Diablo III continua um game imenso, mesmo em formato mais compacto
Desde que Diablo III chegou ao PC, lá em 2012, eu tive contato com praticamente todas as versões do título. Com exceção do PlayStation 3 e do Xbox 360, usei todas as plataformas do mercado para me aventurar novamente contra os lordes do inferno, matando milhares de demônios e coletando um número ainda maior de equipamentos pelo caminho.
Enquanto isso me dava motivo de sobra para estar cansado do game, a versão Switch reacendeu a vontade de me aventurar pelo mundo do Santuário — algo que agora posso fazer em quase todo lugar. A Eternal Collection desenvolvida pela Blizzard faz o belo trabalho de reunir todos os elementos que ajudaram a consagrar o game em um formato mais compacto e que funciona bem tanto na TV de sua sala quanto em uma sessão rápida no ônibus para casa.
Adaptações necessárias
Há concessões, é claro: enquanto os itens, personagens, cenários e modos de jogo permanecem inalterados, há um downgrade gráfico evidente em relação às versões para PlayStation 4 e Xbox One. Mas isso não chega a ser exatamente um problema: Diablo III sempre foi muito mais sobre matar monstros e coletar itens do que sobre visuais de cair o queixo, e o Switch mantém tudo isso com um desempenho estável — e que traz como vantagem os menores tempos de loading de uma plataforma de mesa.
A diferença visual não é tão evidente quando jogamos no modo portátil, que ajuda a “esconder” algumas das bordas mais pixelizadas do jogo. Em compensação, a experiência aqui se volta mais para o single player do que para o multiplayer, que muitos diriam que é a “alma” de Diablo: o game costuma encher a tela de elementos, tornando difícil sua leitura em alguns momentos de mais ação (e ficando um verdadeiro caos quando mais de uma pessoa está na partida).
Minha principal crítica, no entanto, é em relação à possibilidade de jogar com somente uma unidade do Joy-Con. Isso sem dúvida é possível, mas é necessário aprender tantos atalhos e combinações de botões para conseguir fazer as ações que o game oferece que tudo se torna desnecessariamente confuso e pouco prático. Em outras palavras, se você quiser compartilhar o game com amigos é melhor que cada um tenha um controle completo em mãos.
Retorne a Santuário, vale a pena
Diablo III: The Eternal Collection traz ao Switch a experiência mais completa que o jogo já ofereceu em toda a sua história. Em uma só compra você tem acesso completo ao conteúdo-base, à expansão Reaper of Souls e ao pacote A Ascensão do Necromante, que garantem centenas de horas de diversão — e o melhor, o modo Aventura chega aberto logo de cara, evitando que você tenha que terminar a campanha principal caso assim deseje.
Fora algumas questões de adaptação que não funcionam muito bem, o jogo mantém todas as qualidades que o ajudaram a ser um dos games mais populares da Blizzard. A chegada do game ao Switch é muito bem-vinda e convida tanto a uma nova jogatina (dessa vez também portátil) quanto a uma primeira viagem pelo mundo de Santuário para quem não testou as versões anteriores.
Categorias
- Mantém todos os conteúdos vistos nas demais plataformas, com direito ao modo Aventura aberto logo de cara;
- Tem um desempenho estável jogando tanto no modo portátil quanto no dock;
- Os gráficos estão menos detalhados, mas ainda mantém o espírito do estilo da arte criado pela Blizzard
- Jogar com um único Joy-Con até é possível, mas exige sacrifícios demais;
- A tela pode ficar muito difícil de ler no modo portátil, especialmente quando há mais de uma pessoa jogando
Nota do Voxel