Não é perfeito... Mas é bem divertido!
Durante a análise do jogo LEGO Indiana Jones: The Original Adventures, nós utilizamos a seguinte frase para descrever a versão em pecinhas do Prof. Jones: “Não é perfeito, mas é bem divertido”. Bem, o que dizer? Esse bem poderia ser o mote para toda franquia, conforme se pode perceber facilmente no último membro da família LEGO.
Afinal, em LEGO Star Wars III: The Clone Wars, a ideia é rigorosamente a mesma: uma leitura despretensiosa e bem humorada de um produto cultural consagrado. Dessa vez, o “alvo” foram as chamadas “Guerras dos Clones”, espécie de interlúdio produzido para TV — posteriormente transformado em filme — cujo propósito seria o de fornecer um elo mais consistente entre a segunda e a terceira película da filmografia de Star Wars.
Aliás, é bom conhecer de antemão o background aqui, já que é praticamente impossível apreender algo da história através dos tradicionais murmúrios que constituem os diálogos de qualquer jogo baseado em LEGO. Quer dizer, em termos de história, as cenas caricatas provavelmente serão um prato cheio para quem for fã — pelo menos para aqueles que não forem excessivamente puristas em relação à doutrina de Guerra nas Estrelas. Já os demais, o negócio é focar nos momentos de ação mesmo.
A propósito, ação realmente não falta aqui. Trata-se da mesma fórmula quase paradoxal dos jogos anteriores: nenhum dos elementos isolados — puzzles, jogabilidade, desafios — é realmente digno de nota. A magia de LEGO sempre acontece quando a coisa toda é posta em movimento.
Entretanto, impossível não confessar certo ceticismo aqui. Afinal, o lado ruim de se manter exatamente a mesma fórmula de jogo é que... Bem, você tem exatamente a mesma fórmula de jogo. Isso equivale a dizer que, caso você tenha jogado quaisquer das fusões anteriores entre LEGO e alguma coisa, não há grandes surpresas aqui — na verdade, até as escorregadas e limitações permanecem basicamente as mesmas. Enfim, aos detalhes.
LEGO Star Wars III: The Clone Wars é um típico game baseado em LEGO. Afinal, está tudo aqui: humor nonsense, jogabilidade despretensiosa a aquela adorável suspensão da seriedade original de um produto cultural — no caso, um produto particularmente notável a agregar seguidores, normalmente bastante ciosos.
Dessa forma, embora se mantenham aqui as escorregadelas dos títulos anteriores da série — jogabilidade errática e repetitiva, inteligência artificial com Q.I. de alcachofra e por aí vai —, é impossível não extrair pelo menos algumas horas de diversão. Com um lembrete: não pense em Star Wars. Pense em LEGO! Ademais, que a Força esteja com você.
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Nota do Voxel