Uma despedida melancólica dá ponto final às aventuras dos Guerreiros Z no PlayStation 2.
Há quase duas décadas atrás, a série Dragon Ball, que hoje é referência imediata quando o assunto é mangá, vem sendo explorada no mundo dos videogames. Inúmeros títulos de diferentes desenvolvedoras contaram a história de Goku e seus amigos do começo ao fim em jogos de gêneros que vão dos agitados títulos de luta aos elaborados jogos de RPG.
Hoje Dragon Ball é com toda a certeza uma das franquias de anime mais conhecidas de todos os tempos. É praticamente impossível não estar no mínimo familiarizado com os cabelos espetados do herói Goku, ou com os incríveis poderes da sua turma, que vêm conquistando espectadores desde meados da década de 1980.
Como sucesso internacional, a transposição para os videogames era inevitável, já são mais de sessenta jogos inspirados nas criações de Toriyama, que agora chegam ao Nintendo Wii com Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 3.
Por falar em Akira Toriyama, criador do mangá e do anime, vale destacar que o mangáka (autor de mangás) também parece ser um grande entusiasta dos videogames tendo colaborado na produção artística de diversos games, mais notadamente o magistral Chrono Trigger, os sempre populares jogos da franquia Dragon Quest e mais recente o jogo Blue Dragon.
Pancadaria virtual
A primeira experiência da franquia Dragon Ball em jogos com gráficos 3D no ocidente foi em 1997, com o lançamento de Dragon Ball GT: Final Bout para o Playstation original. Apesar da fórmula não ter sofrido grandes mudanças e o leque de recursos do game ser basicamente o mesmo das clássicas versões do Super Nintendo, os gráficos deram uma nova perspectiva à série.
Mas foi na geração seguinte que a franquia foi embelezada com filtro gráfico cel-shade. Todos os jogos da linha Dragon Ball Z: Budokai, que teve título lançados para o Playstation 2 e GameCube apresentaram o novo recurso gráfico que conferiu uma aparência mais próxima dos desenhos animados, dando assim o toque que faltava para aproximar os games do mangá e do anime.
Agora, os guerreiros Z retornam ao PlayStation 2 para o que se diz ser o último título da série para o famoso console da Sony. Dragon Ball Z: Infinite World traz a mesma fórmula de sucesso presente na aclamada série Budokai Tenkaichi.
O elenco reduzido — cerca de quarenta personagens, número bem abaixo dos 150 do último jogo da série Budokai Tenkaichi — é recompensado com uma jogabilidade ágil que proporciona uma ação tão intensa quanto à de seus antecessores.
Nunca mais outra vez
Mesmo sendo o epitáfio da série no PlayStation 2, Infinite World consegue oferecer certa longevidade. O último videogame da linha Dragon Ball no console mais vendido de todos os tempos oferece cerca de vinte horas de jogo somente na sua saga principal (o modo história), sendo que além desta modalidade o jogador ainda pode contar com as tradicionais partidas multiplayer e um extenso modo “RPG”.
Aficionados pela linha Budokai 2 vão se sentir bem à vontade. A liberdade de exploração e a possibilidade de andar pelo mapa e atingir locais para batalha ou minigames são apenas alguns dos elementos semelhantes aos outros jogos da série.
O modo principal, intitulado Dragon Missions, traz várias cenas clássicas do anime e ainda oferece a oportunidade de acompanhar a mesma trama da versão animada. Em seu caminho, você ainda encontrará muitos desafios, que vão variar desde a eliminação de diversos oponentes em um determinado tempo até lutas com condições específicas para vitória (como finalizar o combate com um kamehamera).
Alguns minigames também vão relembrar os bons tempos aos fãs da franquia. Momentos engraçados, como a cena em que Bubbles (o macaco do mestre Kaio) é perseguido por Goku como forma de treinamento, é retratada no jogo no formato de pequenos desafios (que também vão garantir pontos de experiência que podem ser convertidos em aprimoramentos para os seus atributos e habilidades).
Fora isso, o título também irá conta com diversos outros desafios relacionados à trama. Entretanto, obviamente, o foco se mantém nos intensos combates corpo-a-corpo da série.
Lendas lendárias!
Infinite World é basicamente uma edição simplificada de Dragon Ball Z: Burst Limit (lançado para o PlayStation 3 e Xbox 360), tanto nos seus gráficos — por questões óbvias — quanto na jogabilidade.
