Imagem de Marvel vs. Capcom 2
Imagem de Marvel vs. Capcom 2

Marvel vs. Capcom 2

Nota do Voxel
78

Um dos jogos de luta mais tradicionais está de volta!

Quem não teve o prazer de gastar horas colocando ficha após ficha em fliperamas certamente perdeu uma boa dose de diversão. É impossível contar quantos pais ficaram malucos vendo os filhos massacrarem freneticamente os botões – ou os volantes – como se a vida deles dependesse disso... Certamente haveria espaço para terapias de grupo com estas pessoas.

Uma das responsáveis por isso é a Capcom. E uma das franquias da empresa que partilham desta responsabilidade é Marvel vs Capcom. Para sermos ainda mais específicos: Marvel vs Capcom 2. O game, lançado em 2000 para os fliperamas e Dreamcast, e em 2002 para PS2 e Xbox, foi um dos maiores sucessos do gênero.

O retorno dos combos

Nesta volta aos consoles, o imenso número de personagens disponíveis garante a variedade, independentemente da idade do título original. Com 56 personagens, existem golpes suficientes para fazer com que mesmo os veteranos que jogaram os games desde seu primeiro lançamento tenham que dar uma treinada novamente.

Strider Hiryu com um de seus especiais

A jogabilidade permanece aquela de que todos se lembram, vista nos fliperamas. O foco ainda está nos combos, que são a forma mais efetiva – para não dizer a única forma viável – de derrotar oponentes de maneira consistente. A variedade de estilos e de poderes mantém-se enorme e a ação é rápida e intensa. Tudo como esperado.

A grande diferença fica por conta dos controles, desta vez. O jogo utiliza apenas os quatro botões coloridos para os ataques, então os golpes médio e fraco estão embutidos em um mesmo botão. Para que o médio saia, é necessário encaixar o golpe fraco primeiro – o que pode ser familiar para os que já jogaram o título em consoles, mas que certamente é bastante estranho para os que estavam acostumados com a jogabilidade dos fliperamas.

Na cara! O que não gostamos deste aspecto do game foi, na verdade, culpa do próprio controle do Xbox 360. É muito mais fácil de utilizar o direcional do que o analógico para controlar a movimentação dos personagens, mas nosso dedo insistia em voltar para este último, especialmente quando a ação se tornava intensa. Não sabemos ao certo porque, mas desconfiamos que seja por causa da própria disposição do controle.

Considerando que todos os elementos já vistos em outras versões retornam de forma fiel, as únicas mudanças consideráveis são os filtros gráficos – que amenizam um pouco os visuais dos modelos de personagem – e a inserção, inédita, de um sistema de partidas online.

A novidade

Este sistema torna possível, pela primeira vez, enfrentar outras pessoas na franquia Marvel vs. Capcom sem que eles estejam fisicamente ao seu lado. Isto deveria ser uma coisa boa, certo? Mas, infelizmente, várias decisões erradas e o tradicional ping alto que os brasileiros encontram quando vão jogar na internet tendem a estragar a experiência.

O simples fato de poder jogar online abre muitas portas, e isto certamente é bastante válido. O problema é a forma como isto foi implementado no título. As salas comportam até 6 jogadores – algo que aguçou nossa imaginação, já que o total de personagens por luta também é 6 – mas elas alternam-se nas partidas em um sistema de “próximo”.

Se for online, é capaz de Ryu ter se teleportado pra cá!

O que isto significa? Que duas pessoas jogam enquanto o resto fica no lobby – podendo conversar através do microfone – olhando a movimentação das barras de vida daqueles que estão lutando. Qual a graça disso? Também não sabemos, então se alguém descobrir pedimos a gentileza de nos avisar, pois certamente iria tornar a espera mais suportável.

Outro problema é que o sistema de procura é bastante limitado. As únicas opções que realmente importam são: a quantidade de jogadores que a sala suporta, o que pode limitar bastante o número de jogos que você vê; e a velocidade das partidas – Normal, Turbo ou Turbo 2.

No geral, a experiência online que tivemos não chegou nem aos pés de jogar localmente com outra pessoa. Mas, caso isto seja feito com amigos, é possível que seja um pouco mais divertido. Seja como for, um sistema de partidas mais polido e elaborado não teria sido nem um pouco ruim.

Nostalgia?

A grande bagunça com quatro personagens na tela O maior apelo do game é certamente junto ao público que já ouviu falar da franquia, mas não teve a oportunidade de experimentar, e junto aos fãs que queriam seu amado título em uma plataforma desta geração. Isto, sem dúvida alguma, é alcançado de forma inegável pelo game.

No entanto, a jogabilidade já não é a mesma a que estamos acostumados em títulos de luta mais novos, 2D ou não. A ação entre as duas equipes de três personagens é extremamente frenética – especialmente considerando que o auxílio dos personagens que estão fora da tela pode ser utilizado infinitamente.

Isto resulta em batalhas nas quais existem personagens pulando para dentro e fora do espaço de luta constantemente, além de pulos altos e combos aéreos voando para todos os lados enquanto outros personagens realizam seus golpes no chão. Para quem não está acostumado, pode ser extremamente confuso.

A importância dos combos, como já ressaltamos anteriormente, apenas exacerba esta característica, e dominar a dinâmica da luta é essencial. Caso um dos jogadores tenha um excelente início de luta e carregue sua barra de especiais rapidamente, é possível massacrar o adversário de forma espetacular, sem nem mesmo trocar de personagem – apenas fazendo os outros auxiliarem de fora da tela.

Golpes aéreos são importantes

Este estilo dividiu a equipe, em termos de agrado. Alguns acharam normal, e outros – principalmente os que só jogaram o Marvel vs. Capcom “1” – consideraram absurda a quantidade de interrupções da luta quando os outros lutadores pulavam para dentro da tela. Questão de gosto, certamente.

O game certamente vale a pena – embora já existam jogos melhores de luta no mercado, hoje em dia, obviamente. O game não irá agradar a todos os gostos contemporâneos, mas certamente proporciona várias horas de diversão para os que se enquadram no público-alvo.

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