Imagem de Destiny: The Taken King
Imagem de Destiny: The Taken King

Destiny: The Taken King

Nota do Voxel
94

Muito além de um shooter: O Rei dos Possuídos deixa Destiny ainda melhor

Sejam bem-vindos de volta, guardiões. Um ano e dois DLCs após seu lançamento, Destiny chega a seu terceiro capítulo: O Rei dos Possuídos. O game está cheio de novidades interessantes que melhoram muito o gameplay e principalmente a história do título.

A nova saga começa quando Oryx, o possuidor da vontade e pai de Crota, resolve dar uma de papaizinho vingativo e vem tirar satisfação pela derrota de seu pimpolho. Picuinhas familiares à parte, o novo DLC conta com outras mudanças importantes.

Tudo começou antes do lançamento de “O Rei dos Possuídos”, quando a Bungie liberou a atualização 2.0 do game. Esse update serviu para balancear as armas e apresentar alguns novos equipamentos, itens e funcionalidades, como mais espaços para os contratos e level cap maior. Entre as mudanças mais importantes estão:

  • O nível máximo dos personagens passou a ser 40;
  • O nível de luz é calculado pela média de ataque e defesa dos seus equipamentos e é totalmente separado do nível do personagem;
  • Armas, fantasmas, itens de classe (marca voto e capas) e artefatos vão contribuir para o nível de luz e defesa;
  • Os valores de ataque e defesa das armas foram reescalados do ano 1 para o ano 2 (tudo o que tinha 365 de ataque possui 170 de ataque agora);
  • A vida máxima do personagem, assim como o dano das habilidades e a defesa, estará diretamente ligada ao nível de luz. Portanto, quanto maior a luz, mais resistente é o guardião.

Essas são só algumas coisinhas importantes para citar que tornaram Destiny algo bem diferente do que era antes.

Não foi há muito tempo, e aconteceu nessa galáxia mesmo

Parece que alguém está aprendendo a contar uma boa história. Ok, pode até não ser algo superoriginal, mas a forma de mostrar os acontecimentos melhoraram muito. A Bungie corrigiu um problema que era considerado por muitos o ponto mais negativo de Destiny: o enredo confuso e sonolento.

Logo no trailer de abertura, somos apresentados ao "afetuoso" papai Oryx. Durante a cena, podemos perceber que algo está diferente na trama do game. O Rei dos Possuídos conta um roteiro bem mais chamativo do que os DLCs anteriores e a cutscene em questão já é o suficiente para prender a atenção e dar aquela sede de vingança.

Na primeira missão do DLC, visitamos uma lua de Marte chamada Fobos, local onde acontece uma guerra. O mais legal de tudo é a ambientação desse primeiro embate contra os novos inimigos: há um ar sinistro e misterioso, que em certos momentos lembra algumas partes da franquia Dead Space.

Depois de cumprir essa missão e conhecer a mais nova ameaça ao universo, o jogador acompanhará uma boa história. A evolução no enredo é extremamente perceptível, visto que até mesmo os líderes da vanguarda estão mais participativos e, em alguns momentos, até engraçados.

A mudança na entonação da voz do fantasma também foi positiva e agora parece bem mais natural. O único ponto negativo é que o seu guardião não fala uma palavra durante todo o DLC, mas isso nem é tão ruim assim, já que a dublagem dele era bem ruinzinha.

Muita coisa para fazer...

Após terminarmos as missões do DLC, não pense que ficamos perdidos no espaço. Além dos famosos contratos que o robô Xander 99-40 nos dá, o game ganhou um sistema de missões bem mais profundo: as jornadas.

Assim como os contratos, esse novo sistema também nos pede para cumprir certos objetivos. A diferença é que as jornadas são bem mais complicadas de fazer e exigem muito mais dedicação do jogador.

Existem vários tipos de jornada: do crisol, da vanguarda, da Eris, da classe, do grupo ao qual nos aliamos, enfim, MUITOS! Essa novidade pode dar uma vida extra ao game, pelo menos até o próximo grande DLC.

... Muitos lugares para visitar...

