Imagem de Fobia - St. Dinfna Hotel
Imagem de Fobia - St. Dinfna Hotel

Fobia - St. Dinfna Hotel

Nota do Voxel
85

Fobia - St. Dinfna Hotel é o lindo encontro de Resident Evil e Silent Hill

Para os amantes de jogos de terror, franquias como Resident Evil e Silent Hill certamente devem evocar memórias de várias horas de gameplay investigando ambientes, resolvendo puzzles e enfrentando diversos inimigos violentos e grotescos.

Então, vocês já imaginaram como seria um jogo que combinasse diversos elementos desses clássicos games de survival horror? Bem, a desenvolvedora indie brasileira Pulsatrix Studios com certeza encontrou uma forma de criar essa união em FOBIA – St. Dinfna Hotel, um título de terror psicológico com muita exploração e quebra-cabeças a serem resolvidos.

Mas será que este título de horror nacional realmente faz jus a suas inspirações? Confira nossa análise para descobrir!

Faça o check-in quando quiser, mas nunca irá sair

A trama de FOBIA se passa em uma pequena cidade em Santa Catarina chamada Treze Trilhas, um local assolado por diversos desaparecimentos e eventos misteriosos que levam Roberto Leite Lopes, um jornalista recém-formado, a viajar até a área em busca de um grande furo para alavancar sua carreira.

Fonte:  Stella/Voxel 

Porém, depois de uma semana hospedado no Hotel Santa Dinfna, as investigações do rapaz não estão rendendo frutos, e todos os boatos envolvendo um famoso investigador desaparecido nos anos 60, um culto ligado a um profeta chamado Christopher e visões de uma aparição no hotel conhecida como Menina do Gás não dão em nada, a ponto de Roberto decidir que a melhor coisa é voltar para casa no dia seguinte.

Resignado com o que considera ter sido uma perda de tempo, ele decide tomar um banho antes de ir deitar, apenas para dar de cara com um estranho buraco se formando em seu banheiro, algo bem no estilo Silent Hill 4: The Room.

Fonte:  Stella/Voxel 

Após o estranho evento, o jornalista recobra a consciência no quarto, o encontrando totalmente revirado e com uma estranha nota explicando que precisa utilizar uma lente especial em sua câmera para se conectar com diferentes realidades.

Quando consegue sair do quarto, Roberto finalmente tem um vislumbre da famosa Menina do Gás, além de descobrir que Santa Dinfna está completamente destruído, com detritos caídos pelos corredores, pequenos incêndios, elevadores com mal funcionamento e o pior, estranhas criaturas espalhadas por todos os cantos e prontas para acabar com sua vida em um piscar de olhos.

Fonte:  Stella/Voxel 

A partir daí, o jovem precisa encontrar uma forma de sair do hotel em segurança, enfrentando inimigos brutais, resolvendo puzzles e juntando pistas e informações para desvendar o mistério sobre o estranho culto de Treze Trilhas e seu papel na tragédia que recaiu sobre ele, tudo isso enquanto foge de um monstro humanoide extremamente poderoso que relembra a forma transformada do cientista William Burkin de Resident Evil 2.

Fonte:  Stella/Voxel 

Sem entrar em spoilers, o enredo de FOBIA é realmente interessante, sendo apresentado aos poucos entre presente e passado, revelando a teia do enigma sobrenatural que assola a pequena cidade em Santa Catarina através de cenários lindos e assustadores, além de muitos momentos de pura tensão.

O nível de exploração é realmente intenso, com diversos repletos de cofres, armários e gavetas a serem abertos para conseguir munição, curativos e outros itens importantes para a história.

Fonte:  Stella/Voxel 

Além disso, ao contrário de Resident Evil 3 Remake que decepcionou muitos fãs pela falta the backtracking, o que não falta aqui são áreas a serem revisitadas, então, quem gosta de conferir todos os cantinhos do mapa vai se divertir muito nesse game.

