Imagem de Disney Infinity 2.0: Marvel Super Heroes
Imagem de Disney Infinity 2.0: Marvel Super Heroes

Disney Infinity 2.0: Marvel Super Heroes

Nota do Voxel
75

Ao infinito, mas não muito além

O elenco de personagens da Disney cresce a cada dia. Com a aquisição de novas empresas e estúdios famosos, como a Marvel e a LucasArts, a companhia do Mickey Mouse tem infinitas possibilidades na criação de novos conteúdos criativos.

Há alguns anos, fomos surpreendidos com a chegada de Disney Infinity, um game que mescla o mundo real com o virtual — na mesma pegada do pioneiro Skylanders. Graças à tecnologia NFC, você pode levar seus brinquedos favoritos para a televisão e explorar mundos recheados de surpresas e desafios.

A primeira versão do Disney Infinity introduziu o conceito e trouxe uma leva de bonecos para os fãs da marca. Agora, na segunda edição, a empresa lança um universo focado nos personagens Marvel. O kit inicial vem com a base, fases dos vingadores, fase de Asgard e fase dos Guardiões da Galáxia.

Os bonequinhos inclusos no pacote são o Thor, o Homem de Ferro e a Viúva Negra. Além desses itens, ao comprar um kit, você também recebe o disco da versão que comprou. Só lembrando que o Disney Infinity 2.0 está disponível para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox One, PC e Wii U.

É importante já comentar de antemão que a Disney foi gentil em criar acessórios compatíveis com todas as plataformas. Independente da versão comprada, você pode aproveitar os toys nos demais consoles — e só precisa comprar o game separado.

Nós passamos alguns dias brincando com as versões de PS3 e PS4. Conferimos todas as novidades e exploramos os tantos modos de jogo para ver o que o game tem de bom. Adiantamos que não se trata de um jogo inovador, mas sim de um upgrade para os fãs que gostam de colecionar bonequinhos e querem explorar os mundos mágicos da Marvel.

Vários modos de jogo

Para quem não conhece a proposta do jogo, a introdução de Disney Infinity 2.0, tal qual existia semelhante no primeiro game, é de suma importância. Em poucos minutos, uma animação pré-programa e com certa interatividade possibilita brincar com vários personagens.

Você começa como o Aladdin, vira a Sininho, se transforma na Princesa Merida (do filme Valente) e até no querido Stitch. É interessante que, apesar de dar uma boa demonstração, essa parte inicial se esquece de deixar evidente que esses personagens não podem ser usados nas fases da Marvel, que é o foco do novo game.

Aliás, é bom ressaltar aqui que, para quem tem bonequinhos da primeira versão na prateleira, o novo jogo é compatível com os brinquedos antigos. Uma pena que não dá pra jogar com o Mike Wazowski nas fases da Marvel. Pois é, os itens do jogo anterior só podem ser usados na ToyBox.

Pois bem, após acabar essa brincadeira, você é levado para o menu principal do jogo. Aqui, dá para inserir uma fase ou escolher uma das opções de modo livre — em que é possível construir cenários e aproveitar vários itens para criar seu próprio universo.

Há dois locais principais para esse tipo de brincadeira. A Toy Box é o local onde você pode fazer algumas missões de tutorial e personalizar o ambiente de acordo com seus desejos. O nome já diz tudo: trata-se de uma caixa de brinquedo. Conforme você progride nas fases (sejam as do kit inicial ou outras), você ganha pontos que podem ser usados para comprar brinquedos virtuais.

Após desbloquear alguns conteúdos, é possível utilizá-los neste local de diversão. Quer colocar o castelo da Cinderela? Quer misturar os personagens de Up, Branca de Neve e Muppets? Tudo é possível! Na Toy Box, você pode até mesmo criar joguinhos diferentes, incluindo modos de corrida e outros desafios para coletar objetos.

