King Arthur: Knight's Tale é tudo o que um jogador de RPG procura
Alguns títulos precisam de pouco tempo para cativar os jogadores. King Arthur: Knight's Tale é um deles. Com cinco minutos de aventura, já é possível se encantar com tudo que o game da NeocoreGames apresenta.
Para quem não sabe, a produtora húngara tem uma boa experiência em role-playing game (RPG). Ela já apresentou jogos excelentes no mercado, como a série Van Helsing e Warhammer 40.000: Inquisitor.
Outra curiosidade é que o “tema” Rei Arthur está presente na vida dela há um bom tempo. Desde 2009, a NeocoreGames tenta emplacar um game com o líder britânico, que varreu os saxões de suas terras santas, como personagem.
King Arthur: Knight's Tale é um apanhado de diversas características apresentadas nos jogos mais antigos produzidos pelos húngaros. Impressiona logo de cara toda a beleza do cenário e os detalhes na tela.
Por mais que seja um jogo com um certo estilo de RPG de mesa, os fãs do gênero ficarão apaixonados por cada sala, cada espaço criado para explorar o batalhar.
Essa é a primeira característica presente no jogo. Ele tem um estilo híbrido de comando, em que podemos andar livremente pelos calabouços e, ao mesmo tempo, entrar em um combate por turnos.
Cadê o Rei?
O jogador é Sir Mordred, uma das figuras mais emblemáticas em toda a história do rei Arthur. Segundo a história, ele foi o grande responsável pela morte do líder britânico, na Batalha de Camlann.
Mas em King Arthur: Knight's Tale, o enredo muda um pouco o que teria ocorrido de verdade. Após a morte do Rei Arthur, a chamada Dama do Lago ressuscita o líder britânico, que se transforma em um personagem perigoso e malvado.
Com isso, a região de Avalon se torna o que a população mais temia: um dos locais mais assustadores de todos. Também, não poderia ser diferente, já que deixar um morto-vivo comandar o reino não poderia ser algo bom, não é mesmo?
Para tentar combater o mal, só existe uma solução: trazer novamente Sir Mordred ao campo de batalha para que novamente ele possa destruir o Rei Arthur. Então, prepare-se para ser o vilão. Ou seria o bonzinho?
Com elementos interessantes e uma bela arte conceitual, a empresa conseguiu envolver o jogador da melhor forma possível, fazendo que a imersão seja algo notório em grande parte da aventura.
Inclusive, algumas escolhas podem ser feitas ao longo da narrativa. Suas falas terão impacto direto no que for feito ao longo da aventura. Prepare-se para mudar o rumo de Sir Mordred, portanto, pense sempre antes de tomar uma ação narrativa.
É muito bacana a utilização daqueles “balões de conversa” ao longo de sua caminhada, sem a necessidade de quebrar a sequência de jogo. Isto tornou o game muito mais imersivo do que já era.
Obra de arte
Como dito no início do texto, com menos de 5 minutos já é possível se apaixonar pelo game. Primeiro pelos cenários, que são muito ricos e detalhados. Em diversos momentos paramos para analisar cada canto criado pelos produtores.
São elementos que passariam em branco em diversos jogos, mas que ganham vida em King Arthur: Knight's Tale. É possível notar até mesmo moedas no chão, detalhes das pedras, brilho dos baús e assim por diante. Ambientes hostis e sombrios também fazem parte do todo.
Vale destacar que isso já poderia ser encontrado no acesso antecipado do game. Dá até para considerá-lo um jogo AAA, devido ao trabalho bem-feito e que merece nota 10. As cutscenes também estão à altura do apresentado na gameplay.
Os menus são muito bem-feitos e, ao mesmo tempo, simples de serem entendidos. Lembra muito do que foi visto nos primeiros jogos da série Diablo. O inventário é completo e a árvore de habilidades muito simples de ser entendida.
A trilha sonora não fica para trás. Ela apresenta ingredientes de um excelente jogo de RPG e produz a ambientação perfeita para um jogo do gênero.
Apesar de ser muito rico em todos os sentidos, King Arthur: Knight's Tale, não tem uma pegada de independência no mapa de ação. O jogador escolhe os locais que vai explorar e combater.
Batalha simples
Por ser um jogo que tem como premissa o combate por turnos, King Arthur: Knight's Tale, segue os seus antecessores no gênero. Não existe nada do outro mundo na hora de batalhar.
Os famosos pontos de ações estarão presentes, além de todas as sequências de combate já conhecidas em ações por turno. O que importa é que as ações são fáceis de serem executadas. Tudo foi muito bem pensado e simplifica o entendimento daqueles que não estão ambientados com este estilo de jogo.
Muitos jogadores criticaram o balanceamento dos personagens frente aos inimigos. Enquanto no modo mais fácil é praticamente impossível ser morto, no modo mais difícil a situação torna-se inversamente proporcional.
Mesmo que o jogador crie uma boa estratégia de combate será difícil passar pelos inimigos. Como o jogo acabou de ser lançado, independentemente do acesso antecipado, algumas alterações devem vir em breve.
Vale a pena?
King Arthur: Knight's Tale é tudo o que queremos em um jogo medieval por turnos. Cenários sombrios, narrativas pertinentes e um combate por turnos desafiador.
Vale destacar também o saudosismo que bateu, ao fazer o jogador se sentir em um verdadeiro jogo de tabuleiros. Cada vez mais os jogos têm dificuldade em passar essa maravilhosa sensação.
Categorias
- Grande grau de imersão
- Direção de arte fantástica
- História muito interessante
- O gameplay é pouco balanceado
- Combate simples demais
Nota do Voxel