Turn 10 assusta a competição com um dos melhores games de corrida já feitos.
Desde que foi lançada no Xbox, a franquia Forza Motorsport vem sendo reconhecida como uma das principais do gênero, colocando fogo na competição contra a série Gran Turismo (da Polyphony Digital) por introduzir uma série de novidades, tais como a presença de dano e muita personalização.
No Xbox 360 o segundo jogo continuou a tendência, mas sofreu algumas críticas graças à falta de variedade e à estrutura rígida da campanha. Mas para este ano, a Turn 10 resolveu investir pesado, na tentativa de criar uma continuação maior, mais precisa, divertida e ambiciosa que a de qualquer outro jogo de corrida.
A partida inicial segue a tendência de outros jogos lançados este ano, colocando-o por trás de um carrão (o Audi R8). Esta primeira corrida serve de teste para as suas habilidades e também proporciona ajustes ao modelo de direção (passo crucial para os que querem tirar o máximo de proveito do game).
Depois deste pequeno passo, é hora de selecionar o seu futuro carro. A lista é variada, mas de potência modesta (ainda que suficiente para as primeiras disputas), incluindo nomes como o novo Fiesta, da Ford.
Do que nós gostamos
Campanha com ritmo
O primeiro ponto que chama a atenção do jogador no novo capítulo do simulador de corridas da Turn 10 é o sistema de progressão para o modo de carreira, agora dividido em temporadas e disputado por datas.
Ao contrário de Forza Motorsport 2 (que praticamente determinava os carros necessários para as competições), o terceiro game flui de forma muito mais natural, adequando os veículos que já estão em sua posse às novas competições. O jogador também escolhe dentre três possibilidades para completar o calendário a cada vez.
Recompensa pelo esforço
Entram em cena então os pontos de experiência e níveis, divididos em pontos para o carro e para o piloto. O primeiro angaria muitos descontos nas lojas, de acordo com a marca ou modelo de carro utilizado. Já o segundo recompensa o jogador da melhor forma possível, que é dando carros em troca da experiência.
É praticamente como se o jogo quisesse que você experimentasse novas máquinas, brincando com equipamentos e se divertindo com novas trações.
Assistindo este sistema, temos os novos menus: claros, nítidos, simples e belíssimos, eles conseguem mostrar todos os detalhes para o jogador, sem perdas de tempo. Isto corrobora com o elevado nível de apresentação, mantido constante através de todo o jogo.
Na medida certa
Assim como em outros jogos de corrida, os assistentes marcam presença forte na franquia exclusiva para o Xbox 360, deixando o simulador acessível para qualquer público, do mais casual ao mais agressivo e apaixonado.
Os destaques da categoria são a linha guia (que possui inclusive versão parcial, ativada apenas para pontos de frenagem) e os freios automáticos. Com estes ativados, os novatos só precisarão se preocupar em manter o carro na pista com o dedo fincado no gatilho do acelerador.
Mesmo com a presença de todos estes assistentes, cabe notar que a Turn 10 incentiva os jogadores a dominarem os carros e a aprenderem os comandos dos carros em suas formas “brutas”. Isso é visível com a pontuação extra, dada a cada auxílio desativado.
Voltando a fita
Mas o maior incentivo para os principiantes é o sistema de Rewind (rebobinar). Com ele é possível voltar todas as etapas da corrida, sem penas ou multas. Ou seja, se você quebrar o câmbio errando na troca, passar reto na curva, bater com violência no oponente ou dar um salto pelos ares capotando... É só pressionar um botão e tentar de novo.
E um recado aos que se sentem ultrajados por tal recurso: não se preocupem com ele, pois o botão pode ser ignorado pelos puritanos, que serão recompensados com Leaderboards exclusivos e tempos marcados no portal online.
Construindo e tunando sua máquina
Depois de comprar (ou de ganhar) um veículo, você pode alterá-lo de praticamente todas as formas possíveis. Estamos falando de mudanças nos componentes (melhorias em motores, suspensão, freios e outras partes), além da troca de partes externas, como aros.
É provável que tudo fique perfeito nas pistas (afinal a jogabilidade é realmente firme), mas aqueles que anseiam por ainda mais performance podem apelar para os ajustes finos, a exemplo das taxas de câmbio, pressão nos pneus e ajustes de diferenciais.
Não é preciso nem pensar duas vezes para afirmar com convicção que este é um dos jogos com maior quantidade de opções de personalização já vistos no mercado de jogos. E como veremos mais abaixo, nem mesmo a lataria escapa da onda!