Além da Toy Box, você pode criar uma casa totalmente personalizada, misturando vários cenários dos seus desenhos favoritos. Basta acessar o My INterior para começar a brincadeira. Pinte as paredes, adicione móveis, inclua novos cômodos, acrescente personagens para popular sua casa e complete missões para ganhar ainda mais pontos. É tudo muito criativo e divertido.

Agora, se você não quiser brincar de montar cenário, em qualquer momento é possível colocar uma pecinha de fase jogável e entrar de cabeça no mundo Marvel. As peças do kit inicial trazem várias missões interessantes e recheadas de desafios.

O game traz uma historinha simples para cada cenário, sendo que tem até dublagem em algumas versões do jogo (mas há kits que só trazem o idioma inglês e espanhol). Na torre dos vingadores, você deve combater os invasores em um modo de aventura e lutar contra inimigos que já são velhos conhecidos dos filmes e quadrinhos.

Já na fase dos Guardiões da Galáxia, o objetivo é ajudar os personagens do filme (que aparecem nas cutscenes) a fugir da prisão. Para tanto, você deve completar os desafios de fases separadas e derrotar vários inimigos que estão pelo caminho. A visão de jogo nessa parte é em câmera isométrica e tem alguns puzzles pra resolver.

Por fim, temos a fase de Asgard, que é um minigame do tipo Tower Defense. É só posicionar as armas e barreiras e impedir que os adversários destruam os objetos preciosos, mas é preciso bolar estratégias, pois a cada novo round o desafio fica mais complexo. A parte legal é que você também pode bater nos inimigos para impedir a invasão!

Sistema de evolução inteligente

Conforme você vai lutando, além dos pontos que servem para adquirir novos objetos, seu personagem coleta pontos de experiência para liberar novas habilidades. Neste aspecto, Disney Infinity 2.0 dá um salto em relação a seu antecessor, incluindo várias novidades para deixar a jogatina mais divertida.

A árvore de habilidade é bem coerente, com uma série de novos poderes a serem conquistados. O jogo disponibiliza várias opções para melhorar a barra de vida, a defesa, os movimentos e, claro, os ataques.

Cada personagem tem ataques especiais que dão mais danos e há elementos de upgrade que necessitam de mais pontos para serem liberados, o que exige que o jogador planeje sua evolução cuidadosamente. E o mais legal é que as novas habilidades e pontuações ficam armazenadas no bonequinho do mundo real, ou seja, ao jogar em outro console, você pode levar seu personagem já evoluído. Bacana, não?

O Thor e o Homem de Ferro saem na vantagem porque podem voar e contam com especiais avassaladores, mas a Viúva Negra tem bons ataques com suas pistolas (e pode dar um pulo duplo que compensa suas limitações). Além disso, a agente Natasha Romanoff tem uma habilidade especial para ficar invisível aos olhos dos adversários.

Moleza e muito genérico

Dois pontos importantes a serem comentados são a questão da dificuldade e da limitação no desenvolvimento das fases. Tudo bem que o jogo é focado no público infantil e visa divertir acima de tudo, mas quando há muita facilidade a diversão acaba ficando monótona, afinal, não é preciso qualquer esforço por parte do jogador para combater os inimigos.

Quando jogamos em cooperativo, o título fica ainda mais sem graça por facilitar demais as coisas. São tantas as recompensas que você acaba nem sentindo o peso e a responsabilidade que é salvar a galáxia e lutar contra terríveis inimigos.

Outro problema são as fases repetitivas. A Disney caprichou na extensão dos cenários, mas não foi muito bem sucedida na questão do desenvolvimento. Há grandes chances de que você acabe se deparando com níveis recheados com os mesmos elementos (caixas genéricas, os mesmos itens decorativos, vilões sempre iguais).

E não estamos falando apenas de uma ou outra fase. Independente do universo escolhido, todas as fases são praticamente iguais. Tudo bem que é necessário uma similaridade para que o jogador identifique a continuidade dos ambientes, mas manter tudo muito parecido é um sério problema.

