Um jogo indicado para todos aqueles que procuram ação e história espetaculares.
Foi a Interplay quem deu início a tudo. Os primeiros Fallout conseguiram cativar alguns gamers com histórias realistas envolvendo explosões nucleares, radiação e a devastação dos Estados Unidos da América. Depois de um longo tempo (mais precisamente 10 anos), os fãs tiveram a oportunidade de conferir o retorno da franquia e todo o esplendor de Fallout 3.
Quando a empresa Black Isle foi fechada, a Interplay foi obrigada a largar a produção do terceiro game em 2003. Mas a Bethesda assumiu com vigor o desenvolvimento do título desde 2004 e decidiu utilizar a mesma tecnologia básica de The Elder Scrolls IV: Oblivion para tentar aumentar a emoção transmitida pelas desventuras de um sobrevivente à guerra nuclear.
Deu tão certo que a maior parte dos críticos está glorificando a chegada do RPG, afirmando que este é um dos melhores games dos últimos tempos. Apesar de ser um jogo relativamente restrito (classificação etária: maior de 18 anos), não há como deixar de se impressionar com a qualidade do conjunto composto por RPG, FPS, ação em terceira pessoa e muita, mas muita ação.
A Terra em ruínas
A humanidade finalmente optou por transformar o planeta Terra em um campo de batalhas nucleares. 2077 foi o ano da ruína, mas Fallout 3 se passa 200 anos depois dessa desgraça (30 anos depois de Fallout 2). O cenário principal do game não poderia ser nada mais nada menos que Capitol Wasteland e os arredores da arruinada Washington D.C.
Bem, demora um pouco para que o jogador tenha a chance de contemplar esse cenário decrépito. Ainda assim, vale a pena comentar desde já sobre a qualidade espantosa que Fallout 3 mostrou em sua ambientação. É claro que nem tudo é maravilhoso, mas, se fizermos um panorama geral da terra, é praticamente possível sentir a poeira que paira sobre o mundo que conhecemos.
Com todo o caos ocorrido, a humanidade teve que rapidamente tomar providências. É claro que nem todos foram salvos com os abrigos à prova de radiação. As chamadas Vaults são as instalações criadas pelos estadunidenses para o salvamento dos humanos escolhidos. Sim, tal atrocidade ocorreu: apenas cidadãos que tinham boa saúde e a mínima propensão para doenças foram para as Vaults.
E então, na Vault 101, começa a história do jogador. Inicialmente, há cenas exibindo o nascimento do personagem controlado pelo gamer. Curiosamente, é possível presenciar os primeiros momentos de vida do protagonista principal e controlá-lo por um breve tempo. Depois de ser bem-sucedido como um bebê (abrir a portinhola do pequeno cercado e caminhar até o pai), novas etapas da vida são exibidas.
Uma saga emocionante
O jogador determina as especificações físicas de seu personagem logo que presencia o nascimento do protagonista. Da mesma forma que Oblivion, Fallout 3 possui uma grande quantidade de variações faciais, possibilitando a criação de um ser humano único e curioso, dependendo das características escolhidas (obviamente, o S.P.E.C.I.A.L. — sete características principais — não poderia ficar de fora). Nome, gênero e aparência física adulta são itens determinados logo de início.
Bem, para não estragar a surpresa, basta dizer que é possível presenciar uma festa de aniversário "excitante" durante a fase criança e arrumar encrencas durante a juventude. Tradicionalmente, a tomada de decisões, desde o princípio do jogo, é fundamental para determinar se o personagem será rebelde, pacífico ou neutro. A grande quantidade de características do personagem somente comprova a qualidade de Fallout 3.
Em meio a tudo isso, o gamer deve escolher as afinidades do jovem ser humano. É complicado definir as habilidades principais assim de início, pois nunca se sabe se Speech (diálogo) será tão útil quanto Big Guns (uso de grandes armas, como lança-mísseis). Tudo depende apenas do que o jogador decidir utilizar futuramente.
Um fato marcante leva o gamer a superar todos os obstáculos e deixar a Vault 101 para encarar o mundo exterior (como a prisão e os esgotos em Oblivion). Após ter determinado definitivamente as características do personagem, o aventureiro deve encarar Wasteland e toda a desolação que toma conta da terra.
Decidir é tudo
Levando em consideração que Fallout 3 é um RPG em mundo aberto, as possibilidades são inúmeras. A comparação com Oblivion é inevitável, devido à enorme gama de semelhanças na estrutura de missões, personagens, itens e jogabilidade. Ainda assim, Fallout 3 consegue envolver o jogador e o contexto apresentado de tal maneira que muitas horas podem ser gastas com o game sem pudor.
Pode-se tanto seguir a linha principal de missões quanto explorar as missões secundárias e conhecer mais sobre os pequenos locais do mapa. A missão principal, de início, é encontrar o pai desaparecido, mas não há nada como dar uma força para os que precisam ou explodir aquilo que o jogador considerar fora de lugar, ou apenas feio.
