O enredo é apresentado na forma de uma histótia ilustrada, na qual, Kai, um menino de dez anos diz odiar os elebits, pois os seus pais, que são pesquisadores, dão mais atenção a eles do que a seu próprio filho.
O jogo começa quando um blecaute atinge a vizinhança de Kai e seus pais vão ao seu laboratório investigar esse fenômeno estranho. Sozinho em casa, Kai percebe que nenhum aparelho eletrônico funciona e chega, então, à conclusão de que os elebits são os culpados por isso. Como o menino já não apreciava os pequenos seres, agora ele tem mais motivos para combatê-los. Kai decide pegar a arma laser de captura de seu pai e sai em busca de elebits por toda a sua casa e, posteriormente, pelas ruas de sua vizinhança.
Capturando criaturinhas agradáveis
Seu primeiro desafio será capturar elebits do seu próprio quarto, procurando-os dentro de armários, caixas, vasos ou atrás de qualquer outro objeto. Ao atirar nos elebits, você os captura, e eles liberam energia elétrica medida em watts. Enquanto pega elebits, você vai ganhando mais watts e a energia elétrica do local vai sendo restaurada, passando a se tornar um ambiente mais iluminado.
Os aparelhos eletrônicos também escondem elebits, que só podem ser liberados ao se atingir certa quantidade de energia em watts. Em outras palavras, para ligar um televisão, fazendo com que os elebits saiam dela, é preciso ter 500 watts, por exemplo, o que também vale para abrir portas, acessando outros cenários da fase, e para ligar qualquer outro eletrônico, como telefones, computadores, lanternas, abajures, brinquedos. Também é preciso ter um certo número de watts para levantar outros objetos no ambiente, como caixas, armários, mesas, camas, e chacoalhá-los em busca de elebits escondidos. Essa tarefa pode ser facilitada por alguns itens disponíveis nos próprios cenários, como um biscoito que atrai elebits e uma esfera elétrica que os deixa tontos quando ativada.
Graças ao sensor de movimento do Wii, o jogador comanda a visão de câmera, movendo o controle em diferentes posições, ao invés de apenas pressionar botões, como ocorre nos outros consoles. Com o controle remoto na mão direita, você controla a visão de câmera. Por exemplo, se você quer olhar à direita, deve movimentar o controle para essa direção. Elebits utiliza também o Nunchuck, acoplado ao controle remoto, um controle com uma alavanca analógica, que serve par movimentar o personagem no cenário, além do botão digital C, usado para se espichar e ver locais mais altos, e o Z, para agachar-se.
Para movimentar um objeto, você deve manter pressionado o botão A, e mover o controle remoto na direção desejada ou chacoalhá-lo, para, assim, chacoalhar o objeto, forçando os elebits que estejam dentro dele a sair. Para abrir portas, deve-se apontar o controle para a maçaneta e girá-la, girando o pulso em sentido horário ou anti-horário, e depois movimentar o controle para frente, empurrando a porta; ao abrir gavetas, deve-se apontar o controle para a gaveta e, pressionando o botão A, mover o controle para trás, abrindo-a. Como pode-se perceber, todos os comandos são fáceis de serem realizados, pois são muito intuitivos, reproduzindo movimentos bem parecidos aos que fazemos normalmente.
Revire a sua casa de pernas para o ar!
Depois de vasculhar a própria casa — e deixá-la totalmente revirada — você poderá acessar as ruas da sua vizinhança, enfrentando chefes elebits e entendendo melhor sobre a origem do caos causado pela falta de eletricidade. Mais até que se chegue a esses esclarecimentos, há ainda muitos ambientes a serem vasculhados. Com o seu progresso no jogo, há menos tempo para completar as missões e várias condições passam a ser impostas, como limitação do número de objetos que podem ser quebrados ou de barulho que pode ser feito durante suas buscas por elebits. Mas apesar dessas exigências crescentes, o nível de desafio é baixo, o jogo é fácil de ser aprendido e suas missões são completadas sem maiores dificuldades.
Além do jogo principal, há o modo de edição, no qual você pode recriar as fases a serem jogadas, adicionando e removendo objetos, alterando o limite de tempo, a quantidade de watts necessária para se completar as missões, entre outras configurações. Mas lembre-se, só podem ser modificadas as fases que já foram completadas no modo de jogo principal. Há também o modo multiplayer, que suporta até quatro jogadores, no qual se pode escolher fases do modo single player para serem completadas de maneira competitiva ou cooperativa.
Elebits apresenta uma boa qualidade gráfica, compatível com o Wii, que não tem a mesma qualidade técnica dos outros consoles de sua geração. A representação dos ambientes não merece grande destaque, além do fato de que há um grande número de objetos com os quais se pode interagir. Um ponto positivo é que as alterações que o personagem faz nos ambientes são permanentes: você pode sair de um quarto que deixou revirado, e, após retornar a ele, você o verá do mesmo jeito que o deixou. Além disso, o que também chama a atenção é a representação gráfica das várias espécies de elebits, que é bem criativa, feita com desenhos suaves, muito coloridos e agradáveis.
Algumas poucas músicas de fundo estão à disposição para escolha no começo de cada fase, mas não são muito notáveis durante os momentos de ação. Quando são capturados, os elebits emitem sons levemente agudos, como o gemido de pequenos animais assustados, o que contribui para despertar uma simpatia por eles.
Um jogo simples e fácil
Nota do Voxel