Testes à sua disposição
Depois de todos os incrementos, não é necessário arriscar entrar de cara em um evento para descobrir se o seu carro está competitivo ou não. Para isso existem as ferramentas de testes, algumas instantâneas (responsáveis por fornecer ao jogador dados estatísticos como velocidade máxima) e outras em forma de pistas.
De qualquer forma, temos que realçar que raras serão as vezes em que você terá que recorrer a tais ajustes, uma vez que a jogabilidade de Forza 3 é uma das mais precisas e “controláveis” que já experimentamos. Tudo parece certo, tudo se encaixa, até mesmo nas curvas mais fechadas, o que realça a experiência do simulador e diverte a todos.
Ajustes por conta da casa
Mas para aqueles que não têm nem familiaridade com os interiores dos possantes e nem paciência para lidar com tantas alterações, novamente uma boa surpresa: está presente um sistema de otimizações automatizado para todos os eventos.
Isto é, se você possui um carro e ele não está adequado à corrida, o jogo o avisará, mostrará os custos das mudanças e fará o melhor possível pelo seu carro, de modo que ele se torne competitivo. Esta ferramenta poupa tempo, adiciona dinamismo às partidas e deixa o jogador livre para fazer o que há de melhor no título, que é correr pelas pistas.
Acabamento personalizado
Se há um game que podemos dizer ter um “Photoshop” dentro de sua interface, este jogo é Forza 3. As edições de pinturas marcam a volta na continuação da franquia, permitindo que os usuários criem obras mais loucas e completas do que nunca.
Podem ser justapostas cerca de 1000 camadas de tinta, criadas através da aplicação de objetos pré-definidos, cores mescladas, transparências e muito mais. A liberdade não é máxima, mas quem tem criatividade vai longe, podendo recriar personagens ou até mesmo obras de arte na lataria.
Vendido!
Depois de gastar tanto tempo com a criação dos padrões, nada mais natural do que você desfrutar de boas recompensas. É justamente por este motivo que agora é possível vender as pinturas através da Auction House, de forma individual ou em pacotes, garantindo muitos lucros se o trabalho realizado for de boa qualidade.
Se o usuário preferir, é permitido vender o pacote completo. Nos referimos ao carro, pronto, equipado e já pintado. Já para quem busca pelas pinturas, está presente um sistema de filtragem robusto, com busca por preços, data, palavra-chave e outros detalhes. Qual será o grande lance do dia?
Online brutal
Se você já estiver extasiado com o modo de campanha do game, prepare-se para uma enorme injeção de adrenalina, pois o modo online leva tudo ao extremo! As conexões funcionaram de modo perfeito, sem grande lag ou problemas.
A criação de partidas é completamente aberta, significando que o usuário seleciona as regras, pistas, voltas e muitos outros fatores. Cada corrida é única. As colisões são ainda mais duras, pois a maioria dos corredores tende a utilizar o seu carro como método de freio, o que adiciona mais tensão às partidas.
Vale lembrar também que estão presentes todos os tipos possíveis de rankings para as partidas, com os melhores corredores tendo seus nomes expostos ao mundo todo. Ponto para a desenvolvedora e para a Microsoft, pela belíssima infraestrutura estabelecida.
... E muito conteúdo!
As temporadas do modo de carreira vão tomando proporções cada vez maiores (em termos de números de eventos), prendendo o jogador em frente à televisão por muito tempo, graças à presença de cerca de 400 veículos (sem repetições ou pequenas variações de modelos) e muitas pistas.
Algumas são apenas variações de traçados, mas em geral os números são mais que satisfatórios.
Reprovados
O que espantou o BJ... No mau sentido
Enganação em dobro
Antes do lançamento do game, o administrador da comunidade online chegou a fazer uma postagem especial no portal da desenvolvedora, falando que a Turn 10 não publicava os famosos “Bullshots” (imagens com retoques e outros efeitos). Mas no fim das contas, o que os jogadores receberam?
Em uma resposta curta e grossa: enganação pura. Em Forza 3 existem vários modelos para cada carro, um aplicado para cada hora e local. Nos menus existe um carro de alta definição (o modelo que você vê para compra), antes das corridas um intermediário e durante as corridas outro, com a contagem poligonal ainda mais baixa e bem similar aos do jogo anterior.
Se você não acredita, faça um teste: compre o Cooper Mini e verifique as lanternas dianteiras nos menus e durante a corrida. Nesta última ocasião é possível ver os polígonos que formam a borda metálica dos faróis...
