Os Rabbids voltaram para mais uma baguncinha no reino dos cogumelos
O primeiro Mario + Rabbids foi lançado em 2017 em uma parceria da Ubisoft com a Nintendo que fez até o lendário Shigeru Miyamoto subir no palco da E3 equipado com a arminha do Mario e tudo. Todos conhecem a turma do Reino dos Cogumelos, eles dispensam apresentações, já os completamente malucos Rabbids surgiram como um spin-off de outra franquia muito querida: Rayman lá em 2006 com o jogo Rayman Raving Rabbids.
Em 2022, essa inusitada união que ganhou os corações de muitos recebe uma continuação. Mario + Rabbids: Sparks of Hope traz mais do que uma evolução do jogo de cinco anos atrás, traz mais diversão, mais conteúdo e algo que muita gente pede para a Big N aqui no Brasil: legendas em português. Quer saber mais do que Sparks of Hope está trazendo? Confira abaixo nossa vídeo análise:
O retorno dos Rabbids
Tudo está às mil maravilhas no reino dos cogumelos e após ter que encontrar o macacão do Rabbid Mario para ele não andar nu por aí, nossos heróis recebem a visita de fofas estrelinhas, contudo a diversão dura pouco e um monstro gigante é revelado perseguindo as estrelas, conhecidas como sparks.
Nesse momento, nos tutoriais do game percebemos algumas mudanças gigantescas em relação ao jogo anterior. A primeira e mais notável: o grid de movimento foi completamente abandonado. Agora, os personagens têm liberdade para andar por uma área sem ficar comprometido com aqueles famosos quadradinhos, mas obviamente existe uma distância máxima para percorrer.
Após uma série de tutoriais, conhecemos o vilão do game, um monstro feito de energia cósmica chamado Calamita que anseia em capturar todas as sparks
Depois de conhecer o vilão da aventura e entender onde estamos nos metendo. Nos juntamos aos outros personagens para viajar por cinco mundos diferentes coletando as Sparks, até o momento de enfrentar Calamita.
Cada mundo tem uma temática diferente e baseados nas estações do ano verão, inverno, outono e primavera. Esses mundos funcionam como uma hub aberta que o jogador pode explorar para fazer missões principais e secundárias, resolver puzzles, encontrar itens secretos, enfrentar inimigos titânicos, entre outras atividades. Essa é uma evolução do que tínhamos em Kingdom Battle, onde seguimos um caminho totalmente linear e hora ou outra tinha alguma coisa pra fazer “fora do script”. Podemos ir e vir entre os mundos quando quisermos fazer o famoso 100% em cada área.
Tiro, porrada e bomba
Agora, vamos falar dos sistemas de batalha que evoluíram e muito em relação ao jogo passado. Enquanto, Kingdom Battle era bastante comparado à XCOM, mas que na real era muito mais simples. Sparks of Hope é muito melhor no sistema de combate do que seu antecessor, principalmente por conta da mecânica dos sparks. Cada uma das estrelinhas pode garantir aos personagens diferentes efeitos.
Existem 30 sparks para encontrar durante a campanha, entre os poderes disponíveis estão: ficar invisível, atrair inimigos, espantar inimigos, dar dano elemental,entre outros, enfim as batalhas se tornaram muito mais dinâmicas e diferentes umas das outras. O jogador realmente precisa analisar o campo antes de escolher com quais personagens vai entrar na batalha e quais sparks vai equipar em cada um.
Além das fofas estrelinhas, cada personagem tem características bem próprias. Mario utiliza duas armas de lazer e pode dar dois tiros em seu momento de ataque, Peach já é mais uma especialista em combates de curta distância contra mais de um inimigo, já que sua arma é um guarda-sol equipado com um tipo de escopeta.
Assim como no jogo passado, os embates vão além de armas. Cada personagem tem seus poderes próprios, além dos fornecidos pelas sparks. Enquanto, Mario pode contra atacar inimigos que entrem em seu campo de visão, Peach pode oferecer um escudo que protege seus colegas de dano um certo número de vezes e esses são só dois exemplos, cada personagem tem suas características bem definidas na hora da porrada.