O Rei dos Possuídos nos oferece um novo local para explorar: o encouraçado, a gigantesca nave mãe de Oryx que está parada nos anéis de Saturno. Após alcançarmos certo ponto da história, o local, assim como os planetas, é livre para ser explorado em patrulhas ou em missões.

Dentro do encouraçado, encontramos algumas coisas novas, como eventos que precisam de runas especiais para serem ativados e baús de espólios que contêm itens importantes para a manufatura de um novo tipo de arma: as espadas.

Como Oryx é um ser da colmeia, sua nave lembra bastante o estilo dos templos da Lua, mas não pense que apenas monstros dessa raça atacam os guardiões, pois por aqui existem muitos possuídos e até cabais buscando vingança.

... E inimigos para matar

Cansado de enfrentar cabais, colmeia, decaídos e vex? Prepare-se para lidar com todos eles em uma versão melhorada. Os possuídos são seres que um dia fizeram parte de uma dessas raças, mas que foram abduzidos por Oryx, voltaram como seus escravos e ganharam novos poderes. São vários inimigos evoluídos que podemos encontrar, entre eles:

  • Capitães Possuídos: esses caras são muito chatos, pois lançam um tipo de Hadouken negro que cega o alvo por um tempo;
  • Cavaleiros Possuídos: esses inimigos queimam áreas ao seu redor e causam dano por segundo;
  • Centuriões Possuídos: tão resistentes quanto suas formas originais, os Centuriões Possuídos soltam esferas perseguidoras;
  • Feiticeiras Possuídas: essas malditas invocam hordas de Escravos;
  • Psiônicos Possuídos: mate-os rápido, pois eles têm uma tendência de se dividir;
  • Vândalos Possuídos: sabe o poder "Guarda do Amanhecer" do titã? Pois é, não é mais uma exclusividade dos guardiões, já que esses inimigos podem copiar essa habilidade;
  • Falanges Possuídas: a única diferença deles para os Falanges originais é que eles podem usar seus escudos para lançar seus inimigos para longe com uma explosão;
  • Escravos Possuídos: esses carinhas são bem fracos. Entretanto, podem se teletransportar em curta distância, deixando as coisas bem mais complicadas. 

Vá em direção à luz

Outra mudança que vale a pena comentar é o sistema de Luz. Seus equipamentos não possuem mais um nível individual de luz, e agora o que conta é o ataque e a defesa desses itens. Ah e esqueça aquele limite que tínhamos antes do DLC, isso é coisa do passado.

Oferecendo uma forcinha aos novos guardiões, a Bungie deu uma mamata. Após iniciar “O Rei dos Possuídos”, seu personagem vai receber um item chamado "Faísca de Luz", que faz com que qualquer guardião pule automaticamente para o nível 25 e garante alguns itens.

A busca pelos novos poderes

Outra coisa pela qual os jogadores aguardavam ansiosamente eram as novas subclasses. Cada tipo de guardião do game — arcano, caçador e titã — ganhou um novo poder:

O titã recebeu a benção do sol e agora pode se tornar um Demolidor Solar. Equipado com um martelo sinistro, ele pode dar uma de Thor e tacar a marreta causando destruição por aí.

O caçador, conhecido por ser uma classe assassina eficiente, recebeu um poder mais digno de um personagem suporte. Os Predadores Noturnos — nome da subclasse — são equipados com um arco e flecha de vácuo que, ao acertar um inimigo, cria uma prisão temporária que amarra todos os outros em volta.

O arcano resolveu ter umas aulinhas com os Siths de Star Wars e aprendeu a soltar raios usando as mãos. Agora, aqueles que são conhecidos como Condutores da Tempestade soltam rajadas de raios que dão dano de arco nos inimigos e ainda acertam os mais próximos, criando uma corrente elétrica.

Não pense que a Bungie simplesmente jogou as novas subclasses do nada. Cada uma delas tem uma história e um porquê. Tudo isso é mostrado em missões solo. Você achou que era simplesmente atualizar o game e sair por aí atirando flechas de vácuo, martelos de fogo e soltando raios?

Coisinhas que fazem a diferença

Marcas lendárias

Sabe aquelas marcas da vanguarda e do crisol que lutamos tanto para conseguir? Bem, esqueça. Agora, só existem marcas lendárias, que serão utilizadas para comprar equipamentos que o os lideres da vanguarda e dos grupos a que podemos nos aliar vendem.