A jogabilidade em si permanece simples, com um belo tempo de resposta e diversos atributos pertinentes aos jogos anteriores relacionados ao anime. Entretanto somente os jogadores mais empenhados realmente dominarão todos os comandos, que contam com uma incrível variedade de combinações.
Os lutadores podem bloquear normalmente os ataques inimigos ou desviá-los através de comandos que devem ser executados no momento em que o oponente desfere seus golpes. Além disso, o jogador também pode utilizar uma espécie de teletransporte para se esquivar dos ataques inimigos, aparecendo diretamente atrás de seu oponente.
Outro fator interessante de Dragon Ball Z: Infinite World é a possibilidade de personalizar seus lutadores. Através de uma ferramenta da edição você poderá alterar qualquer um dos guerreiros Z, comprando novos ataques e técnicas especiais e designando-os em lacunas específicas para cada personagem.
Muito menos do mesmo
Outro elemento que retorna são os gráficos estilizados com o filtro cel-shade, algo já indispensável para jogos da franquia. Os visuais estão bem detalhados, levando em consideração os recursos técnicos da plataforma, entretanto.
Entretanto, mesmo sendo um jogo com gráficos bem trabalhados, não há muito a ser dito, já que os mesmos efeitos, modelagens, ambientes e outros elementos já aparecem dentro da franquia com a mesma qualidade.
A câmera retorna a horizontal, como na linha Budokai, mas por outro lado a jogabilidade em si é uma mistura daquilo que já vimos nas outras versões da linha Budokai. Existem novas perspectivas de visão (principalmente no modo história que utiliza momentos chave para incluir minigames com diferentes ângulos de câmera).
Epílogo da série
E verdade, mas Dragon Ball Z: Infinite Word é o último título inspirado na aclamada série de animes e mangás de Akira Toriyama a ser lançado no PlayStation 2. O que é mais triste não é o fato da despedida em si, mas sim por se tratar de um jogo que parece “inferior” aos seus antecessores.
No final das contas Infinite Words não é pior do que os outros jogos da linha Budokai, entretanto por se tratar de uma “evolução” (e uma despedida) da franquia era de se esperar pelo menos algumas novidades (como por exemplo um grande elenco de personagens).
Além disso, o jogo também sofre com uma dificuldade um tanto exacerbada. Mesmo jogando no nível mais baixo de dificuldade o jogador encontrará alguns desafios extremamente inacessíveis.
No final das contas Infinite Words peca por não inovar, ou aprimorar, os já tradicionais elementos da linha Dragon Ball, deixando para trás um legado de peso mas com uma conclusão um tanto decepcionante.
Hoje Dragon Ball é com toda a certeza uma das franquias de anime mais conhecidas de todos os tempos. É praticamente impossível não estar no mínimo familiarizado com os cabelos espetados do herói Goku, ou com os incríveis poderes da sua turma, que vêm conquistando espectadores desde meados da década de 1980.
Como sucesso internacional, a transposição para os videogames era inevitável, já são mais de sessenta jogos inspirados nas criações de Toriyama, que agora chegam ao Nintendo Wii com Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 3.
Por falar em Akira Toriyama, criador do mangá e do anime, vale destacar que o mangáka (autor de mangás) também parece ser um grande entusiasta dos videogames tendo colaborado na produção artística de diversos games, mais notadamente o magistral Chrono Trigger, os sempre populares jogos da franquia Dragon Quest e mais recente o jogo Blue Dragon.
Pancadaria virtual
A primeira experiência da franquia Dragon Ball em jogos com gráficos 3D no ocidente foi em 1997, com o lançamento de Dragon Ball GT: Final Bout para o Playstation original. Apesar da fórmula não ter sofrido grandes mudanças e o leque de recursos do game ser basicamente o mesmo das clássicas versões do Super Nintendo, os gráficos deram uma nova perspectiva à série.
Mas foi na geração seguinte que a franquia foi embelezada com filtro gráfico cel-shade. Todos os jogos da linha Dragon Ball Z: Budokai, que teve título lançados para o Playstation 2 e GameCube apresentaram o novo recurso gráfico que conferiu uma aparência mais próxima dos desenhos animados, dando assim o toque que faltava para aproximar os games do mangá e do anime.
Agora, os guerreiros Z retornam ao PlayStation 2 para o que se diz ser o último título da série para o famoso console da Sony. Dragon Ball Z: Infinite World traz a mesma fórmula de sucesso presente na aclamada série Budokai Tenkaichi.
O elenco reduzido — cerca de quarenta personagens, número bem abaixo dos 150 do último jogo da série Budokai Tenkaichi — é recompensado com uma jogabilidade ágil que proporciona uma ação tão intensa quanto à de seus antecessores.
