F.E.A.R. estendido traz mesma jogabilidade e gráficos, com detalhes da trama revelados.
É claro que a Vivendi Games em conjunto com a Monolith Studios não deixaria de aproveitar o sucesso obtido com F.E.A.R. — game lançado em outubro de 2005 — com uma expansão. Tal como uma comemoração de aniversário, F.E.A.R. Extraction Point estende a história e a mesma jogabilidade experimentada no título original, um ano após o lançamento desse.
Recapitulando, F.E.A.R é um FPS que mistura momentos de horror e tensão com tiroteios estratégicos, já que a inteligência artificial dos inimigos é considerável e exige o uso constante de minas, granadas, atenção ao arranjo do cenário e escolha certa do armamento. A presença de uma habilidade chamada reflex time (algo como o bullet time do filme Matrix) “estica” o tempo, permitindo uma mira mais precisa e o controle da situação de maneira aprimorada.
Quanto à história, o protagonista integra um esquadrão de elite responsável pela investigação de ameaças paranormais. Em uma missão de emergência, um cientista/militar chamado Fettel adquire poderes psíquicos e resolve controlar uma legião de soldados-clone, cabendo ao jogador eliminá-lo junto com seu exército. A situação se agrava quando o personagem se depara com uma menina fantasma chamada ALMA. Os interesses dessa garota são ambíguos, pois nunca se sabe se ela é contra ou a favor do jogador.
F.E.A.R. Extraction Point é uma expansão de dimensão reduzida, acrescentando somente 7 horas de jogo, 4 armas novas e variações dos inimigos com habilidades já vistas no título original. A inteligência artificial está no mesmo nível do antecessor, ou seja, excelente, e a jogabilidade — incluindo aqui Level Design, quebra-cabeças e controle — em níveis satisfatórios. Os combates ainda estão intensos, exigindo bastante habilidade do jogador e os momentos de tensão e horror, apesar de um tanto previsíveis para os veteranos da série, ainda conseguem transmitir a palavra que dá nome ao jogo: medo.
Corra por sua vida, mas saiba que ela se extinguirá
Recapitulando, F.E.A.R é um FPS que mistura momentos de horror e tensão com tiroteios estratégicos, já que a inteligência artificial dos inimigos é considerável e exige o uso constante de minas, granadas, atenção ao arranjo do cenário e escolha certa do armamento. A presença de uma habilidade chamada reflex time (algo como o bullet time do filme Matrix) “estica” o tempo, permitindo uma mira mais precisa e o controle da situação de maneira aprimorada.
Quanto à história, o protagonista integra um esquadrão de elite responsável pela investigação de ameaças paranormais. Em uma missão de emergência, um cientista/militar chamado Fettel adquire poderes psíquicos e resolve controlar uma legião de soldados-clone, cabendo ao jogador eliminá-lo junto com seu exército. A situação se agrava quando o personagem se depara com uma menina fantasma chamada ALMA. Os interesses dessa garota são ambíguos, pois nunca se sabe se ela é contra ou a favor do jogador.
F.E.A.R. Extraction Point é uma expansão de dimensão reduzida, acrescentando somente 7 horas de jogo, 4 armas novas e variações dos inimigos com habilidades já vistas no título original. A inteligência artificial está no mesmo nível do antecessor, ou seja, excelente, e a jogabilidade — incluindo aqui Level Design, quebra-cabeças e controle — em níveis satisfatórios. Os combates ainda estão intensos, exigindo bastante habilidade do jogador e os momentos de tensão e horror, apesar de um tanto previsíveis para os veteranos da série, ainda conseguem transmitir a palavra que dá nome ao jogo: medo.
Corra por sua vida, mas saiba que ela se extinguirá
É difícil, contudo, falar da história de Extraction Point sem revelar detalhes cruciais que possam comprometer a experiência do leitor. Portanto, tentar-se-á — na medida do possível — omiti-los nesta análise.
A história começa logo após o final trágico do título principal. Após ter exterminado o complexo que abrigava o projeto Origin — projeto este que concedeu poderes a Alma e Fettel — o protagonista sem nome, face ou história, voa em um helicóptero com sua equipe aparentemente são e salvo. Contudo, o terror ainda o acompanha, já que a aeronave é abatida através de circunstâncias misteriosas. Sobrevivente, esse personagem — também referido como Point Man — restabelece contato com sua equipe e recebe a missão de ir até o topo do Hospital Auburn para ser resgatado por outro helicóptero.
