Narrativa envolvente e suspense refinado esquentam E.D.N. III
Estamos começando a sair da entressafra para entrar no período mais quente do ano. Não só por causa da primavera e do verão, mas também pelos aguardados blockbusters que finalmente vão dar as caras – incluindo GTA 5, Call of Duty: Ghosts, Beyond: Two Souls, entre outros.
Correndo por fora desse rol de elite, há um título que destoa desse calor por trazer o gélido planeta E.D.N. III. Metáforas à parte, a “frieza” de Lost Planet 3, sequência da Capcom em parceria com a Spark Unlimited, responsável pelo desenvolvimento, representa um ápice das mudanças que podem acometer uma sequência para que ela fique sem a “sombra” do game anterior, que dividiu opiniões.
2013 está sendo um ano histórico para o mercado de games. Filtrar a lista de aquisições é tarefa árdua. Não digo isso apenas pela chegada dos consoles da próxima geração. O que marca o presente ano é a batelada de títulos de peso que definitivamente (ainda) justificam a aquisição de um console da atual geração. O aprendizado absorvido pelos desenvolvedores ao longo de todos esses anos está sendo colhido agora, e Lost Planet 3 é mais um título que pode “embolar” essa lista – mesmo que o período não seja o mais propício.
Entre mais acertos do que falhas, Lost Planet 3 se esquiva de alguns clichês e adota mecânicas emprestadas de games como Dead Space, Gears of War, Resident Evil 4 e até Metroid Prime. Essa miscelânea, se bem misturada, pode trazer um ótimo tempero, ainda que o sabor seja familiar e comum.
A intrínseca narrativa ofusca as eventuais falhas estéticas e representa um renascimento para a série. Em meio a tantos hits bombásticos chegando no final do ano, Lost Planet 3 pode não ser um marco do gênero, mas certamente é uma bela opção nesta época de entressafra e mostra que a luz no fim do túnel está bastante reluzente – se é que um dia ela precisou existir.
*Este jogo foi gentilmente cedido para análise pela Capcom do Brasil.
Categorias
Nota do Voxel