Imagem de Diablo III: Ultimate Evil Edition
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Diablo III: Ultimate Evil Edition

Nota do Voxel
95

Uma jornada completa contra o mal

Videoanálise

Diablo III passou da intriga para a glória em pouco tempo. Depois de um lançamento cheio de expectativas e algumas decepções, a Blizzard conseguiu renovar a experiência do jogo com as últimas novidades. Elas culminaram em Reaper of Souls, o desafio final para todos os guerreiros nefalem, até então disponível apenas para o PC.

No entanto, a versão para os consoles passou meses sem receber novidades, até que finalmente o pacote completo de Diablo III: Ultimate Evil Edition chegou para as plataformas da atual e da antiga gerações. Além de trazer todas as mudanças que o PC já experimentava, os jogadores podem agora embarcar em uma jornada definitiva contra o mal pela primeira vez nas telas do PlayStation 4 e do Xbox One — e o resultado final é muito satisfatório.

Uma adaptação bem aproveitada

Para começar, todas as novidades de Reaper of Souls estão presentes. Pode esperar pela classe dos cruzados, pelos calabouços aleatórios cheios de chefes e os níveis infinitos de Paragon, além dos novos sistemas de loot e criação de itens. O grande destaque continua sendo a renovação da experiência mesmo depois de ter terminado o jogo, percorrendo um modo de Aventura em que é possível seguir pelos cenários antigos na procura de grandes desafios e recompensas.

A adaptação para os controles continua sendo um convite interessante para os jogadores. Sua configuração simples, assimilando as magias para os botões do joystick, mantém a ampla variedade de habilidades que os guerreiros podem usar. A mira automática facilita lutar contra os monstros de uma forma agradável, mesmo contra grupos imensos de adversários.

Além disso, o jogo aproveita algumas características de cada plataforma para ajudar na navegação dos menus. No PS4, por exemplo, é possível abrir a janela do inventário com um simples toque no lado esquerdo do touchpad, enquanto o menu de habilidades é mostrado tocando no lado direito.

A navegação pelas janelas pode ser feita no mesmo local ou ainda pelos direcionais do controle, embora o touchpad perca um pouco da eficiência ao percorrer as várias abas na hora de equipar itens, por exemplo.

A partir desse ponto, o jogo se aproveita de um grande diferencial que o PC não pode executar: o multiplayer local. A jogatina pode ser estendida para até quatro jogadores no mesmo lugar, trazendo uma divertida experiência com os amigos que poucos títulos para console aproveitam.

Além disso, a conexão com a internet ajuda muito para que seu amigo possa importar o guerreiro para ajudá-lo na sua aventura. Como os personagens ficam salvos no seu perfil de usuário, é possível trazê-lo na hora de jogar juntos.

Outro detalhe interessante é o modo de aprendiz, que facilita uma partida entre personagens com níveis distantes aumentando a experiência e os atributos do novato. Assim, se aquele seu amigo for criar um novo guerreiro durante aquela aventura, vocês dois podem aproveitar da jornada sem muitas penalidades.

O único ponto negativo no multiplayer local é a limitação de acesso aos menus. Somente um jogador por vez pode entrar nas janelas de customização e compra, quebrando um pouco o ritmo de jogo quando todos precisam dar uma olhada nos itens e escolher novas habilidades. A situação se complica ainda mais quando estamos em grupos de quatro pessoas, podendo levar vários minutos apenas para checar os novos equipamentos.

Se você quiser seguir uma jornada pela internet, o jogo oferece vários meios de aproveitar os desafios sem perder o foco dos companheiros. Ao procurar uma partida pela rede, ele irá assimilar seu guerreiro com os níveis e objetivos selecionados pela sua escolha. “Matar monstros” ou “corrida contra tal chefe” são apenas algumas das opções disponíveis, facilitando a comunicação prévia entre os aventureiros.

A própria jogatina pela internet é incentivada pelo sistema de Nêmesis. Sabe aquele monstro forte que matou seu personagem naquela aventura? Pois então... Aqui ele será transportado para o jogo de um amigo para que ele se vingue da sua morte, ganhando interessantes recompensas com isso. Pelo menos a sua morte será honrada, não?

A evolução gráfica é notável desde o início da aventura. Diablo III: Ultimate Evil Edition não modifica a essência visual do jogo na nova geração, mas refina a tela de uma maneira muito agradável até mesmo para os olhos exigentes.

As animações ficaram mais leves, os cenários receberam mais detalhes e as linhas foram suavizadas de uma forma que aproveita a capacidade dos novos consoles. Embora alguns bugs possam acontecer aqui ou ali, a jogabilidade se mantém fluida mesmo quando hordas inteiras se espalham e recheiam sua vista com as mais diversas magias, travando lutas em 60 frames que só decepcionam se você morrer no final.

Vale a pena?

Eu sinto falta de um jogo que não precise deixar meus amigos esperando a vez de jogar. Há poucos títulos que poderiam ser encaixados nesse gênero “Bomberman” ou “Mario Kart 64” de interatividade de sofá, e com o tempo parece que os estúdios perderam o interesse nessa divertida forma de jogar video game.

O retorno dessa experiência me chama atenção desde a chegada de Diablo III para os consoles, levando para a sala de estar uma das jornadas mais gratificantes que um jogador pode imaginar. Sejam os viciados que chegam com seus personagens poderosos ou os novatos que só querem te acompanhar em uma aventura, Diablo III: Ultimate Evil Edition equilibra a experiência e sintoniza todos em uma só tela.

Os adicionais da expansão melhoram ainda mais essas possibilidades. Maior quantidade de desafios, sistemas reformulados e uma classe nova aumentam essa interatividade entre os jogadores. Enquanto isso, a experiência solo também não fica atrás, oferecendo um conjunto inteiro de aventuras para percorrer sozinho. Além disso, o modo online continua lá, pronto para lembrar que seus amigos também compartilham objetivos parecidos.

Quem já está na atual geração de consoles não se arrepende da fluidez e da riqueza dos gráficos. Apesar de não oferecer ferramentas muito distintas das plataformas anteriores, o jogo em si se mostra constantemente desafiador e belo — uma beleza que, desde 1996, é refletida da incansável luta contra o mal.

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Pontos Positivos
  • Adaptação dinâmica para os joysticks
  • Visual detalhado e fluído
  • Modo multiplayer bem integrado com a internet
Pontos Negativos
  • Telas individuais no multiplayer quebram o ritmo de jogo