Logo se descobre que Fettel não foi morto e que os dois aliados principais do Point Man, a médica e ex-sniper Jin Sun-Kwon, e o veterano Jankowski, foram capturados pelos soldados a serviço de Fettel — chamados de Replica Soldiers. Jin consegue escapar de Fettel e se aloja no Hospital, estabelecendo, a partir daí, contatos freqüentes por rádio, alertando o jogador sobre as atividades dos Replica Soldiers. Apesar de não ser uma ajuda muito eficiente, isso serve para alertar o jogador dos momentos em que acontecerão os principais combates do game, que, por sinal, são memoráveis.
Armas de nível tecnológico avançado
A história começa logo após o final trágico do título principal. Após ter exterminado o complexo que abrigava o projeto Origin — projeto este que concedeu poderes a Alma e Fettel — o protagonista sem nome, face ou história, voa em um helicóptero com sua equipe aparentemente são e salvo. Contudo, o terror ainda o acompanha, já que a aeronave é abatida através de circunstâncias misteriosas. Sobrevivente, esse personagem — também referido como Point Man — restabelece contato com sua equipe e recebe a missão de ir até o topo do Hospital Auburn para ser resgatado por outro helicóptero.
Logo se descobre que Fettel não foi morto e que os dois aliados principais do Point Man, a médica e ex-sniper Jin Sun-Kwon, e o veterano Jankowski, foram capturados pelos soldados a serviço de Fettel — chamados de Replica Soldiers. Jin consegue escapar de Fettel e se aloja no Hospital, estabelecendo, a partir daí, contatos freqüentes por rádio, alertando o jogador sobre as atividades dos Replica Soldiers. Apesar de não ser uma ajuda muito eficiente, isso serve para alertar o jogador dos momentos em que acontecerão os principais combates do game, que, por sinal, são memoráveis.
Armas de nível tecnológico avançado
Inicialmente, a sensação ao se jogar Extraction Point é que o jogo está mais difícil. No nível médio de dificuldade, os inimigos que antes causavam pouco dano agora quase executam o personagem. As rajadas de tiros são mais freqüentes e a precisão, aparentemente, maior. Esse incremento na agressividade dos Replica Soldiers é compreensível, já que eles estão caçando o jogador, sabem que ele está sozinho e devem impedir que chegue ao topo do Hospital Auburn — portanto, estão em uma posição defensiva e vantajosa.
A Monolith Studios, mesmo sabendo que, muito provavelmente, o jogador já está familiarizado com o game, resolveu colocar um tutorial básico no início da aventura, apresentando os comandos básicos de como se agaixar, pular e algumas das novidades da expansão. Agora as portas podem ser derrubadas de maneira agressiva, através de explosivos ou com o auxílio do ataques corpo-a-corpo. Trata-se de uma estratégia de pouco uso, já que, na maior parte das vezes, os inimigos estão dispostos longe das portas, o que torna essa surpresa um evento incomum.
Outro acréscimo são as caixas de suprimento dos Laboratórios Armachan — empresa responsável por toda a bagunça. Tais caixas geralmente se destacam das outras por sua tonalidade mais escura, a inscrição “dangerous” e outras expressões de perigo. Contudo, não há com o que se preocupar: pode-se dar coronhadas ou tiros que a única coisa que essa caixa irá liberar serão armas e munições. Em alguns casos, esses suprimentos se apresentam embalados em baús com o símbolo de perigo de laser.
As principais novidades, contudo, ficam por conta do aumento do arsenal e de alguns inimigos novos. Além das granadas, minas de proximidade e de ativação remota, foi acrescentada uma mina com autonomia de atirar em inimigos. Ela serve não só para eliminar os adversários, como também para distraí-los e ajudar o jogador a finalizar esses desatentos.
Já o arsenal agora conta com 3 exemplares: um rifle a laser de disparo contínuo, uma mini-gun — arma-de-fogo com cilindros de disparos rotatórios — e uma impact gun, esta com projéteis que explodem instantaneamente no alvo após o disparo. As duas primeiras possuem um poder de destruição considerável e uso restrito pela escassez de munição. Já a impact gun, mesmo não contando com muita munição pelo cenário, pode ser usada com freqüência maior devido à sua precisão, o que ajuda a economizar tiros.
