Bem-vindo ao episódio mais intenso de Life is Strange
Life is Strange é uma série que não para de surpreender. Depois de um terceiro episódio incrível – especialmente se considerarmos o final dele –, a DONTNOD Entertainment conseguiu entregar uma sequência ainda mais envolvente. Life is Strange: Episode 4 – Dark Room é tudo aquilo que os jogos anteriores foram: um título com história emocionante e empolgante, boa trilha sonora, personagens profundos, mas ainda sem legenda em português.
Life is Strange: Episode 4 – Dark Room.
Atenção: ALERTA DE SPOILER! Essa análise pode conter informações que revelem detalhes importantes sobre o enredo de Life is Strange. O texto não pretende contar a história do jogo, já que o uso desses trechos tem como único objetivo servir de base para sustentar os argumentos apresentados pelo autor.
O mais intenso de todos
O quarto episódio de Life is Strange é o mais intenso de todos. E isso não se deve apenas às cenas de ação e o final surpreendente – e que final –, mas por conta do clímax ao qual a série se aproxima. Apesar da enxurrada de descobertas, a impressão que fica é a de que ainda faltam infinitas questões a serem respondidas e todas deverão ser sanadas apenas no último episódio.
O episódio mais intenso de todos ainda reservou muitos mistérios para o próximo capítulo.
Mais uma vez, as suas escolhas durante a saga mostram-se bastante presentes e determinantes em alguns momentos. Apesar de presenciarmos isso com mais intensidade nas frases dos personagens, algumas ações e cenas realmente compravam que esse game possui uma complexidade difícil de medir com apenas algumas horas de jogo.
Afinal, quem você visitaria no hospital se no segundo episódio – "Out of Time" – você tivesse deixado Kate Marsh morrer? Caso ela tenha sobrevivido, é interessante ver que uma escolha sua no primeiro episódio – atender ou não a ligação de Kate – tem reflexos diretos na frase de Chloe durante a visita ao hospital.
O episódio 4 traz muita ação e momentos realmente tensos.
Mais ação
A proximidade de um desfecho também trouxe um reflexo que pode ter assustado alguns: mais ação para a trama de Life is Strange. O quarto episódio da série apresenta cenas realmente tensas e com escolhas que parecem exigir um tempo de reação muito rápido – apesar de sempre podermos voltar no tempo, o que é um alívio.
A maior prova disso é a cena em que interrogamos Frank Bowers do lado fora de seu trailer. Assim como aconteceu no final do segundo episódio, saber que podemos terminar aquela cena com três fins tão distintos é verdadeiramente perturbador. Isso sem falar que muitas outras escolhas do passado refletem diretamente durante esse trecho do jogo.
Poder voltar no tempo é um alívio.
No segundo episódio, por exemplo, não ter tentado atirar em Frank quando Max e Chloe estavam no ferro-velho facilita a vida daqueles que querem passar por aquela cena sem maiores casualidades. Entretanto, no terceiro episódio, o acidente envolvendo Pompidou – o cachorro de Frank – também tem reflexos profundos para conseguir o desfecho desejado dessa parte.
O final
Se você achou o final do segundo ou terceiro episódio surpreendente, provavelmente você não terminou o quarto – não se preocupe, não revelarei o final dele. É lógico que tudo foi proposital: a DONTNOD Entertainment brincou com as nossas escolhas durante o jogo e culminar naquela cena parece uma injustiça tendo em vista o que construímos durante a trama.
"Dark Room" tem um final realmente surpreendente.
Mas é por isso que "Dark Room" é o melhor título de todos até agora. Além de quebrar as convenções erigidas durante os três primeiros episódios, o game apresenta uma série de questões complexas e que são até mesmo capazes de revelar questões comportamentais de quem aproveitou o jogo.
Basta ver as decisões das seguintes escolhas: "Negotiating with Frank" (Negociação com Frank), "Warning Victoria" (Avisando Victoria) e "Bird Nest" (Ninho do Pássaro). Entretanto, a primeira decisão crucial do game – "Euthanasia" (Eutanásia) – mostra como realmente essas questões comportamentais são complexas e como é difícil definir entre uma coisa e outra.
Escolha difícil, hein?
Trilha mais cadenciada
Assim como os momentos de ação, a trilha sonora pode ter desapontado aqueles que esperavam algo mais sereno e definitivamente marcante. Porém, músicas mais cadenciadas foram necessárias para ornar com as cenas apresentadas. O ponto negativo foi ver que as canções "desapareceram" um pouco em meio a trama.
Mas isso não significa que a escolha cuidadosa das músicas não mereça destaque. "In My Mind" (Amanda Palmer) e "Mountains" (Message to Bears) são duas canções que marcaram momentos intensos durante a jogatina do quarto episódio de Life is Strange. Até mesmo o trailer abaixo parece ter sido criado especialmente para a história, apesar de ser bem mais antigo que o próprio game.
Ainda bilíngue
Se nos três primeiros episódios o domínio de um dos idiomas oferecidos era essencial, em "Dark Room", se o jogador não entender inglês ou francês, provavelmente não vai nem conseguir terminar o game. Com uma complexidade crescente, o quarto episódio apresenta partes investigativas muito mais complexas que as que foram apresentadas nos primeiros capítulos. Unir as pistas já é difícil se você entende tudo o que Max diz. Não entender torna tudo praticamente impossível.
Vale a pena?
Se você jogou Life is Strange até o terceiro episódio e ainda não aproveitou o quarto, você não sabe o que está perdendo. Esse é o título mais tenso e surpreendente de todos, com um final intenso e cheio de emoções que são difíceis de explicar e descrever.
Vale a pena? SIM! Já jogou? Conta aí o que você achou do final.
Saber que o próximo episódio também será o último causa um mix de sensações. A principal delas é a tristeza de ver que essa bela saga está chegando ao fim. Porém, ver essa obra de arte finalizada – independentemente de qual seja o desfecho – também vai trazer um bem-estar gigantesco. Ainda não jogou? Então corre lá e depois volte aqui para contar o que você achou daquele final surpreendente.
Categorias
- Desfecho surpreendente
- Bela trilha sonora
- História envolvente e emocionante
- Ainda sem suporte oficial a outros idiomas
Nota do Voxel