Uma amostra tecnológica... E é só [vídeo]
Antes de tudo, convém não ser ingênuo. A proposta de Knack é algo que saltou aos olhos mesmo antes de o game dar as caras: trata-se de um mostruário tecnológico; é o tipo de jogo utilizado, basicamente, para convencê-lo de que uma nova plataforma possui algo de realmente novo.
No caso, a ideia da Sony foi prover o PlayStation 4 de uma tecnologia capaz de, por exemplo, mostrar a capacidade gráfica do console ao lidar com múltiplos elementos em cena. Há uma desculpa para que seja assim, é claro. Knack é uma criatura forjada em inúmeras relíquias, as quais são a base de todo o universo do jogo — e é possível encontrar as peças incrivelmente raras mesmo em tratores e enceradeiras (um luxo).
E há também uma proposta de jogabilidade, é claro. Knack foi construído para proteger a humanidade dos terríveis goblins (sempre eles) e o faz socando qualquer coisa que apareça pelo caminho — uma, duas, três... Milhares de vezes.
O problema é que, ao final, a única coisa que realmente o terá impressionado será “a capacidade gráfica do console ao lidar com múltiplos elementos em cena”. Sobretudo quando Knack é destroçado por um inimigo — o que deve acontecer muitas vezes —, espalhando as “preciosas” relíquias onipresentes e dando algum trabalho mais sério para a GPU do PlayStation 4. Vale a pena olhar mais de perto, é claro.
Conforme dito anteriormente, seria preciso ser muito ingênuo para não perceber o porquê da existência de Knack. Trata-se do jogo que deveria servir como mostruário das capacidades do PlayStation 4 — o que fica realmente óbvio pela insistência da desenvolvedora em lotar constantemente a tela com as famigeradas relíquias.
O problema é que simplesmente não há um jogo igualmente inovador — ou mesmo divertido — para acompanhar as inúmeras pecinhas. Com uma história incrivelmente capenga (lotada de “vergonha alheia”) e repetições à exaustão, Knack apenas consegue divertir se você absolutamente não estiver interessado em algo novo.
E para conhecer o PlayStation 4? Bem, com certeza há melhores opções por aí. É claro que deve haver menos fragmentos pela tela, mas, bem, não se pode ter tudo, certo?
Categorias
Nota do Voxel