Uma boa proposta para quem gosta de jogos de plataforma, da mesma desenvoledora de Donkey Kong.
Kameo foi um dos primeiros jogos lançados para Xbox 360, e contribuiu de maneira significativa para não só demonstrar o potencial gráfico da plataforma, como também atrair as crianças e o público fã do gênero aventura em plataforma 3d, como por exemplo Spyro the Dragon, Rayman e até mesmo Sonic, nos seus títulos das plataformas das últimas gerações. Desenvolvido pela Rare, famosa pela série Donkey Kong e Banjo Kazooie, este jogo estava em desenvolvimento desde 2001, tendo sido originalmente planejado para GameCube. Com a aquisição da softhouse pela Microsoft, o título passou para o Xbox360.
Kameo, a sortuda, e sua irmã, Kalus, um verdadeiro calo no pé
O enredo, apesar de ser singelo e banal, é apresentado de maneira bastante confusa ao jogador, fazendo com que até mesmo adultos não compreendam o que está acontecendo. Com uma duração de apenas alguns segundos, a única coisa que é possível se depreender é que irmãs ciumentas estão envolvidas de alguma maneira com uma batalha de elfos contra trolls. Na verdade, a história que pretendia ser passada era que o pai da protagonista passou poderes de metamorfose para uma de suas filhas e a outra, com ciúmes, liberou um líder troll que levaria hordas e hordas de inimigos contra os elfos. Sua irmã raptou toda sua família e agora resta à heroína salvá-la utilizando os poderes concedidos a ela.
Assim é o jogo, cheio de clichês e personagens caricatos, típicos de filmes e livros de fantasia destinados ao público infantil. Lá estará o livro animado com um velho barbudo falante na capa, uma feiticeira de conduta misteriosa, além de outros indivíduos não muito inovadores.
Onde estou? De onde vim? Quem eu sou?
Após a vaga cutscene inicial, a protagonista é atirada em um combate. Através de um tutorial os movimentos básicos e as manobras que podem ser feitas com as diversas formas que ela pode assumir são ensinados gradativamente conforme a necessidade. O interessante é que cada um deles serve para uma situação específica, exigindo assim transformações constantes. Inicialmente, por exemplo, a forma de planta boxeadora se faz necessária para combater alguns orcs, e, logo depois, algumas rampas exigem a forma tatu que vira bola para alcançar patamares mais altos. É possível então perceber que o jogo segue uma estrutura estritamente linear, já que os caminhos, apesar de nem sempre serem tão óbvios, só podem ser transcorridos de uma única maneira.
Esse tutorial dura bastante tempo. Diferentes ambientes e pequenos desafios (até mesmo um chefe) presentes nesta primeira etapa fazem o jogador pensar que se trata de um jogo bastante longo e complexo, o que não é verdade. Leva-se em torno de 12 horas para terminá-lo e, mesmo com a considerável quantidade de cenários e metamorfoses, não há muita variabilidade na mecânica e nos puzzles. A repetição de movimentos logo se torna cansativo: os inimigos não oferecem desafio, causam pouco dano e não possuem uma inteligência artificial mínima. Some-se a isso continues infinitos e temos um jogo sem desafio e monótono.
Existem algumas tentativas de tornar o jogo mais dinâmico. Quando ocorre uma seqüência de golpes e muitos inimigos são mortos, um modo em câmera lenta entra em ação, permitindo que o personagem, mais rápido do que seus adversários, cause mais dano enquanto algumas palavras como, Brutal, Kill Frenzy e similares aparecem na tela. Parece uma investida para tornar o jogo mais dramático e violento, mas no fim das contas isso não agrega muita emoção ou vantagens para o combate. Outra tentativa é que cada uma das formas são adquiridas gradativamente durante as missões, o que dá tempo para aprender os novos golpes e incrementar os tipos de ataques especiais, alcançados com o gasto de frutas encontradas no cenário ou compradas em lojas. É fácil passar desapercebido por elas e a aquisição é prejudicada pelo limite de moedas que a protagonista-fada tem: apenas 100. Entretanto, isso tudo é amenizado, já que nem sempre a mudança dos golpes especiais se mostra necessária.
Ataque, desvia, pula, corre, ataque, desvia, pula, corre, ataque, desv...
