Ação incessante na guerra futurista de Killzone
Killzone: Liberation é um jogo de tiro em terceira pessoa, que utiliza os recursos do PSP para introduzir um estilo de jogo até então inexistente no console, o “jogo de tiro tático” (tactical shooter). A interface de jogo é simplificada, com controles bastante precisos e ênfase na progressão das fases. Com um ritmo mais lento do que os jogos de tiro em geral, a prioridade de Killzone é divertir o jogador, ao mesmo tempo em que recupera a franchise Killzone, mal-recebida no PS2.
Muita ação... em câmera lenta
Todo novo console apresenta limitações e os jogadores aprenderam a ser tolerantes com os desenvolvedores de jogos, que precisam de um certo tempo para descobrir as melhores formas de aproveitar as características específicas de uma plataforma. No caso do PSP, uma de suas grandes limitações aparece nos jogos de tiro em primeira pessoa, onde a ausência do segundo controle analógico pode acabar com a experiência de jogo, colocando em risco o sucesso de franquias bastante conhecidas como Medal of Honor.
Felizmente, algumas softhouses aprendem com seus erros. Killzone, que foi um jogo de tiro em primeira pessoa bastante medíocre no PS2, chega ao PSP em um formato mais adequado à limitada plataforma. Ainda é um jogo de tiro, mas em terceira pessoa e com perspectiva isométrica (como Diablo). A opção pela mudança foi bastante acertada: Killzone no PSP é um jogo mais tático, onde o ritmo da ação fica sob controle do jogador.
E o jogador precisará de muito (auto)controle. A morte do seu personagem é um acontecimento comum, com a passagem por certas áreas do game acontecendo por tentativa e erro. Em alguns momentos parece que o jogo simplesmente não dá recursos suficientes para que o jogador avance. Pode ser frustrante para quem está acostumado com jogos de tiro que se desenrolam de forma mais rápida ou frenética. Mas a persistência eventualmente compensa, pois sempre existe uma maneira de passar pelos trechos mais difíceis do jogo, seja através de um ataque ousado ou do uso de uma arma específica que você deixou pra trás.
O ritmo mais lento surpreendentemente não interfere com a ação e satisfação de derrubar hordas de inimigos. Felizmente os inimigos não são apenas “bucha de canhão”; eles se movimentam e defendem suas posições de forma inteligente, na maior parte do tempo. Algumas vezes de forma inteligente demais, dispondo de armas como lançador de mísseis que rastreiam o calor do seu corpo (você também tem acesso ao lançador, em algumas ocasiões).
O jogo também utiliza scripts ou seja, o surgimento dos inimigos, a abertura de portas e outros acontecimentos dependem do personagem atingir um certo local do mapa dentro de certas condições. Às vezes é necessário refazer o caminho e pegar um explosivo C4, por exemplo, a fim de explodir um portão e ir adiante. O nível de dificuldade e o avanço lento são compreensíveis, pois são a forma que a produtora encontrou para aumentar o tempo de jogo. Com apenas 16 fases (divididas em 4 estágios), Killzone parece curto, depois de terminado pela primeira vez.
Muita ação... em câmera lenta
Todo novo console apresenta limitações e os jogadores aprenderam a ser tolerantes com os desenvolvedores de jogos, que precisam de um certo tempo para descobrir as melhores formas de aproveitar as características específicas de uma plataforma. No caso do PSP, uma de suas grandes limitações aparece nos jogos de tiro em primeira pessoa, onde a ausência do segundo controle analógico pode acabar com a experiência de jogo, colocando em risco o sucesso de franquias bastante conhecidas como Medal of Honor.
Felizmente, algumas softhouses aprendem com seus erros. Killzone, que foi um jogo de tiro em primeira pessoa bastante medíocre no PS2, chega ao PSP em um formato mais adequado à limitada plataforma. Ainda é um jogo de tiro, mas em terceira pessoa e com perspectiva isométrica (como Diablo). A opção pela mudança foi bastante acertada: Killzone no PSP é um jogo mais tático, onde o ritmo da ação fica sob controle do jogador.
E o jogador precisará de muito (auto)controle. A morte do seu personagem é um acontecimento comum, com a passagem por certas áreas do game acontecendo por tentativa e erro. Em alguns momentos parece que o jogo simplesmente não dá recursos suficientes para que o jogador avance. Pode ser frustrante para quem está acostumado com jogos de tiro que se desenrolam de forma mais rápida ou frenética. Mas a persistência eventualmente compensa, pois sempre existe uma maneira de passar pelos trechos mais difíceis do jogo, seja através de um ataque ousado ou do uso de uma arma específica que você deixou pra trás.
O ritmo mais lento surpreendentemente não interfere com a ação e satisfação de derrubar hordas de inimigos. Felizmente os inimigos não são apenas “bucha de canhão”; eles se movimentam e defendem suas posições de forma inteligente, na maior parte do tempo. Algumas vezes de forma inteligente demais, dispondo de armas como lançador de mísseis que rastreiam o calor do seu corpo (você também tem acesso ao lançador, em algumas ocasiões).
