Gone Home é um jogo estilo point-and-click focado na exploração e na descoberta de mistérios. Ao retornar de uma longa viagem pela Europa, Kaitlin Greenbriar se dirige para a nova casa nas montanhas da sua família. Ao chegar, entretanto, ela encontra apenas uma casa vazia e um bilhete de sua única irmã (mais nova): “Desculpe não estar aqui para te receber, mas foi impossível. Por favor, não me procure.”
Entretanto, Gone Home não é um jogo pródigo apenas nas letras garrafais da sua proposta. Há também um enorme mérito nos detalhes aqui, pequenas informações que se juntam não para formar um épico, mas para pintar o drama humano em suas diversas facetas: o chefe de família desiludido com as perspectivas profissionais; a esposa e mãe que passa a questionar o casamento; a filha que viaja ao longe, deixando para trás uma irmã que encara uma tumultuada adolescência (exatamente como deve ser).
Parte substancial do envolvimento conseguido por Gone Home se dá por meio da extensa exploração dos cenários da cada da família Greenbriar. Não apenas porque há muito aposentos, gavetas e cantos escondidos para se explorar aqui... Mas porque, em cada canto, novos detalhes dão mais e mais cores.
Por um lado, há a oportunidade de se enredar totalmente pela trama familiar que movimenta tudo aqui. Por outro, inúmeros detalhes vão transportá-lo para o que havia de mais singular — de mais emblemático — nos anos 90. O título tem a possibilidade adicional de iniciar com todas as portas destrancadas, de maneira que é possível ordenar livremente os novos nacos de história que são liberados.