A jogabilidade, apesar de não ser muito familiar à primeira vista, é fácil de ser aprendida. A criatura que vira bola, chamada Major Ruin, será fácil de ser controlada para aqueles que já acostumados com Metroid Prime, mas não tão amigável para outros. A câmera pode ser controlada pelo manche direito, contribuindo bastante para a orientação espacial. Existe um modo em primeira pessoa que infelizmente não permite a movimentação simultânea a esta, o que é totalmente injustificável. Essa paralisia também se aplica aos golpes à distância da forma Chiila, uma criatura polar que pode atirar espadas de gelos.
Outro fator incômodo é o reaparecimento infinito dos inimigos na tela, que obriga o jogador a combatê-los novamente toda vez que passar por locais já explorados. O mesmo vale para os inúmeros caixotes que contém moedas ou vida; pena que, como foi dito, a heroína só consiga carregar 100 moedas por vez.
Quanto às missões, apesar de nada ser facilmente deduzível, o jogador sempre saberá quando vai ter que fazer algo diferente, seja pelas cutscenes explicatórias, seja pelas indicações de pontos no mapa. O livro animado que o jogador carrega, o chamado Ortho, fornece algumas dicas, e se mostrando imprescindível para a maioria das missões, apesar de seu caráter sábio misterioso demonstrado no final da maioria de suas frases, por exemplo, “não lhe direi mais nada, use tudo o que já aprendeu”.
Cores alegres
O gráfico, apesar de não poder ser considerado uma obra-prima diante das tecnologias atuais, oferece texturas boas e efeitos de luz e água excelentes. A estética geral é a de um cenário de fantasia infantil, com criaturas amigáveis e um cenário bastante colorido, alegre e vivo. Existem algumas falhas discretas no surgimento de novos elementos no horizonte, mas isso não chega a comprometer a qualidade geral.
Uma harpa ali, um piano aqui, um violino acolá...
A trilha sonora é bastante agradável, correspondendo muito bem ao que se espera de um jogo com elementos fantásticos. Repleta de melodias dispersas, ela contribui significativamente para ilustrar os momentos de mistério e expectativa em relação às ameaças geradas pela sua irmã ciumenta ou pela feiticeira enigmática. Os efeitos sonoros não chegam a chamar a atenção, não interferindo de maneira significativa na jogabilidade ou indicando caminhos e pistas a serem seguidas. A impressão final que fica é “eu já ouvi isso antes em algum lugar...”.
Talvez inadequado para maiores de 14 anos
Enfim, apesar de ser um típico jogo de lançamento de um novo consoles, Kameo certamente não agradará aqueles que já estão fartos de jogos de plataforma repetitivos, com puzzles simples e um enredo trivial. Para aqueles que nunca jogaram Mario World ou Sonic The Hedgehog, este título realmente pode trazer alguma diversão e iniciá-los no mundo dos games.
Kameo, a sortuda, e sua irmã, Kalus, um verdadeiro calo no pé
O enredo, apesar de ser singelo e banal, é apresentado de maneira bastante confusa ao jogador, fazendo com que até mesmo adultos não compreendam o que está acontecendo. Com uma duração de apenas alguns segundos, a única coisa que é possível se depreender é que irmãs ciumentas estão envolvidas de alguma maneira com uma batalha de elfos contra trolls. Na verdade, a história que pretendia ser passada era que o pai da protagonista passou poderes de metamorfose para uma de suas filhas e a outra, com ciúmes, liberou um líder troll que levaria hordas e hordas de inimigos contra os elfos. Sua irmã raptou toda sua família e agora resta à heroína salvá-la utilizando os poderes concedidos a ela.
Assim é o jogo, cheio de clichês e personagens caricatos, típicos de filmes e livros de fantasia destinados ao público infantil. Lá estará o livro animado com um velho barbudo falante na capa, uma feiticeira de conduta misteriosa, além de outros indivíduos não muito inovadores.
Onde estou? De onde vim? Quem eu sou?
Após a vaga cutscene inicial, a protagonista é atirada em um combate. Através de um tutorial os movimentos básicos e as manobras que podem ser feitas com as diversas formas que ela pode assumir são ensinados gradativamente conforme a necessidade. O interessante é que cada um deles serve para uma situação específica, exigindo assim transformações constantes. Inicialmente, por exemplo, a forma de planta boxeadora se faz necessária para combater alguns orcs, e, logo depois, algumas rampas exigem a forma tatu que vira bola para alcançar patamares mais altos. É possível então perceber que o jogo segue uma estrutura estritamente linear, já que os caminhos, apesar de nem sempre serem tão óbvios, só podem ser transcorridos de uma única maneira.
