Hora de voltar a Ferelden
Em um universo que flerta cada vez mais com jogos de fácil assimilação e/ou totalmente voltados para a ação ininterrupta, a BioWare resolve mergulhar ainda mais profundamente em um espaço predominantemente dominado por “nerds” — no melhor sentido da palavra, por favor. Dragon Age: Origins, considerado o melhor RPG de 2009, era pesado e extremamente comprido, embalando um ambiente tipicamente “tolkieniano” com uma história densa e envolvente.
Mas, afinal, quem hoje tem tempo ou disposição para passar 50 horas em frente a um console? Bem, muita gente, pelo que demonstrou a ótima recepção do título. Embora não passasse assim tão perto da perfeição — sobretudo em quesitos técnicos —, Origins foi perfeitamente capaz manter uma das características mais notáveis dos (bons) RPGs: a capacidade de absorver totalmente o jogador para dentro do universo de jogo.
Pois bem, coroando a considerável façanha da BioWare, surge então Awakening para dar continuidade ao clima épico e à história densa do primeiro título. Aliás, em linhas gerais, é exatamente isso que a expansão faz: desembarca mais do mesmo. Isso é bom por um lado, claro. Mas também é ruim por outro.
Enquanto a história de Awakening consegue se manter consideravelmente conectada ao fabulário construído no título original, também é verdade que, às vezes, parece faltar aquele “passo além” que normalmente é esperado em uma boa expansão. Basicamente, os ambientes permanecem os mesmo, assim como o estilo dos personagens e também as mecânicas principais de jogo — embora estas contem com algumas pequenas adições.
Certamente que vale. Embora Dragon Age: Origins — Awakening aposte na máxima que diz “não se mexe em time que está ganhando” — quer dizer, é realmente “mais do mesmo” —, a expansão não falha em dar continuidade ao épico inesquecível do primeiro jogo. Trata-se do mesmo clima denso, cheio de reentrâncias, mas sem evitar as pitadas de humor. Enfim, se você terminou Origins e ficou com um gostinho de “quero mais”, é hora de voltar a Ferelden.
Categorias
Nota do Voxel