Novidades sutis
A Monolith Studios, mesmo sabendo que, muito provavelmente, o jogador já está familiarizado com o game, resolveu colocar um tutorial básico no início da aventura, apresentando os comandos básicos de como se agaixar, pular e algumas das novidades da expansão. Agora as portas podem ser derrubadas de maneira agressiva, através de explosivos ou com o auxílio do ataques corpo-a-corpo. Trata-se de uma estratégia de pouco uso, já que, na maior parte das vezes, os inimigos estão dispostos longe das portas, o que torna essa surpresa um evento incomum.
Outro acréscimo são as caixas de suprimento dos Laboratórios Armachan — empresa responsável por toda a bagunça. Tais caixas geralmente se destacam das outras por sua tonalidade mais escura, a inscrição “dangerous” e outras expressões de perigo. Contudo, não há com o que se preocupar: pode-se dar coronhadas ou tiros que a única coisa que essa caixa irá liberar serão armas e munições. Em alguns casos, esses suprimentos se apresentam embalados em baús com o símbolo de perigo de laser.
As principais novidades, contudo, ficam por conta do aumento do arsenal e de alguns inimigos novos. Além das granadas, minas de proximidade e de ativação remota, foi acrescentada uma mina com autonomia de atirar em inimigos. Ela serve não só para eliminar os adversários, como também para distraí-los e ajudar o jogador a finalizar esses desatentos.
Já o arsenal agora conta com 3 exemplares: um rifle a laser de disparo contínuo, uma mini-gun — arma-de-fogo com cilindros de disparos rotatórios — e uma impact gun, esta com projéteis que explodem instantaneamente no alvo após o disparo. As duas primeiras possuem um poder de destruição considerável e uso restrito pela escassez de munição. Já a impact gun, mesmo não contando com muita munição pelo cenário, pode ser usada com freqüência maior devido à sua precisão, o que ajuda a economizar tiros.
Novidades sutis
Não é possível se distinguir com facilidade quantos inimigos novos estão presentes em Extraction Point. O que existe na verdade são apenas algumas variáveis de adversários já presentes na versão original. Os robôs/mechs RV-6 agora podem ser encontrados em uma versão maior e mais devastadora, os RV-8. Os Heavy Armors, soldados lentos e de armadura resistente, eventualmente aparecem com um escudo e portando a perigosa mini-gun — nessas horas, a procura por um obstáculo para proteção é imprescindível.
Os combates ainda são marcados pela inteligência artificial avançada, o que implica em batalhas difíceis com inimigos: eles comunicam-se entre si, procuram sempre flanquear o jogador e usam a técnica de supressing fire — atirar ao mesmo tempo em que se protegem com um obstáculo, a fim de impedir que o inimigo dispare. Os momentos de tensão estão sempre concentrados em cenários abertos, onde geralmente existem contêineres e níveis superiores que permitem aos Replica Soldiers se organizarem em equipe de maneira bastante letal.
Sangue desenham linhas que separam a realidade do pesadelo
No decorrer da aventura, aqueles que gostam de interagir com a história podem verificar mensagens deixadas no telefone que narram detalhes do enredo. Quanto ao cenário, grande parte da aventura se dá em locais subterrâneos, em meios a escombros e pelo sistema metroviário da cidade de Auburn — leia-se: ambientes escuros e desanimadores.
Os momentos de terror estão no mesmo estilo de F.E.A.R., ou seja: aparições da protagonista-fantasma Alma, ilusões em cenários banhados com sangue, fantasmas que o levam para as trevas e circundam o protagonista de maneira sobrenatural -tudo está com o mesmo clima que já fez sucesso. A impressão é realmente de se estar participando de um filme de terror, como O Chamado ou O Grito.
Nesse aspecto, vale uma dica: evite desperdiçar munição sempre que vir um fantasma ou qualquer intervenção sobrenatural, pois muitas vezes a cena é puramente ilustrativa e não são necessários disparos. Procure manter a atenção, apreciar o momento de horror e manter o dedo longe do botão esquerdo do mouse. Por outro lado, existem ocasiões em que atirar é necessário, principalmente nas partes em que surgem fantasmas das trevas que voam diretamente contra o protagonista. Nessas horas, é bom mudar para a pistola e eliminá-los rapidamente, já que o dano causado por eles é alto.