Esse tutorial dura bastante tempo. Diferentes ambientes e pequenos desafios (até mesmo um chefe) presentes nesta primeira etapa fazem o jogador pensar que se trata de um jogo bastante longo e complexo, o que não é verdade. Leva-se em torno de 12 horas para terminá-lo e, mesmo com a considerável quantidade de cenários e metamorfoses, não há muita variabilidade na mecânica e nos puzzles. A repetição de movimentos logo se torna cansativo: os inimigos não oferecem desafio, causam pouco dano e não possuem uma inteligência artificial mínima. Some-se a isso continues infinitos e temos um jogo sem desafio e monótono.
Existem algumas tentativas de tornar o jogo mais dinâmico. Quando ocorre uma seqüência de golpes e muitos inimigos são mortos, um modo em câmera lenta entra em ação, permitindo que o personagem, mais rápido do que seus adversários, cause mais dano enquanto algumas palavras como, Brutal, Kill Frenzy e similares aparecem na tela. Parece uma investida para tornar o jogo mais dramático e violento, mas no fim das contas isso não agrega muita emoção ou vantagens para o combate. Outra tentativa é que cada uma das formas são adquiridas gradativamente durante as missões, o que dá tempo para aprender os novos golpes e incrementar os tipos de ataques especiais, alcançados com o gasto de frutas encontradas no cenário ou compradas em lojas. É fácil passar desapercebido por elas e a aquisição é prejudicada pelo limite de moedas que a protagonista-fada tem: apenas 100. Entretanto, isso tudo é amenizado, já que nem sempre a mudança dos golpes especiais se mostra necessária.
Ataque, desvia, pula, corre, ataque, desvia, pula, corre, ataque, desv...
A jogabilidade, apesar de não ser muito familiar à primeira vista, é fácil de ser aprendida. A criatura que vira bola, chamada Major Ruin, será fácil de ser controlada para aqueles que já acostumados com Metroid Prime, mas não tão amigável para outros. A câmera pode ser controlada pelo manche direito, contribuindo bastante para a orientação espacial. Existe um modo em primeira pessoa que infelizmente não permite a movimentação simultânea a esta, o que é totalmente injustificável. Essa paralisia também se aplica aos golpes à distância da forma Chiila, uma criatura polar que pode atirar espadas de gelos.
Outro fator incômodo é o reaparecimento infinito dos inimigos na tela, que obriga o jogador a combatê-los novamente toda vez que passar por locais já explorados. O mesmo vale para os inúmeros caixotes que contém moedas ou vida; pena que, como foi dito, a heroína só consiga carregar 100 moedas por vez.
Quanto às missões, apesar de nada ser facilmente deduzível, o jogador sempre saberá quando vai ter que fazer algo diferente, seja pelas cutscenes explicatórias, seja pelas indicações de pontos no mapa. O livro animado que o jogador carrega, o chamado Ortho, fornece algumas dicas, e se mostrando imprescindível para a maioria das missões, apesar de seu caráter sábio misterioso demonstrado no final da maioria de suas frases, por exemplo, “não lhe direi mais nada, use tudo o que já aprendeu”.
Cores alegres
O gráfico, apesar de não poder ser considerado uma obra-prima diante das tecnologias atuais, oferece texturas boas e efeitos de luz e água excelentes. A estética geral é a de um cenário de fantasia infantil, com criaturas amigáveis e um cenário bastante colorido, alegre e vivo. Existem algumas falhas discretas no surgimento de novos elementos no horizonte, mas isso não chega a comprometer a qualidade geral.
Uma harpa ali, um piano aqui, um violino acolá...
A trilha sonora é bastante agradável, correspondendo muito bem ao que se espera de um jogo com elementos fantásticos. Repleta de melodias dispersas, ela contribui significativamente para ilustrar os momentos de mistério e expectativa em relação às ameaças geradas pela sua irmã ciumenta ou pela feiticeira enigmática. Os efeitos sonoros não chegam a chamar a atenção, não interferindo de maneira significativa na jogabilidade ou indicando caminhos e pistas a serem seguidas. A impressão final que fica é “eu já ouvi isso antes em algum lugar...”.
Talvez inadequado para maiores de 14 anos
Enfim, apesar de ser um típico jogo de lançamento de um novo consoles, Kameo certamente não agradará aqueles que já estão fartos de jogos de plataforma repetitivos, com puzzles simples e um enredo trivial. Para aqueles que nunca jogaram Mario World ou Sonic The Hedgehog, este título realmente pode trazer alguma diversão e iniciá-los no mundo dos games.
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