Outro exemplo que podemos dar é a Rabbid Peach que usa um lança-foguetes e tem como poder especial curar seus colegas de equipe.
Planejar antes de cada luta é o caminho mais fácil para a vitória, analisar as forças e fraquezas dos adversários tem um peso enorme em cada batalha. Portanto, se um inimigo utiliza ataques que podem queimar, é bom levar um spark que te dê resistência a status de fogo.
Além disso, é claro que temos as árvores de habilidades de cada personagem que melhoram questões específicas, como área de movimento, dano de armas, eficácia dos poderes especiais e outros atributos. Para melhorar esses status é preciso vencer batalhas e passar de nível, assim ganhando um Prisma de Habilidade, esse item que é usado para adquirir as melhorias.
Conforme avançamos na campanha existe uma evolução constante. A cada mundo que passamos descobrimos novas mecânicas que mudam o jogo trazendo um “quê” de renovação. No início, usamos apenas dois personagens nas lutas, depois passamos para três, o mesmo acontece com os sparks, na primeira parte do jogo, cada personagem pode equipar apenas uma, conforme avançamos esse número aumenta, dando aquele dinamismo.
Mas tem pontos negativos?
Falamos anteriormente que Sparks of Hope é melhor do que Kingdom Battle e isso é um fato, as batalhas estão menos parecidas umas com as outras, já que experimentar novas combinações de personagens e sparks dá um fator replay interessante ao jogo. Mas uma coisa o primeiro game fez melhor do que a sequência: Os vilões.
Enquanto, Kingdom Battle nos trazia chefões carismáticos, Sparks of hope sofre um pouco nesse quesito. Bowser Jr. era um vilão engraçado e sempre trazia uma ou outra cena divertida na tela.
No segundo game, apesar de ainda termos toda a irreverência da Rabbid Peach e a adição da entediada Rabbid Rosalina, o antecessor contava com inimigos muito mais marcantes do que o grupo de caça-sparks que Calamita envia para derrotar nossos heróis.
Em relação a performance, bem sabemos que o switch tem suas limitações, mas também sabemos que alguns games fizeram milagres com o console híbrido. Jogando no modo portátil, o game se comporta bem melhor do que no modo TV, mas isso não é novidade. O único problema sério que tive foi quando do nada um bug me impediu de continuar durante um combate travando a passagem de turno, isso aconteceu apenas uma vez e tive que reiniciar a batalha. Além disso, Sparks of Hope não é feio, mas está longe de ser o melhor trabalho da Nintendo e da Ubisoft na plataforma.
Vale a pena?
Mario + Rabbids: Sparks of Hope é uma maravilhosa e clara melhoria do que já era bom. Ele aperfeiçoa muito as mecânicas de batalha e exploração do jogo anterior, que depois de um tempo ficavam até um pouco tediosas, é um jogo mais divertido, apesar da perda do carisma dos vilões principais. O jogo não oferece uma dificuldade muito elevada, principalmente se você analisar bem o campo de batalha e escolher seus personagens e sparks com inteligência, mas em uma batalha ou outra você vai encontrar um desafio maiorzinho, mas elas são raras. Lembrando que é possível alterar a dificuldade a qualquer momento.
O game não é muito longo, mas também não é curto demais, se você quiser explorar tudo, coletar todas as moedas planetárias, fazer as missões secretas e pegar os visuais de armas, tranquilamente vai passar das 30 e poucas horas de jogo. E na minha humilde opinião essas 30 e poucas horas de jogo vão valer bastante a pena!
Categorias
- Evolução em todas as mecânicas do jogo
- Legendas em português
- Jogo extremamente divertido e amigável para novatos
- Os vilões deixam a desejar em relação ao jogo passado
- Performance ruim usando o console no modo TV
Nota do Voxel