e recriam um perfeito clima medieval e característico.
A honra de um cavaleiro é sua espada
O multiplayer é resumido somente às batalhas, naturalmente. Como já dito antes, o modo para um jogador pode ser incrivelmente grande, agora imagine se isso fosse possível para mais de um jogador! Por essa razão, tudo se resume aos confrontos, que, afinal, são a melhor parte do jogo. Modos como último homem (last man standing), o modo pontuação (score) merecem destaque. As batalhas suportam até 8 pessoas.
Uma verdadeira lição de história medieval
Medieval 2: Total War é um ótimo jogo de estratégia, recomendado para quem gosta do gênero, é entusiasta de guerras ou história medieval. O jogo em si não é muito difícil, necessitando apenas de bastante atenção nas ações e evoluções, além de monitoramento constante das cidades e unidades especiais. Em suma, ele revela um potencial para muitas horas de entretenimento, certamente agradando ao bom fã de RTS na linha de Civilization.
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