Em outras ocasiões, seres bípedes de olhos profundos e aparência de zumbi também cercam o jogador. Eles são invisíveis, rápidos e requerem o uso do Reflex Time citado no início da análise. Sem entrar no mérito de se isso é benefício exagerado ou apenas um elemento dramático da experiência, o fato é que essa habilidade deixa o jogo muito mais fácil e a mira bem mais precisa, permitindo que mesmo aqueles que possuem perícia mediana em jogos de tiro em primeira pessoa se aventurem por alguns momentos no nível hard.
Os combates ainda são marcados pela inteligência artificial avançada, o que implica em batalhas difíceis com inimigos: eles comunicam-se entre si, procuram sempre flanquear o jogador e usam a técnica de supressing fire — atirar ao mesmo tempo em que se protegem com um obstáculo, a fim de impedir que o inimigo dispare. Os momentos de tensão estão sempre concentrados em cenários abertos, onde geralmente existem contêineres e níveis superiores que permitem aos Replica Soldiers se organizarem em equipe de maneira bastante letal.
Sangue desenham linhas que separam a realidade do pesadelo
No decorrer da aventura, aqueles que gostam de interagir com a história podem verificar mensagens deixadas no telefone que narram detalhes do enredo. Quanto ao cenário, grande parte da aventura se dá em locais subterrâneos, em meios a escombros e pelo sistema metroviário da cidade de Auburn — leia-se: ambientes escuros e desanimadores.
Os momentos de terror estão no mesmo estilo de F.E.A.R., ou seja: aparições da protagonista-fantasma Alma, ilusões em cenários banhados com sangue, fantasmas que o levam para as trevas e circundam o protagonista de maneira sobrenatural -tudo está com o mesmo clima que já fez sucesso. A impressão é realmente de se estar participando de um filme de terror, como O Chamado ou O Grito.
Nesse aspecto, vale uma dica: evite desperdiçar munição sempre que vir um fantasma ou qualquer intervenção sobrenatural, pois muitas vezes a cena é puramente ilustrativa e não são necessários disparos. Procure manter a atenção, apreciar o momento de horror e manter o dedo longe do botão esquerdo do mouse. Por outro lado, existem ocasiões em que atirar é necessário, principalmente nas partes em que surgem fantasmas das trevas que voam diretamente contra o protagonista. Nessas horas, é bom mudar para a pistola e eliminá-los rapidamente, já que o dano causado por eles é alto.
Em outras ocasiões, seres bípedes de olhos profundos e aparência de zumbi também cercam o jogador. Eles são invisíveis, rápidos e requerem o uso do Reflex Time citado no início da análise. Sem entrar no mérito de se isso é benefício exagerado ou apenas um elemento dramático da experiência, o fato é que essa habilidade deixa o jogo muito mais fácil e a mira bem mais precisa, permitindo que mesmo aqueles que possuem perícia mediana em jogos de tiro em primeira pessoa se aventurem por alguns momentos no nível hard.
Repetição e padrões são vistos por todos os lados
Com um desenrolar da história extremamente linear, desenho dos mapas óbvio e a repetição das texturas, infelizmente F.E.A.R. Extraction Point só se destaca pelo seus momentos de ação, enredo e situações de tensão paranormais. Do ponto de vista estético, o jogo recicla muito as texturas e a quantidade de elementos interativos é baixa, pois grande parte da aventura consiste na matança, acionamento de alavancas e percorrer dutos de ventilação e outros caminhos não muito estimulantes.
A sensação é de sempre estar percorrendo os mesmos cômodos, corredores e vendo os mesmos quadros e elementos de decoração. Aqueles acostumados, por exemplo, com a riqueza gráficas de alguns jogos da ID Software (como Prey) irão ficar um tanto decepcionados com o desleixo da equipe da Monolith Studios.
Já os efeitos de luzes e a física do jogo estão bons. Apesar da iluminação eventualmente produzir sombras pouco verossímeis, conseguiu-se estabelecer um efeito de medo e pavor provocado pela sombra do personagem, pois, ao passar por uma lâmpada, o resultado é uma sensação de que o jogador está sendo seguido e que existe a presença de um estranho no recinto. A física é licenciada da tecnologia Havok e enriquece o jogo com objetos que respondem bem aos efeitos da gravidade e inércia.
Por outro lado, a trilha sonora é sutil e discreta e, por isso mesmo, agonizante e perturbadora. Em vez de trilhas retumbantes e melodias apelativas, o que existe em Extraction Point são efeitos sonoros misteriosos e a repetição de padrões dissonantes, capazes de quase enlouquecer o jogador se ele não procurar um ambiente silencioso o mais rápido possível.
