LEGO Os Incríveis garante diversão casual da franquia, mesmo sendo bem OK
Com a montanha de títulos que estão disponíveis no mercado, muitos feito milhos em praças lotadas de pombos, a atenção do público fica ramificada de tal forma que, se a empresa não investir agressivamente em marketing, dificilmente verá o brilho de uma produção que tenha potencial. Hoje, há tantos jogos da franquia LEGO por aí que é fácil se perder em meio a esse montezuma.
Mas isso é algo que LEGO Os Incríveis não merece! Trata-se de uma das animações mais primorosas da Disney/Pixar, e a sequência demorou nada menos que 14 anos para ser lançada. Dá para acreditar que esse talento todo só foi revisitado mais de uma década depois? A Warner Bros. não deixou o gancho passar batido e embarcou na onda que nunca enjoa: colocar aquela peculiar família superpoderosa numa aventura LEGO assinada, novamente, pela Traveller’s Tales.
Diversão casual assegurada
Não há muita dissertação aqui: LEGO Os Incríveis é o LEGO que qualquer fã dessa família poderia desejar. O jogo reúne os acontecimentos do primeiro e do segundo filme, portanto, você estará completamente contextualizado.
Mulher-elástica, o Sr. Incrível, Flecha, Síndrome, Gelado e o pequenino-porém-poderoso Zezé Pêra, entre outros, trocam sopapos com o toque de carisma de um LEGO e o espírito cooperativo de família; o jogo tem esse semblante e não erra. Na verdade, a graça é ínfima ao jogar sozinho; ao embarcar no modo cooperativo, as habilidades da família Parr podem ser combinadas de maneira a “desdobrar” os cenários da melhor forma possível. Sozinho, o trabalho é redobrado – e perde o sal.
As cinemáticas reproduzem, com alto grau de fidelidade, as cenas vistas nos dois filmes – e se você ainda não assistiu ao segundo, ligue o radar de spoilers, pois a história é MUITO bem contada. Essa natureza cooperativa faz com que o jogo seja uma ótima pedida de sofá; ele te incentiva a isso. Até porque os cenários estão, sim, maiores do que em qualquer outro LEGO – e sem forçar espaço vazio diante de nossos olhos. Tudo é preenchido com sabedoria. E ah: a dublagem brasileira está ótima. Recomendo que jogue em nosso idioma.
LEGO Os Incríveis joga no “campo seguro” e não vai muito além disso. Menos ambicioso, talvez, do que poderia ser. É difícil, aliás, qualquer jogo LEGO querer sair muito de sua jurisdição. A aposta na simplicidade e na diversão casual continua sendo o principal pilar da franquia, e aqui não é diferente. É um jogo indicado para quem curte essa pegada e, sobretudo, aos fãs das animações.
- Diversão casual assegurada, especialmente no modo cooperativo
- Engloba a história dos dois filmes com cinemáticas fiéis e boa dublagem brasileira
- Carisma de sobra
- Fator cooperativo é “quase” necessário; sozinho, o jogo fica sem sal
- Não é um LEGO que avança a fórmula da franquia, sendo mais indicado aos fãs das animações
Nota do Voxel