Potencial desperdiçado
Quem acompanhou Killer Is Dead desde o seu lançamento provavelmente teve dificuldades em não criar altas expectativas. Para começar, o jogo é a mais recente criação do desenvolvedor japonês Suda 51, responsável por uma série de títulos com propostas fora do comum (como Killer7 e Shadows of the Damned).
Os primeiros trailers trataram logo de apresentar o protagonista Mondo Zappa, um assassino que trabalha para a Bryan Execution Agency – uma companhia financiada pelo governo especializada em executar malfeitores.
Os alvos dos contratos aceitos pela agência, no entanto, fogem do comum. Assim, antes de ir atrás de ladrões como Victor, responsável pelo roubo da audição de uma pianista austríaca, é bom ter em mente que apenas alguém com poderes sobrenaturais poderia realizar crimes deste tipo.
Por sorte, Zappa também pode contar com habilidades e acessórios extraordinários. Juntamente com seu terno preto, suas marcas características são a sua espada Gekko (capaz de absorver o sangue de seus oponentes (o combustível de muitos de seus ataques) e seu braço esquerdo biônico, capaz de assumir diferentes formas para punir os oponentes – como uma grande furadeira ou uma metralhadora, por exemplo.
Tudo isso parece fantástico, não? Desde o dia 1º de agosto, os japoneses têm a chance de colocar as expectativas do game à prova. Agora, na última terça-feira (27) chegou a nossa vez com o lançamento do game no Ocidente em versões para PlayStation 3 e Xbox 360. Será que Killer Is Dead consegue sanar toda a expectativa que conseguiu criar?
Saído da mente do desenvolvedor japonês Suda 51, Killer Is Dead não falha em apresentar personagens inicialmente interessantes, assim como chefões bem desenvolvidos e batalhas em localidades impressionantes.
À medida que o jogador progride na história, no entanto, a sua falta de profundidade vai sendo revelada aos poucos, juntamente com uma série de falhas técnicas que, se não atrapalham a jogabilidade, tiram o brilho do game.
Ao mesmo tempo, as bizarras Gigolo Missions são provavelmente o elemento de jogo mais bem-sucedido em deixar os jogadores sem graça dos últimos tempos. O fato de ser obrigatório passar por elas para conquistar todas as armas secundárias de Zappa é um sofrimento pior do que qualquer chefão.
Se você é fã dos jogos de Suda 51 e da Grasshopper Manufacture, Killer Is Dead pode ser interessante, apesar de todos os seus problemas. Se você não gosta do trabalho do diretor ou então nunca experimentou algum de seus jogos, o correto é evitá-lo e procurar algo melhor – não vai ser muito difícil.
A análise foi feita com uma cópia digital da versão para PlayStation 3 adquirida pelo Baixaki Jogos.
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