Expansão indispensável para quem gostou de F.E.A.R.
Ainda que alguns possam dizer que Extraction Point seja uma maneira das empresas responsáveis ganhar mais dinheiro em cima de uma fórmula pronta, o fato é que esse título ainda rende 7 horas boas de diversão e medo, além de permitir uma experiência mais profunda no multiplayer com o acréscimo de armas novas. Atualmente, essa expansão pode ser encontrada no patamar de 30 reais, um valor aceitável já que os combates inteligentes dão à Extraction Point uma capacidade de replay considerável. É difícil não se sentir desafiado a testar os níveis de dificuldades maiores.
Contudo, um aviso: essas sete horas podem se tornar mais breves ainda, dependendo da habilidade do jogador. A experiência que se tem em Extraction Point, mesmo com as armas novas, é exatamente a mesma do título original e se o jogador não gosta de multiplayer, ou não tem banda larga de qualidade, grande parte da emoção irá se esgotar rapidamente pois os servidores do game no Brasil ainda são poucos e, como se sabe, o ping entre o Brasil e os servidores dos Estados Unidos impedem uma experiência justa nessa modalidade.
Ressalta-se que os gráficos são pobres do ponto de vista estético e até mesmo tecnicamente, já que a engine do jogo, hoje em dia, está relativamente ultrapassada. Por outro lado, isso privilegia aqueles que não possuem um micro de ponta.
Por fim, não é possível se sentir um pouco decepcionado com o final inesperado. Para não estragar as expectativas, vale dizer apenas que não é um final feliz, não mesmo.
A sensação é de sempre estar percorrendo os mesmos cômodos, corredores e vendo os mesmos quadros e elementos de decoração. Aqueles acostumados, por exemplo, com a riqueza gráficas de alguns jogos da ID Software (como Prey) irão ficar um tanto decepcionados com o desleixo da equipe da Monolith Studios.
Já os efeitos de luzes e a física do jogo estão bons. Apesar da iluminação eventualmente produzir sombras pouco verossímeis, conseguiu-se estabelecer um efeito de medo e pavor provocado pela sombra do personagem, pois, ao passar por uma lâmpada, o resultado é uma sensação de que o jogador está sendo seguido e que existe a presença de um estranho no recinto. A física é licenciada da tecnologia Havok e enriquece o jogo com objetos que respondem bem aos efeitos da gravidade e inércia.
Por outro lado, a trilha sonora é sutil e discreta e, por isso mesmo, agonizante e perturbadora. Em vez de trilhas retumbantes e melodias apelativas, o que existe em Extraction Point são efeitos sonoros misteriosos e a repetição de padrões dissonantes, capazes de quase enlouquecer o jogador se ele não procurar um ambiente silencioso o mais rápido possível.
Expansão indispensável para quem gostou de F.E.A.R.
Ainda que alguns possam dizer que Extraction Point seja uma maneira das empresas responsáveis ganhar mais dinheiro em cima de uma fórmula pronta, o fato é que esse título ainda rende 7 horas boas de diversão e medo, além de permitir uma experiência mais profunda no multiplayer com o acréscimo de armas novas. Atualmente, essa expansão pode ser encontrada no patamar de 30 reais, um valor aceitável já que os combates inteligentes dão à Extraction Point uma capacidade de replay considerável. É difícil não se sentir desafiado a testar os níveis de dificuldades maiores.
Contudo, um aviso: essas sete horas podem se tornar mais breves ainda, dependendo da habilidade do jogador. A experiência que se tem em Extraction Point, mesmo com as armas novas, é exatamente a mesma do título original e se o jogador não gosta de multiplayer, ou não tem banda larga de qualidade, grande parte da emoção irá se esgotar rapidamente pois os servidores do game no Brasil ainda são poucos e, como se sabe, o ping entre o Brasil e os servidores dos Estados Unidos impedem uma experiência justa nessa modalidade.
Ressalta-se que os gráficos são pobres do ponto de vista estético e até mesmo tecnicamente, já que a engine do jogo, hoje em dia, está relativamente ultrapassada. Por outro lado, isso privilegia aqueles que não possuem um micro de ponta.
Por fim, não é possível se sentir um pouco decepcionado com o final inesperado. Para não estragar as expectativas, vale dizer apenas que não é um final feliz, não mesmo.
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