A índole do personagem sempre está em jogo, mas é extremamente gratificante bancar o fora-da-lei algumas vezes. Megaton, uma das cidades iniciais, é comandada por uma espécie de "xerife" que, no nível de dificuldade padrão do game, pode ser facilmente exterminado.
Ação espetacular
Para obter sucesso em qualquer ação de peso, o gamer deve, acima de tudo, compreender bem a língua inglesa e dominar a jogabilidade. É claro que Fallout 3 apresenta um ótimo sistema de ajuda, colaborando para apresentar de forma clara e simples o revolucionário sistema VATS (Vault-Tec Assisted Targeting System).
Com o VATS, tudo fica mais fácil e menos balas são gastas durante a aniquilação dos inimigos. O sistema pausa para que o jogador possa escolher um local adequado para atirar. A probabilidade de acerto aparece em cada parte do corpo do inimigo, seja humano, humanóide ou animal. São poucos rounds de tiro nesse sistema, mas, ao invés de torrar munição loucamente, o gamer atinge um nível de precisão muito maior. Além disso, o VATS pode ser ativado assim que um alvo em potencial for visualizado.
As armas são impressionantes e somente aumentam a emoção transmitida pelo jogo. A mistura de itens característicos de décadas passadas (modelos velhos de carros, por exemplo) com algumas tecnologias futuristas torna o game uma opção única de RPG. Não é sempre que um lança-chamas aparece em mãos e causa tanto estrago como em Fallout 3. O mesmo vale para o lança-mísseis.
Um legítimo açougue
Pernas decepadas e cabeças explodindo. Se o jogador resolver encarnar o espírito da brutalidade, há a possibilidade de realizar uma carnificina completa, não importa o que estiver em volta. É claro que, certas vezes, relacionamentos pacíficos deverão ser mantidos para que munição e outros itens estejam à disposição. O dinheiro (tampas de garrafa) acaba fácil caso o gamer não tenha sabedoria nem moderação nesse quesito.
As missões, na maior parte das ocasiões, possuem desfechos inesperados. A própria Megaton — considerando que é uma cidade construída em volta de uma monstruosa bomba nuclear desativada — acaba em ruínas se o gamer seguir um determinado indivíduo e ativar o "pequeno" dispositivo explosivo. Saia de perto e contemple o cogumelo de fogo: uma atrocidade, mas visualmente fenomenal.
Enorme quantidade de missões, opções ilimitadas de destruição, ação impactante e altamente envolvente, cenários espetaculares, personagens intrigantes e, portanto, entretenimento de qualidade. Se você não gosta de RPG, meus pêsames.
Quando a empresa Black Isle foi fechada, a Interplay foi obrigada a largar a produção do terceiro game em 2003. Mas a Bethesda assumiu com vigor o desenvolvimento do título desde 2004 e decidiu utilizar a mesma tecnologia básica de The Elder Scrolls IV: Oblivion para tentar aumentar a emoção transmitida pelas desventuras de um sobrevivente à guerra nuclear.
Deu tão certo que a maior parte dos críticos está glorificando a chegada do RPG, afirmando que este é um dos melhores games dos últimos tempos. Apesar de ser um jogo relativamente restrito (classificação etária: maior de 18 anos), não há como deixar de se impressionar com a qualidade do conjunto composto por RPG, FPS, ação em terceira pessoa e muita, mas muita ação.
A Terra em ruínas
A humanidade finalmente optou por transformar o planeta Terra em um campo de batalhas nucleares. 2077 foi o ano da ruína, mas Fallout 3 se passa 200 anos depois dessa desgraça (30 anos depois de Fallout 2). O cenário principal do game não poderia ser nada mais nada menos que Capitol Wasteland e os arredores da arruinada Washington D.C.
Bem, demora um pouco para que o jogador tenha a chance de contemplar esse cenário decrépito. Ainda assim, vale a pena comentar desde já sobre a qualidade espantosa que Fallout 3 mostrou em sua ambientação. É claro que nem tudo é maravilhoso, mas, se fizermos um panorama geral da terra, é praticamente possível sentir a poeira que paira sobre o mundo que conhecemos.
Com todo o caos ocorrido, a humanidade teve que rapidamente tomar providências. É claro que nem todos foram salvos com os abrigos à prova de radiação. As chamadas Vaults são as instalações criadas pelos estadunidenses para o salvamento dos humanos escolhidos. Sim, tal atrocidade ocorreu: apenas cidadãos que tinham boa saúde e a mínima propensão para doenças foram para as Vaults.
E então, na Vault 101, começa a história do jogador. Inicialmente, há cenas exibindo o nascimento do personagem controlado pelo gamer. Curiosamente, é possível presenciar os primeiros momentos de vida do protagonista principal e controlá-lo por um breve tempo. Depois de ser bem-sucedido como um bebê (abrir a portinhola do pequeno cercado e caminhar até o pai), novas etapas da vida são exibidas.