Dois discos, uma instalação...
Se você possui um Xbox 360 da versão Arcade é melhor ir procurando um disco rígido para comprar, pois Forza 3 — apesar de não exigir a instalação — traz muito conteúdo em seu segundo DVD, o qual deve ser instalado no disco rígido, consumindo um total de 1,9 GB. Se você não puder instalar não experimentará tudo o que o simulador tem a oferecer.
Carro burro!
Para a maior parte das vezes, a inteligência artificial no jogo se comporta esperada, isto é, acelerando em busca da vitória e evitando as colisões sempre que possível, exatamente como um piloto de verdade faria. Entretanto, parece que a famosa “linha de direção” ainda prevalece para os companheiros virtuais.
Não raras são as vezes em que os adversários atingem seu carro parado, sem fazer o mínimo de força para desviar. Se você mantiver o dedo no freio é possível até mesmo prendê-los em suas posições. Por fim, alguns deles passam reto em algumas curvas. Não se trata de um erro de frenagem, mas sim da completa ausência dela.
Danos pré-computados
O sistema de danos de Forza 3 faz muitas coisas de modo correto (a exemplo da quebra do sistema de transmissão com passadas errôneas de marchas), mas com jogos como DiRT 2 já no mercado, esperávamos mais do título da Turn 10.
A principal crítica é direcionada ao sistema de aplicação de danos, que é invariavelmente pré-computado, isto é, ao entrar em uma colisão a parte do carro é automaticamente substituída por outro modelo já amassado, independentemente do ângulo de entrada ou até mesmo da velocidade da batida.
O principal problema disso é que a quebra das peças torna-se extremamente limitada, bem como o aspecto visual, que conta com algumas quebras na lataria e riscos de baixa resolução que cobrem a tinta. Outro exemplo de erro na aplicação da colisão pode ser observado nas lanternas dianteiras: ao bater apenas um dos lados levemente pode ser que os dois se quebrem.
Outro fator irritante é a detecção da colisão em si: muitas vezes os carros nem se tocarão, mas o jogo computará a batida. Para entender melhor esta situação, assista ao vídeo abaixo, no qual uma batida acontece sem que dois carros se toquem.
Fotografias com potencial limitado
A franquia sempre deu espaço para que os fãs da velocidade pudessem criar suas próprias fotografias através do Photo Mode. No terceiro jogo ele está de volta, contando com muitos recursos de ajustes para a saturação, exposição, foco, brilho... Mas então qual o problema com o Photo Mode de Forza 3?
A resposta se resume na falta de uma opção para salvar a imagem diretamente no disco rígido. Para visualizá-las, o usuário deve exportá-las ao portal online de Forza, para somente então baixá-las em outras máquinas.
Este até nem seria um problema, mas o que ocorre é que o limite dos arquivos (por ora) é de 150 KB, fato que acarreta na presença de compressão e artefatos no produto final. Resumindo, a qualidade fica abaixo da esperada, quebrando a motivação de alguns.
Falta de atenção aos detalhes
Enquanto outros jogos como Need for Speed SHIFT fazem bonito com a visão interna do carro, Forza ainda tem muito a evoluir no quesito. Em primeiro lugar, tudo é chapado na visão interior, com serrilhas presentes e texturas pobres cobrindo os painéis.
A animação das mãos se resume a virar o volante. Isso significa que por mais que você selecione a troca manual de marchas, o carro continuará em modo automático, mudando as marchas sem a necessidade de o piloto acionar nada.
Mas o que mais incomoda é a posição padrão da câmera, que não deixa o retrovisor visível. É necessário virar a câmera levemente para a direita (ou esquerda, de acordo com a nacionalidade do veículo), o que atrapalha durante trechos sinuosos das pistas e quebra o propósito do retrovisor.
Vale a pena?
Volte às críticas desta análise e repare no padrão: todas elas são voltadas a detalhes observados por um aficionado em jogos de corrida ou aos gráficos, que realmente poderiam ser melhores (principalmente a iluminação). Em nenhum momento nos referimos ao sistema de direção ou a falhas grotescas.
Isto significa que Forza Motorsport 3 é um simulador excelente em praticamente tudo o que faz, do modelo de direção (preciso, responsivo e desafiador) à estrutura do modo de carreira, que tem um passo constante e sempre interessante, graças à presença de ferramentas como a de ajuste automático do veículo.