Nunca mais outra vez
Mesmo sendo o epitáfio da série no PlayStation 2, Infinite World consegue oferecer certa longevidade. O último videogame da linha Dragon Ball no console mais vendido de todos os tempos oferece cerca de vinte horas de jogo somente na sua saga principal (o modo história), sendo que além desta modalidade o jogador ainda pode contar com as tradicionais partidas multiplayer e um extenso modo “RPG”.
Aficionados pela linha Budokai 2 vão se sentir bem à vontade. A liberdade de exploração e a possibilidade de andar pelo mapa e atingir locais para batalha ou minigames são apenas alguns dos elementos semelhantes aos outros jogos da série.
O modo principal, intitulado Dragon Missions, traz várias cenas clássicas do anime e ainda oferece a oportunidade de acompanhar a mesma trama da versão animada. Em seu caminho, você ainda encontrará muitos desafios, que vão variar desde a eliminação de diversos oponentes em um determinado tempo até lutas com condições específicas para vitória (como finalizar o combate com um kamehamera).
Alguns minigames também vão relembrar os bons tempos aos fãs da franquia. Momentos engraçados, como a cena em que Bubbles (o macaco do mestre Kaio) é perseguido por Goku como forma de treinamento, é retratada no jogo no formato de pequenos desafios (que também vão garantir pontos de experiência que podem ser convertidos em aprimoramentos para os seus atributos e habilidades).
Fora isso, o título também irá conta com diversos outros desafios relacionados à trama. Entretanto, obviamente, o foco se mantém nos intensos combates corpo-a-corpo da série.
Lendas lendárias!
Infinite World é basicamente uma edição simplificada de Dragon Ball Z: Burst Limit (lançado para o PlayStation 3 e Xbox 360), tanto nos seus gráficos — por questões óbvias — quanto na jogabilidade.
A jogabilidade em si permanece simples, com um belo tempo de resposta e diversos atributos pertinentes aos jogos anteriores relacionados ao anime. Entretanto somente os jogadores mais empenhados realmente dominarão todos os comandos, que contam com uma incrível variedade de combinações.
Os lutadores podem bloquear normalmente os ataques inimigos ou desviá-los através de comandos que devem ser executados no momento em que o oponente desfere seus golpes. Além disso, o jogador também pode utilizar uma espécie de teletransporte para se esquivar dos ataques inimigos, aparecendo diretamente atrás de seu oponente.
Outro fator interessante de Dragon Ball Z: Infinite World é a possibilidade de personalizar seus lutadores. Através de uma ferramenta da edição você poderá alterar qualquer um dos guerreiros Z, comprando novos ataques e técnicas especiais e designando-os em lacunas específicas para cada personagem.
Muito menos do mesmo
Outro elemento que retorna são os gráficos estilizados com o filtro cel-shade, algo já indispensável para jogos da franquia. Os visuais estão bem detalhados, levando em consideração os recursos técnicos da plataforma, entretanto.
Entretanto, mesmo sendo um jogo com gráficos bem trabalhados, não há muito a ser dito, já que os mesmos efeitos, modelagens, ambientes e outros elementos já aparecem dentro da franquia com a mesma qualidade.
A câmera retorna a horizontal, como na linha Budokai, mas por outro lado a jogabilidade em si é uma mistura daquilo que já vimos nas outras versões da linha Budokai. Existem novas perspectivas de visão (principalmente no modo história que utiliza momentos chave para incluir minigames com diferentes ângulos de câmera).
Epílogo da série
E verdade, mas Dragon Ball Z: Infinite Word é o último título inspirado na aclamada série de animes e mangás de Akira Toriyama a ser lançado no PlayStation 2. O que é mais triste não é o fato da despedida em si, mas sim por se tratar de um jogo que parece “inferior” aos seus antecessores.
No final das contas Infinite Words não é pior do que os outros jogos da linha Budokai, entretanto por se tratar de uma “evolução” (e uma despedida) da franquia era de se esperar pelo menos algumas novidades (como por exemplo um grande elenco de personagens).
Além disso, o jogo também sofre com uma dificuldade um tanto exacerbada. Mesmo jogando no nível mais baixo de dificuldade o jogador encontrará alguns desafios extremamente inacessíveis.
No final das contas Infinite Words peca por não inovar, ou aprimorar, os já tradicionais elementos da linha Dragon Ball, deixando para trás um legado de peso mas com uma conclusão um tanto decepcionante.
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