Imagem de L.A. Noire Remastered
Imagem de L.A. Noire Remastered

L.A. Noire Remastered

Nota do Voxel
72

L.A. Noire Remaster é caro, tem poucas mudanças e não empolga muito

Na geração passada, L.A. Noire foi um daqueles jogos que eram extremamente aguardados: novas técnicas gráficas e a promessa de um GTA investigativo na década de 40. Porém, após o lançamento, o game foi rapidamente ofuscado e esquecido. Agora, ele chega remasterizado para o Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch. Mas será que vale a compra?

Essa análise será mais enxuta e será focada nos elementos remasterizados, não na qualidade do jogo em si (que já ganhou review há muito tempo aqui no site). Por conta disso, a crítica será no formato de Jogo Rápido, formato que inauguramos há um tempo no site e tem como objetivo cobrir jogos menores ou remasterizações que não seriam analisados no site. Portanto, vamos ao review completo.

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L.A. Noire nunca foi um jogo ruim. O game pode não ter atendido ao hype inicial em alguns aspectos e não ser um mundo aberto recheado de conteúdo, mas foi sem dúvidas uma experiência investigativa muito boa e, no mínimo, bem interessante. Mas, infelizmente, o custo-benefício dessa rematerização não é dos melhores, pois temos poucas mudanças para um título que é vendido por um preço bem próximo do valor cheio nas lojas digitais (US$ 39,99 nas lojas americanas e R$ 199,90 nas brasileiras).

Primeiro, vamos comentar sobre o conteúdo, que não há reclamações: temos o game completo e todos os DLCs, extras e quaisquer outros elementos adicionais. Em outras palavras, trata-se da versão definitiva. Basicamente, é a trama investigativa completa de Cole Phelps, com direito a interrogatórios e análise de cenas de crimes para achar o culpado, tudo de forma bem cinematográfica. Apesar de ser essencialmente o mesmo game, há algumas mudanças sutis, seja gráfica ou mecanicamente.

Na jogabilidade, as alterações são sutis: em vez de ter as opções “Verdade”, “Dúvida” e “Mentira” como escolhas nos interrogatórios, agora há “Policial bom”, “Policial mau” e “Acusar”. No geral, acaba fazendo mais sentido e ajuda a tomar decisões melhores, mas o impacto é baixo demais, nada que altere estruturalmente o jogo. Além disso, há dois modos de câmera extras: um com mais aproximação do ombro do personagem e outro com maior distância. Mais uma vez, algo legal, mas nada substancial ou marcante.

Teoricamente, as mudanças mais substanciais são os gráficos, que estão mais refinados e adaptados à nova geração. De fato, há melhorias que dão retoques para telas modernas, como aumento na vegetação, distância de renderização, melhorias em algumas texturas e até mesmo no clima, que tem mais neblina e outros efeitos. Porém, o trabalho passa longe do que vimos em Grand Theft Auto V, que ficou bem mais próximo da nova geração. O contraste entre os gráficos comuns e os rostos capturados por câmeras acabam destoando em algum momento (algo que, na época, era muito bom) e o game mostra claramente a sua idade (sequer há uma opção de rodar em 60 fps, mesmo nos consoles mais poderosos).

L.A. Noire

Tudo isso não seria necessariamente ruim, já que estamos falando de uma remasterização. O maior problema é o preço: ter algo próximo do valor integral é simplesmente desanimador para um retrabalho que nem é tão bom assim. Se você tem muito carinho pelo jogo, talvez valha a pena garanti-lo em uma promoção, mas é difícil recomendar o game no preço atual.

E no Switch?

Apesar de muito falarmos das versões de Xbox One e PlayStation 4, há o Switch correndo por fora. Há diferenças? De forma curta e grossa, sim. O conteúdo é o mesmo, mas há pequenas mudanças gráficas. O jogo é mais capado nos visuais, tem qualidade de reflexos menores, sombras um pouco piores e, principalmente, distância de renderização. No geral, o game fica entre a geração passada e a nova, mas com resolução atualizada (720p no portátil e 1080p no modo dock).

L.A. Noire Switch

Além disso, temos suporte aos controles de movimento dos Joycons e comandos touchscreen durante o modo portátil. Apesar de ser mais simples, a versão de Switch foi a que mais me cativou por conta da portabilidade. Além disso, a tela menor acaba escondendo parte das limitações gráficas e torna a experiência mais agradável.

*Este jogo foi gentilmente cedido pela Rockstar para a realização desta análise.

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Pontos Positivos
  • Conteúdo completo e com todos os adicionais
  • A narrativa e a jogabilidade continuam bem legais
  • O tratamento gráfico é de qualidade superior a da maioria dos remasters
  • Modos de controle de movimento e touchscreen do Switch são legais
Pontos Negativos
  • Alguns elementos envelheceram mal
  • Preço bem acima da média por uma remasterização
  • Poucas novidades que justificam a compra