Contudo, não se desespere, jovem guardião, ainda é possível usar as antigas marcas para ganhar reputação da vanguarda e do crisol e cair no gosto da galera. Afinal, passar o nível com esses caras significa bons prêmios.

Infusão

Todos temos aquela arma que amamos. Pode ser um fuzil de batedor especial, canhão de mão charmoso ou até um lança-foguetes irado. O problema é que teremos que abandoná-los agora que as armas da expansão são bem mais fortes, certo? Não! Na verdade, existe uma "luz" no fim do túnel: a infusão.

Funciona assim: vamos supor que temos um amor especial por fuzil automático lendário, mas ganhamos um canhão de mão — também lendário — que tem um ataque melhor. Entrando no menu da arma (apertando triângulo nos consoles da Sony ou "Y" nos da Microsoft), podemos fazer a infusão. Basta termos todo o material necessário e selecionarmos qual armas queremos infundir.

Pronto! Agora o fuzil automático ficou mais forte, e o processo pode ser feito quantas vezes forem necessárias, contanto que o item escolhido para "fortalecer" tenha pontos de ataque mais elevados do que a arma em questão.

Fantasmas mais úteis

Por que seu guardião pode ficar estiloso e o fantasma não? Bem, isso acabou. Os fantasmas entraram para o glamoroso mundo da moda e podem ter várias cores. Ok, isso não importa muito, mas tem uma questão bem interessante no meio de tudo isso: agora eles estão mais úteis.

Quer mais? Os fantasmas podem ajudar a encontrar itens durante as patrulhas. Sim, os nossos amiguinhos brilhantes agora caçam girometal, ferro de relíquia e outros itens que existem na superfície dos planetas. O melhor de tudo: ainda colaboram com pontos de defesa. Dá-lhe "pequena luz"!

Pancadaria no Crisol

O Crisol também ganhou novos modos, oito novos mapas e balanceamentos. Parece que o reinado de terror de armas como "A Quebra Gelo", "Gjallarhorn" e "Espinho" está chegando ao fim. A Bungie quer deixar o modo PvP bem menos previsível, pois na maioria dos casos os grupos que tinham guardiões que dispunham dessas armas eram os vencedores.

Dá um pouco de trabalho, mas depois de um tempinho brincando no crisol conseguimos entender todas as nuances das novas mecânicas. Portanto, é necessário bastante prática para voltar a brilhar nas partidas PvP.

A temida incursão "A Queda do Rei"

Três dias depois do lançamento de O Rei dos Possuídos, a Bungie liberou a nova Incursão, "A Queda do Rei". Se você pensa que derrotar Oryx aqui vai ser melzinho na chupeta, esqueça. Só para se ter uma ideia, o nível de luz recomendado é 290! Portanto, é melhor se juntar a uma galera da pesada para vencer esse desafio.

Essa é a maior incursão, quando comparada com "A Câmara de Cristal" e "O Fim de Crota", ou seja, além de dar conta da dificuldade, também temos que contar com um pouco de paciência — e algumas vezes, sorte.

Vale a pena?

O que importa é que, apesar do preço salgado, Destiny: O Rei dos Possuídos é um DLC muito digno. Há algumas coisinhas que ainda incomodam, claro. Alguns exemplos são loadings imensos no meio das patrulhas, contratos ainda muito iguais aos anteriores e um pedido recorrente dos jogadores que não foi atendido (UM MAPA, BUNGIE, PELO AMOR DE DEUS!). Ainda assim, a expansão vale a pena e aumentar mais uma vez a nota do game é muito justo.

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Pontos Positivos
  • Atenção especial para a história, com ótimas cenas e NPCs mais participativos
  • Uma tonelada de novidades: armas, missões, equipamentos, interfaces, enfim, muita coisa
  • Adaptação da voz do fantasma
  • Crisol rebalenceado
Pontos Negativos
  • O longo tempo de algumas telas de recarregamento
  • Ainda sentimos falta de um mapa durante as patrulhas
  • Os contratos diários não oferecem algo muito diferente de antes