Imagem de Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Imagem de Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Nota do Voxel
60

Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos não é seu próximo party game – Análise

Os “rivais” Mario e Sonic se unem para celebrar e disputar as Olimpíadas de Tóquio 2020! O game traz aquele cross que todo mundo ama, com diversos personagens da franquia se encontrando não apenas para as disputas esportivas, mas também no modo história.

Mario & Sonic

Infelizmente, ao contrário da Olimpíada que é puro entretenimento e deixa saudades quando vai embora, Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 entedia tanto que a maioria dos jogadores vai comemorar quando chegar ao final do game (isso se chegar até lá).

Party game para festas estressantes

Não me lembro de ter usado o adjetivo “estressante” para definir os controles de um jogo antes, mas é exatamente o que acontece na maioria dos esportes em Mario & Sonic. Muitos são complexos além do necessário, em uma tentativa de aumentar a dificuldade. Além disso, muitas explicações sobre os esportes são confusas e deixam algumas regras da modalidade de fora.

Mario & SonicEscalada

Com isso, Mario & Sonic já perde uma posição nos “party games”: a falta de comandos fluidos, intuitivos e orgânicos atrapalha uma jogatina casual. Se quiser jogar uma partida com seus amigos, terá que ler as instruções complicadíssimas e em alguns casos é capaz de todo mundo ficar meio Nazaré Confusa.

O game tem algumas escolhas questionáveis de controles, como no tênis de mesa. O seu personagem se mexe sozinho em direção a bola, e tudo que você tem que fazer é apertar um botão para rebater. Além de ser simples demais, contrasta com outros esportes complicadíssimos, como ginástica, que exige uma combinação de botões em velocidade que não tem nada de divertido.

Disputa de Ginástica

A estrutura dos jogos também derruba o game em mais uma posição nos party games. Nada de criar estruturas competitivas com vários esportes ou combinações personalizadas entre eles: a única forma de jogar é escolher um esporte isolado, jogar uma disputa única que vai durar menos de um minuto, e pronto. Claro, isso faz sentido dentro do universo da Olimpíada (não existe uma disputa de medalha que mistura natação, judô, lançamento de dardo e rúgbi), mas empobrece demais o game.

Mas precisamos ser justos: nem todas as modalidades são chatas e estressantes. Rúgbi de sete, hipismo e skate (pela primeira vez nas Olimpíadas) são bons exemplos de modalidades com uma execução acima da média do game.

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Modo história que não sobe ao pódio

O começo do modo história até engana. Eggman e Bowser brigando por conta do plano maligno que está dando errado, Mario, Sonic e cia. juntos e aquele crossover de encher os olhos. O problema é que, além de ser recheado com as disputas estressantes, a história é tão enrolada, enche tanto linguiça que quando eu me dei conta estava dormindo com o Switch na mão.

Mario & Sonic

Metade dos vinte capítulos do modo poderia ser eliminado, sem dano nenhum para história que eles queriam contar. No plot, Mario, Sonic, Toad, Bowser e Eggman são “sugados” para um jogo de videogame das Olimpíadas de Tóquio de 1964. A história então se alterna entre o evento esportivo do passado e do futuro (Olimpíadas de 2020), com Luigi e Tails em 2020 se unindo a vários personagens das duas franquias na tentativa de salvar seus amigos.

Galeria 5

 

Apesar de ser chato 95% do tempo, o modo história tem seus bons mini games – o irônico é que nenhum deles tem a ver com esportes da Olimpíada. O mini game de invadir o museu, de dar porrada em Shy Guys, de encontrar os amigos do Yoshi no melhor estilo “Cadê o Wally” e o de roubar a bola dos robôs e dar um chutão por cima do Metropolitan Building para acertar a cara do Metal Sonic foram boas surpresas. Uma pena que eles estão escondidos em uma montanha de chatice, já que aparecem no final da história e só são desbloqueados por quem jogou o modo.

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Uma homenagem para as Olimpíadas digna da medalha de ouro

Apesar de todos os problemas de jogabilidade e de storytelling, Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 presta uma incrível homenagem com a representação fiel dos pontos da cidade e com a tonelada de trívias e curiosidades sobre o evento.

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Durante o modo história você visita várias arenas espalhadas por Tóquio, além de pontos turísticos tanto de 2020 quanto de 1964. Todos são representados com muito capricho e tem vários “itens” espalhados com curiosidades sobre as modalidades, as duas edições do evento e sobre os personagens das franquias.

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É notável que a equipe não quis fazer apenas um jogo com os esportes da Olimpíada, mas também contar mais da história do evento e mostrar o contraste dos Jogos e da Tóquio de 1964 e 2020.

Vale a pena?

Infelizmente Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 não é um game que vale o investimento. Existem party games muito mais divertidos que ele, como Mario Party e Overcooked, e o modo história não é um diferencial bom o suficiente. As boas intenções e o capricho do game são ofuscados pelos controles estressantes, a história chata e a estrutura simplista das competições.

*Mario & Sonic nos Jogos Olímpicos foi cedido pela assessoria da Sega

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Pontos Positivos
  • Jogo totalmente em português do Brasil (texto e narração)
  • Presta uma homenagem à história das Olimpíadas
  • Alguns mini games e modalidades são criativos e divertem
Pontos Negativos
  • História chata
  • Controles “estressantes”
  • Regras dos esportes nem sempre são explicadas claramente
  • Multiplayer com estrutura simples demais, sem estimular a competitividade e afastando o jogo de um party game