Quando Resident Evil encontra Silent Hill

FOBIA apresenta diversas mecânicas semelhantes à RE, como a barra de vida, sistema de combinação de itens, ferramentas necessárias para acessar certas áreas, baús para guardar recursos que não são utilizados o tempo todo e um inventário que pode ser ampliado ao encontrar bolsas ao longo do gameplay.

Fonte:  Stella/Voxel 

Assim como em Resident Evil e Silent Hill, o que não falta no jogo são puzzles a serem desvendados, sendo que alguns só podem ser resolvidos com a lente especial acoplada na câmera de Roberto, que também é utilizada para revelar entradas ocultas para alguns ambientes e segredos impossíveis de ver ao olho nu.

Fonte:  Stella/Voxel 

O legal é que o título dá várias dicas de quando essa mecânica deve ser utilizada, como marcas de mão, mensagens escritas nas paredes e até oscilações nas salas para mostrar que está na hora de enxergar o mundo com outra perspectiva.

Fonte:  Stella/Voxel 

Além disso, protagonista vai encontrando diversas armas diferentes pelo caminho para facilitar seu embate contra as criaturas letais, como uma escopeta e uma sub metralhadora, que assim como a câmera, podem ter características aprimoradas em um menu conforme o jogador vai coletando itens de melhorias.

Fonte:  Stella/Voxel 

Até um hotel cinco estrelas tem suas reclamações

Este jogo de terror psicológico acerta em vários aspectos, mas não deixa de ter seus pequenos deslizes. Um dos principais pontos que incomodam é que o protagonista não carrega um mapa consigo, sendo preciso encontrar os que estão espalhados pelo cenário para visualizar a disposição das salas e andares.

Fonte:  Stella/Voxel 

Isso atrapalha um pouco o gameplay, afinal, para conseguir os itens necessários para avançar pela história muitas vezes é necessário atravessar diversos ambientes em andares diferentes, e o mapa ajudaria bastante a não se perder nesses momentos.

Ademais, os inimigos podem ser um pouco “esponja de balas”, levando a gastar muita munição em algumas partes para dar cabo deles. Contudo, esse detalhe é facilmente superado adquirindo as melhorias e deixando as armas mais potentes.

Fonte:  Stella/Voxel 

Já o nível de exploração pode ser a famosa faca de dois gumes: para quem adora investigar tudo, com certeza é extremamente divertido; mas aqueles que preferem uma jogatina mais direta provavelmente vão ter alguns probleminhas com a quantidade de salas e móveis a serem vasculhados.

Mas e aí, vale a pena?

Se você é fã dos primeiros games da franquia Resident Evil e ama resolver puzzles, com certeza vai se deliciar com tudo que FOBIA – St. Dinfna Hotel tem para oferecer.

Seus pontos negativos não são graves o bastante para atrapalhar essa jornada aterrorizante, que conta com uma trama bem elaborada, belos gráficos e muitos desafios a serem superados. Além disso, o gameplay é relativamente curto, ótima para quem está procurando algo que pode ser zerado em um fim de semana.

Fonte:  Stella/Voxel 

Outro detalhe muito importante é que mesmo com uma equipe pequena, o Pulsatrix Studios conseguiu criar um mundo extremamente interessante, e ainda com uma dublagem de ótima qualidade.

Então, com certeza vale a pena dar uma chance para essa aventura misteriosa, e prestigiar o incrível trabalho e nível de dedicação que esses desenvolvedores nacionais trouxeram para o universo do survival horror.

FOBIA – St. Dinfna Hotel foi gentilmente cedido pela Maximum Games para a realização desta análise.

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Pontos Positivos
  • História interessante
  • Cenários bem feitos
  • Muita exploração
  • Semelhanças com Silent Hill e Resident Evil
Pontos Negativos
  • Falta de mapa
  • Inimigos “esponja de balas”