Uma saga emocionante
O jogador determina as especificações físicas de seu personagem logo que presencia o nascimento do protagonista. Da mesma forma que Oblivion, Fallout 3 possui uma grande quantidade de variações faciais, possibilitando a criação de um ser humano único e curioso, dependendo das características escolhidas (obviamente, o S.P.E.C.I.A.L. — sete características principais — não poderia ficar de fora). Nome, gênero e aparência física adulta são itens determinados logo de início.
Bem, para não estragar a surpresa, basta dizer que é possível presenciar uma festa de aniversário "excitante" durante a fase criança e arrumar encrencas durante a juventude. Tradicionalmente, a tomada de decisões, desde o princípio do jogo, é fundamental para determinar se o personagem será rebelde, pacífico ou neutro. A grande quantidade de características do personagem somente comprova a qualidade de Fallout 3.
Em meio a tudo isso, o gamer deve escolher as afinidades do jovem ser humano. É complicado definir as habilidades principais assim de início, pois nunca se sabe se Speech (diálogo) será tão útil quanto Big Guns (uso de grandes armas, como lança-mísseis). Tudo depende apenas do que o jogador decidir utilizar futuramente.
Um fato marcante leva o gamer a superar todos os obstáculos e deixar a Vault 101 para encarar o mundo exterior (como a prisão e os esgotos em Oblivion). Após ter determinado definitivamente as características do personagem, o aventureiro deve encarar Wasteland e toda a desolação que toma conta da terra.
Decidir é tudo
Levando em consideração que Fallout 3 é um RPG em mundo aberto, as possibilidades são inúmeras. A comparação com Oblivion é inevitável, devido à enorme gama de semelhanças na estrutura de missões, personagens, itens e jogabilidade. Ainda assim, Fallout 3 consegue envolver o jogador e o contexto apresentado de tal maneira que muitas horas podem ser gastas com o game sem pudor.
Pode-se tanto seguir a linha principal de missões quanto explorar as missões secundárias e conhecer mais sobre os pequenos locais do mapa. A missão principal, de início, é encontrar o pai desaparecido, mas não há nada como dar uma força para os que precisam ou explodir aquilo que o jogador considerar fora de lugar, ou apenas feio.
A índole do personagem sempre está em jogo, mas é extremamente gratificante bancar o fora-da-lei algumas vezes. Megaton, uma das cidades iniciais, é comandada por uma espécie de "xerife" que, no nível de dificuldade padrão do game, pode ser facilmente exterminado.
Ação espetacular
Para obter sucesso em qualquer ação de peso, o gamer deve, acima de tudo, compreender bem a língua inglesa e dominar a jogabilidade. É claro que Fallout 3 apresenta um ótimo sistema de ajuda, colaborando para apresentar de forma clara e simples o revolucionário sistema VATS (Vault-Tec Assisted Targeting System).
Com o VATS, tudo fica mais fácil e menos balas são gastas durante a aniquilação dos inimigos. O sistema pausa para que o jogador possa escolher um local adequado para atirar. A probabilidade de acerto aparece em cada parte do corpo do inimigo, seja humano, humanóide ou animal. São poucos rounds de tiro nesse sistema, mas, ao invés de torrar munição loucamente, o gamer atinge um nível de precisão muito maior. Além disso, o VATS pode ser ativado assim que um alvo em potencial for visualizado.
As armas são impressionantes e somente aumentam a emoção transmitida pelo jogo. A mistura de itens característicos de décadas passadas (modelos velhos de carros, por exemplo) com algumas tecnologias futuristas torna o game uma opção única de RPG. Não é sempre que um lança-chamas aparece em mãos e causa tanto estrago como em Fallout 3. O mesmo vale para o lança-mísseis.
Um legítimo açougue
Pernas decepadas e cabeças explodindo. Se o jogador resolver encarnar o espírito da brutalidade, há a possibilidade de realizar uma carnificina completa, não importa o que estiver em volta. É claro que, certas vezes, relacionamentos pacíficos deverão ser mantidos para que munição e outros itens estejam à disposição. O dinheiro (tampas de garrafa) acaba fácil caso o gamer não tenha sabedoria nem moderação nesse quesito.
As missões, na maior parte das ocasiões, possuem desfechos inesperados. A própria Megaton — considerando que é uma cidade construída em volta de uma monstruosa bomba nuclear desativada — acaba em ruínas se o gamer seguir um determinado indivíduo e ativar o "pequeno" dispositivo explosivo. Saia de perto e contemple o cogumelo de fogo: uma atrocidade, mas visualmente fenomenal.
Enorme quantidade de missões, opções ilimitadas de destruição, ação impactante e altamente envolvente, cenários espetaculares, personagens intrigantes e, portanto, entretenimento de qualidade. Se você não gosta de RPG, meus pêsames.
Nota do Voxel