Mais impressionante ainda é perceber a qualidade da infraestrutura para os modos online e para a participação da comunidade, contando com pregões, servidores, Leaderboards e diversão praticamente sem fim aos que curtem personalizar os veículos.
O resultado é um dos melhores jogos de corrida da atualidade, capaz de superar seu predecessor em todos os sentidos. Quem é fã da velocidade não pode deixar de conferir.
No Xbox 360 o segundo jogo continuou a tendência, mas sofreu algumas críticas graças à falta de variedade e à estrutura rígida da campanha. Mas para este ano, a Turn 10 resolveu investir pesado, na tentativa de criar uma continuação maior, mais precisa, divertida e ambiciosa que a de qualquer outro jogo de corrida.
Depois deste pequeno passo, é hora de selecionar o seu futuro carro. A lista é variada, mas de potência modesta (ainda que suficiente para as primeiras disputas), incluindo nomes como o novo Fiesta, da Ford.
Aprovado
Do que nós gostamos
Campanha com ritmo
O primeiro ponto que chama a atenção do jogador no novo capítulo do simulador de corridas da Turn 10 é o sistema de progressão para o modo de carreira, agora dividido em temporadas e disputado por datas.
Ao contrário de Forza Motorsport 2 (que praticamente determinava os carros necessários para as competições), o terceiro game flui de forma muito mais natural, adequando os veículos que já estão em sua posse às novas competições. O jogador também escolhe dentre três possibilidades para completar o calendário a cada vez.
Recompensa pelo esforço
Entram em cena então os pontos de experiência e níveis, divididos em pontos para o carro e para o piloto. O primeiro angaria muitos descontos nas lojas, de acordo com a marca ou modelo de carro utilizado. Já o segundo recompensa o jogador da melhor forma possível, que é dando carros em troca da experiência.
É praticamente como se o jogo quisesse que você experimentasse novas máquinas, brincando com equipamentos e se divertindo com novas trações.
Assistindo este sistema, temos os novos menus: claros, nítidos, simples e belíssimos, eles conseguem mostrar todos os detalhes para o jogador, sem perdas de tempo. Isto corrobora com o elevado nível de apresentação, mantido constante através de todo o jogo.
Na medida certa
Assim como em outros jogos de corrida, os assistentes marcam presença forte na franquia exclusiva para o Xbox 360, deixando o simulador acessível para qualquer público, do mais casual ao mais agressivo e apaixonado.
Os destaques da categoria são a linha guia (que possui inclusive versão parcial, ativada apenas para pontos de frenagem) e os freios automáticos. Com estes ativados, os novatos só precisarão se preocupar em manter o carro na pista com o dedo fincado no gatilho do acelerador.
Mesmo com a presença de todos estes assistentes, cabe notar que a Turn 10 incentiva os jogadores a dominarem os carros e a aprenderem os comandos dos carros em suas formas “brutas”. Isso é visível com a pontuação extra, dada a cada auxílio desativado.
Voltando a fita
Mas o maior incentivo para os principiantes é o sistema de Rewind (rebobinar). Com ele é possível voltar todas as etapas da corrida, sem penas ou multas. Ou seja, se você quebrar o câmbio errando na troca, passar reto na curva, bater com violência no oponente ou dar um salto pelos ares capotando... É só pressionar um botão e tentar de novo.
E um recado aos que se sentem ultrajados por tal recurso: não se preocupem com ele, pois o botão pode ser ignorado pelos puritanos, que serão recompensados com Leaderboards exclusivos e tempos marcados no portal online.
Construindo e tunando sua máquina
Depois de comprar (ou de ganhar) um veículo, você pode alterá-lo de praticamente todas as formas possíveis. Estamos falando de mudanças nos componentes (melhorias em motores, suspensão, freios e outras partes), além da troca de partes externas, como aros.
É provável que tudo fique perfeito nas pistas (afinal a jogabilidade é realmente firme), mas aqueles que anseiam por ainda mais performance podem apelar para os ajustes finos, a exemplo das taxas de câmbio, pressão nos pneus e ajustes de diferenciais.
Não é preciso nem pensar duas vezes para afirmar com convicção que este é um dos jogos com maior quantidade de opções de personalização já vistos no mercado de jogos. E como veremos mais abaixo, nem mesmo a lataria escapa da onda!
Testes à sua disposição
Depois de todos os incrementos, não é necessário arriscar entrar de cara em um evento para descobrir se o seu carro está competitivo ou não. Para isso existem as ferramentas de testes, algumas instantâneas (responsáveis por fornecer ao jogador dados estatísticos como velocidade máxima) e outras em forma de pistas.