O jogo também utiliza scripts ou seja, o surgimento dos inimigos, a abertura de portas e outros acontecimentos dependem do personagem atingir um certo local do mapa dentro de certas condições. Às vezes é necessário refazer o caminho e pegar um explosivo C4, por exemplo, a fim de explodir um portão e ir adiante. O nível de dificuldade e o avanço lento são compreensíveis, pois são a forma que a produtora encontrou para aumentar o tempo de jogo. Com apenas 16 fases (divididas em 4 estágios), Killzone parece curto, depois de terminado pela primeira vez.
Killzone: Liberation oferece ainda o modo Challenge, que consiste em passar por certos trechos de fases em um tempo limitado. É interessante cumprir também estas missões, porque elas dão a possibilidade de melhorar algumas habilidades do personagem (carregar mais granadas, health kits, etc.), mas elas não aumentam a experiência single player, sendo apenas um acessório para facilitar a passagem pelo modo principal.
Tiros convencem mais do que argumentos
O enredo de Killzone é fraco e não chama a atenção, não interferindo no andamento do jogo. Nem mesmo o (ótimo) vídeo inicial chega a estabelecer uma história clara ou particularmente intrigante. Não existem escolhas a serem feitas pelo jogador, ou caminhos alternativos. A progressão é linear, mas opções e escolhas neste estilo de jogo não são fundamentais, pois a satisfação está na jogabilidade e progresso do personagem.
Soldados bem posicionados matam mais
Os gráficos de Killzone são muito atraentes, apresentando cenários 3D e ambientes variados, mesmo com o número pequeno de fases. Absolutamente todos os cantos do cenário são bem detalhados, o que contribui para imersão do jogador no ambiente. Os gráficos mostram o potencial do PSP para lidar com engines 3D, embora ocorram lags ocasionais. A trilha sonora do jogo não chama a atenção, mas também não atrapalha. Já os efeitos sonoros sobressaem, contribuindo muito para a ambientação e satisfação no uso do armamento.
Os controles são razoavelmente precisos, considerando-se as limitações do PSP. Os maiores problemas estão no recurso de auto-mira: Em Killzone a mira automaticamente busca o inimigo mais próximo, embora você possa trocar de alvo a qualquer momento (é possível até mesmo atingir alvos inanimados). Em alguns momentos a auto-mira não funciona como deveria, principalmente quando o personagem principal e os inimigos estão em níveis diferentes. Normalmente o problema se resolve facilmente, bastando se reposicionar no cenário. Mas é um defeito de desenvolvimento que recai sobre o jogador.
Killzone não é inovador ou especialmente criativo, mas trouxe ao PSP um estilo de jogo que o console ainda não possuía, aumentado o número de boas opções em jogos de tiro. O fato de ter sido lançado exclusivamente para o PSP aparece nos detalhes da produção, com uma clara ênfase na exploração dos recursos do portátil.
Tiros convencem mais do que argumentos
O enredo de Killzone é fraco e não chama a atenção, não interferindo no andamento do jogo. Nem mesmo o (ótimo) vídeo inicial chega a estabelecer uma história clara ou particularmente intrigante. Não existem escolhas a serem feitas pelo jogador, ou caminhos alternativos. A progressão é linear, mas opções e escolhas neste estilo de jogo não são fundamentais, pois a satisfação está na jogabilidade e progresso do personagem.
Soldados bem posicionados matam mais
Os gráficos de Killzone são muito atraentes, apresentando cenários 3D e ambientes variados, mesmo com o número pequeno de fases. Absolutamente todos os cantos do cenário são bem detalhados, o que contribui para imersão do jogador no ambiente. Os gráficos mostram o potencial do PSP para lidar com engines 3D, embora ocorram lags ocasionais. A trilha sonora do jogo não chama a atenção, mas também não atrapalha. Já os efeitos sonoros sobressaem, contribuindo muito para a ambientação e satisfação no uso do armamento.
Os controles são razoavelmente precisos, considerando-se as limitações do PSP. Os maiores problemas estão no recurso de auto-mira: Em Killzone a mira automaticamente busca o inimigo mais próximo, embora você possa trocar de alvo a qualquer momento (é possível até mesmo atingir alvos inanimados). Em alguns momentos a auto-mira não funciona como deveria, principalmente quando o personagem principal e os inimigos estão em níveis diferentes. Normalmente o problema se resolve facilmente, bastando se reposicionar no cenário. Mas é um defeito de desenvolvimento que recai sobre o jogador.
Killzone não é inovador ou especialmente criativo, mas trouxe ao PSP um estilo de jogo que o console ainda não possuía, aumentado o número de boas opções em jogos de tiro. O fato de ter sido lançado exclusivamente para o PSP aparece nos detalhes da produção, com uma clara ênfase na exploração dos recursos do portátil.
Killzone não chega a justificar a compra de um PSP, como alguns sites sugeriram, mas satisfaz plenamente o jogador médio e certamente ajuda a reforçar a biblioteca de bons jogos do console.
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Nota do Voxel