O infinito tem suas limitações

Estamos quase no fim da análise e é provável que você esteja se questionando quanto ao quesito visual do jogo. Pois bem, não vimos nada de surpreendente no design do game. A Disney apostou no estilo caricato e manteve os personagens bem simpáticos neste jogo, mas não temos nada que faça grande diferença se comparado ao primeiro título.

Os gráficos do game cumprem seu papel representativo, mas não vão muito além de mostrar um universo bonitinho. É fato que os visuais não são perfeitos, ainda mais no PlayStation 3 que é limitado, contudo, acreditamos que houve uma certa preguiça em puxar todo o poder do console, já que já nos divertimos com games muito mais complexos e similares que eram mais bonitos.

É claro que essa questão visual é apenas um detalhe, já que o mais importante aqui é a diversão, mas os comentários são pertinentes. Mesmo no PlayStation 4, é possível que você não fique boquiaberto com o “universo infinito” da Disney.

Enfim, os visuais não incomodam, mas os problemas de desempenho no Disney Infinity 2.0 são bem comuns e esses sim atrapalham a brincadeira. Lentidões e travamentos são bem comuns. O PlayStation 3 é o que mais sofre nesse sentido, mas o jogo de PS4 também não é perfeito. Os loadings são bem demorados e é perceptível o desleixo em algumas cutscenes que poderiam ser renderizadas com perfeição.

No modo Toy Box, por exemplo, o jogo fica muito devagar quando tem muitos itens na tela e chega a faltar memória quando colocamos muita coisa no modo de criação. No PS3, a performance fica sofrível, mas o pior é que a versão do PS4 apresentou erro e fechou sozinha.

Vale a pena?

Disney Infinity 2.0 chega com grandes promessas de levar o jogador a explorar vários cenários do mundo Marvel, mas o desenvolvimento dessa ideia acaba não sendo tão bom a ponto de nos convencer que este é um jogo para fãs dos quadrinhos.

Mesmo trazendo algumas novidades (personagens, fases, modos de jogo, upgrades, etc.) e melhorias em relação ao primeiro título, a versão 2.0 do Disney Infinity ainda não consegue manter a atenção do jogador por conta de alguns probleminhas banais.

A criançada talvez se diverta com as aventuras dos vingadores, mas o jogo tem várias fases genéricas e repetitivas, o que é bem chato pra quem pensa que este é um jogão diversificado. A salvação certamente é a Toy Box, que, mesmo limitada, pode ser um ponto-chave para explorar a imaginação. Uma boa ideia que a Disney teve foi a possibilidade compartilhar as Toy Boxes online — tem até uma seleção no site oficial e só é preciso logar com uma conta Disney para acessar fases criativas.

Os problemas de desempenho (recorrentes no PS3 e por isso a nota inferior na plataforma) e limitações para os personagens antigos são algumas coisas que a Disney poderia repensar. Não é o fim do mundo, mas o game podia ser bem mais interessante — com a simples adição de fases mais diversificadas — e divertido, ao proporcionar desafios mais intensos.

Os modos de criação são bem legais e há vários pontos positivos (desde a mistura de personagens e cenários até a diversão no modo cooperativo), mas o jogo pode não ser a melhor opção do gênero. Fora isso, ainda é preciso pensar no alto custo de ter um jogo que exige a compra de novos bonecos — e cada um custa quase 80 reais.

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Pontos Positivos
  • Bonecos Marvel ficam lindos na estante
  • Novas habilidades deixam a jogatina mais intensa
  • Diferentes tipos de fases para explorar o mundo das HQs
  • Modo Toy Box é diversão que não acaba mais
  • Muitas Toy Boxes criadas por outros jogadores são geniais
  • My INterior é uma boa forma de aproveitar todos os extras
Pontos Negativos
  • Fases genéricas
  • Nada de personagens dos X-Men
  • Longos tempos de loading
  • Problemas de desempenho recorrentes
  • Gráficos pobres no PS3