De qualquer forma, temos que realçar que raras serão as vezes em que você terá que recorrer a tais ajustes, uma vez que a jogabilidade de Forza 3 é uma das mais precisas e “controláveis” que já experimentamos. Tudo parece certo, tudo se encaixa, até mesmo nas curvas mais fechadas, o que realça a experiência do simulador e diverte a todos.
Ajustes por conta da casa
Mas para aqueles que não têm nem familiaridade com os interiores dos possantes e nem paciência para lidar com tantas alterações, novamente uma boa surpresa: está presente um sistema de otimizações automatizado para todos os eventos.
Isto é, se você possui um carro e ele não está adequado à corrida, o jogo o avisará, mostrará os custos das mudanças e fará o melhor possível pelo seu carro, de modo que ele se torne competitivo. Esta ferramenta poupa tempo, adiciona dinamismo às partidas e deixa o jogador livre para fazer o que há de melhor no título, que é correr pelas pistas.
Acabamento personalizado
Se há um game que podemos dizer ter um “Photoshop” dentro de sua interface, este jogo é Forza 3. As edições de pinturas marcam a volta na continuação da franquia, permitindo que os usuários criem obras mais loucas e completas do que nunca.
Podem ser justapostas cerca de 1000 camadas de tinta, criadas através da aplicação de objetos pré-definidos, cores mescladas, transparências e muito mais. A liberdade não é máxima, mas quem tem criatividade vai longe, podendo recriar personagens ou até mesmo obras de arte na lataria.
Vendido!
Depois de gastar tanto tempo com a criação dos padrões, nada mais natural do que você desfrutar de boas recompensas. É justamente por este motivo que agora é possível vender as pinturas através da Auction House, de forma individual ou em pacotes, garantindo muitos lucros se o trabalho realizado for de boa qualidade.
Se o usuário preferir, é permitido vender o pacote completo. Nos referimos ao carro, pronto, equipado e já pintado. Já para quem busca pelas pinturas, está presente um sistema de filtragem robusto, com busca por preços, data, palavra-chave e outros detalhes. Qual será o grande lance do dia?
Online brutal
Se você já estiver extasiado com o modo de campanha do game, prepare-se para uma enorme injeção de adrenalina, pois o modo online leva tudo ao extremo! As conexões funcionaram de modo perfeito, sem grande lag ou problemas.
A criação de partidas é completamente aberta, significando que o usuário seleciona as regras, pistas, voltas e muitos outros fatores. Cada corrida é única. As colisões são ainda mais duras, pois a maioria dos corredores tende a utilizar o seu carro como método de freio, o que adiciona mais tensão às partidas.
Vale lembrar também que estão presentes todos os tipos possíveis de rankings para as partidas, com os melhores corredores tendo seus nomes expostos ao mundo todo. Ponto para a desenvolvedora e para a Microsoft, pela belíssima infraestrutura estabelecida.
... E muito conteúdo!
As temporadas do modo de carreira vão tomando proporções cada vez maiores (em termos de números de eventos), prendendo o jogador em frente à televisão por muito tempo, graças à presença de cerca de 400 veículos (sem repetições ou pequenas variações de modelos) e muitas pistas.
Algumas são apenas variações de traçados, mas em geral os números são mais que satisfatórios.
Reprovados
O que espantou o BJ... No mau sentido
Enganação em dobro
Antes do lançamento do game, o administrador da comunidade online chegou a fazer uma postagem especial no portal da desenvolvedora, falando que a Turn 10 não publicava os famosos “Bullshots” (imagens com retoques e outros efeitos). Mas no fim das contas, o que os jogadores receberam?
Em uma resposta curta e grossa: enganação pura. Em Forza 3 existem vários modelos para cada carro, um aplicado para cada hora e local. Nos menus existe um carro de alta definição (o modelo que você vê para compra), antes das corridas um intermediário e durante as corridas outro, com a contagem poligonal ainda mais baixa e bem similar aos do jogo anterior.
Se você não acredita, faça um teste: compre o Cooper Mini e verifique as lanternas dianteiras nos menus e durante a corrida. Nesta última ocasião é possível ver os polígonos que formam a borda metálica dos faróis...
Dois discos, uma instalação...
Se você possui um Xbox 360 da versão Arcade é melhor ir procurando um disco rígido para comprar, pois Forza 3 — apesar de não exigir a instalação — traz muito conteúdo em seu segundo DVD, o qual deve ser instalado no disco rígido, consumindo um total de 1,9 GB. Se você não puder instalar não experimentará tudo o que o simulador tem a oferecer.
Carro burro!
Para a maior parte das vezes, a inteligência artificial no jogo se comporta esperada, isto é, acelerando em busca da vitória e evitando as colisões sempre que possível, exatamente como um piloto de verdade faria. Entretanto, parece que a famosa “linha de direção” ainda prevalece para os companheiros virtuais.
Não raras são as vezes em que os adversários atingem seu carro parado, sem fazer o mínimo de força para desviar. Se você mantiver o dedo no freio é possível até mesmo prendê-los em suas posições. Por fim, alguns deles passam reto em algumas curvas. Não se trata de um erro de frenagem, mas sim da completa ausência dela.
Danos pré-computados
O sistema de danos de Forza 3 faz muitas coisas de modo correto (a exemplo da quebra do sistema de transmissão com passadas errôneas de marchas), mas com jogos como DiRT 2 já no mercado, esperávamos mais do título da Turn 10.
A principal crítica é direcionada ao sistema de aplicação de danos, que é invariavelmente pré-computado, isto é, ao entrar em uma colisão a parte do carro é automaticamente substituída por outro modelo já amassado, independentemente do ângulo de entrada ou até mesmo da velocidade da batida.
O principal problema disso é que a quebra das peças torna-se extremamente limitada, bem como o aspecto visual, que conta com algumas quebras na lataria e riscos de baixa resolução que cobrem a tinta. Outro exemplo de erro na aplicação da colisão pode ser observado nas lanternas dianteiras: ao bater apenas um dos lados levemente pode ser que os dois se quebrem.
Outro fator irritante é a detecção da colisão em si: muitas vezes os carros nem se tocarão, mas o jogo computará a batida. Para entender melhor esta situação, assista ao vídeo abaixo, no qual uma batida acontece sem que dois carros se toquem.
A franquia sempre deu espaço para que os fãs da velocidade pudessem criar suas próprias fotografias através do Photo Mode. No terceiro jogo ele está de volta, contando com muitos recursos de ajustes para a saturação, exposição, foco, brilho... Mas então qual o problema com o Photo Mode de Forza 3?
A resposta se resume na falta de uma opção para salvar a imagem diretamente no disco rígido. Para visualizá-las, o usuário deve exportá-las ao portal online de Forza, para somente então baixá-las em outras máquinas.
Este até nem seria um problema, mas o que ocorre é que o limite dos arquivos (por ora) é de 150 KB, fato que acarreta na presença de compressão e artefatos no produto final. Resumindo, a qualidade fica abaixo da esperada, quebrando a motivação de alguns.
Falta de atenção aos detalhes
Enquanto outros jogos como Need for Speed SHIFT fazem bonito com a visão interna do carro, Forza ainda tem muito a evoluir no quesito. Em primeiro lugar, tudo é chapado na visão interior, com serrilhas presentes e texturas pobres cobrindo os painéis.
A animação das mãos se resume a virar o volante. Isso significa que por mais que você selecione a troca manual de marchas, o carro continuará em modo automático, mudando as marchas sem a necessidade de o piloto acionar nada.
Mas o que mais incomoda é a posição padrão da câmera, que não deixa o retrovisor visível. É necessário virar a câmera levemente para a direita (ou esquerda, de acordo com a nacionalidade do veículo), o que atrapalha durante trechos sinuosos das pistas e quebra o propósito do retrovisor.
Avaliação Final
Vale a pena?
Volte às críticas desta análise e repare no padrão: todas elas são voltadas a detalhes observados por um aficionado em jogos de corrida ou aos gráficos, que realmente poderiam ser melhores (principalmente a iluminação). Em nenhum momento nos referimos ao sistema de direção ou a falhas grotescas.
Isto significa que Forza Motorsport 3 é um simulador excelente em praticamente tudo o que faz, do modelo de direção (preciso, responsivo e desafiador) à estrutura do modo de carreira, que tem um passo constante e sempre interessante, graças à presença de ferramentas como a de ajuste automático do veículo.
Mais impressionante ainda é perceber a qualidade da infraestrutura para os modos online e para a participação da comunidade, contando com pregões, servidores, Leaderboards e diversão praticamente sem fim aos que curtem personalizar os veículos.
O resultado é um dos melhores jogos de corrida da atualidade, capaz de superar seu predecessor em todos os sentidos. Quem é fã da velocidade não pode deixar de conferir.
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