Imagem de Dark Sector
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Dark Sector

Nota do Voxel
82

Depois de quatro anos e muitas alterações Dark Sector finalmente chega ao Xbox 360.

A trama segue Hayden Tenno, um agente especial das forces armadas estadunidense, encarregado de infiltrar-se em uma instalação militar soviética na região de Lasria. Sua missão: encontrar outro agente, chamado Viktor — que fora envido para obter informações sobre o terrorista Mezner, responsável por uma epidemia que assola a Lasria.

Após dizimar várias levas de inimigos Hayden depara-se cara a cara com uma criatura estranha, extremamente forte e ágil (uma versão melhorada de Nemesis da série Resident Evil). Como resultado do encontro Hayden acaba sendo infectado por um vírus, inoculado pela estranha criatura a mando de Mezner.

Procurando por uma saída o agente especial Tenno, encontra um radio transmissor e entra em contato com seus superiores. Neste ínterim ele é atacado por um soldado, quando Hayden parecia sobrepujado seu braço (infectado pela criatura) ganha uma textura metalizada e cria uma lâmina afiada na forma de um glaive (três laminas unidas de forma semelhante a um shuriken, também pode ser comparado a um chakram), que Tenno utiliza para degolar o soldado.

Deste ponto em diante a história começa a ganhar tons ainda mais estranhos com os infectados (vitimas da epidemia desencadeada por Mezner) surgindo como zumbis, transformados em criaturas movidas a dor e fúria. Mas o mais importante é que a trama, que até desenvolve-se de forma interessante é subutilizada e realmente não empolga tanto quanto a jogabilidade. Os personagens surgem de forma aleatória e até mesmo o protagonista acaba parecendo vazio e insosso. O que é uma pena já que a história mesmo que partindo de uma premissa bem clichê, mostrava algumas boas idéias em seu argumento.

Mas de forma alguma isso prejudica a titulo, interferindo apenas no aproveitamento geral do jogo, que acaba destacando-se apenas pela sua boa jogabilidade e belos gráficos.


Não se mexe em time que está ganhando

É engraçado como um título nada original como Dark Sector, que se apropria descaradamente de elementos típicos de outros jogos populares como Gears of War, Resident Evil e até mesmo Splinter Cell, possa ser tão envolvente. Talvez justamente por mesclar de forma inteligente os pontos fortes de cada um de suas fontes, o jogo consegue trazer uma experiência tão interessante.

A câmera em terceira pessoa próxima (também conhecida como “segunda pessoa”) segue o mesmo estilo de Gears e Resident Evil 4 , você também encontrará outras semelhanças como o sistema de cobertura de Gears of War, no qual o jogador pode esconder-se atrás de paredes, muros e outros objetos, bem como a corrida que coloca a câmera acompanhando o personagem de forma dinâmica.

Tudo bem, então o jogo é uma cópia de Gears of War, quem foi que disse que isso é algo ruim. A jogabilidade é excelente e os gráficos proporcionam efeitos incríveis que fazem deste jogo mais um bom título para o Xbox 360.

Desperte a fúria do glaive
O quebra e rapa.

O cerne a diversão em Dark Sector está no uso e domínio do glaive e de suas incríveis habilidades. Após ser infectado, Hayden recebe algumas habilidades especiais, entre elas uma arma, poderosa e versátil, o glaive. Uma espécie de bumerangue com três laminas capaz de desmembrar seus inimigos à distância e retornar para a sua mão.

A princípio, a arma mais parece um sistema de combate secundário, mas conforme você avança na trama e acumula novas funcionalidades ao objeto ele rapidamente torna-se o principal elemento da jogabilidade sendo utilizado nos combates e na resolução de vários quebra-cabeças presentes ao longo dos níveis.

Você poderá guiá-lo à distância utilizando o manete analógico da direita, além de absorver momentaneamente o poder de alguns elementos como o fogo, gelo e eletricidade (tornando-o ainda mais mortal do que antes), por exemplo: um grande obstáculo de madeira está obstruindo o seu caminho, basta arremessar a sua arma em uma fogueira, capturando assim o elemento, então é só arremessar o glaive em chamas no obstáculo de madeira incendiando-o e resolvendo o seu problema.

Quem precisa da Unreal Engine 3

Dark Sector dá um show nos gráficos, o jogo alcança alguns bons momentos e em determinadas partes você irá pensar que o título foi gerado a partir da poderosa engine Unreal 3, mas nada disso, Dark Sector roda seus belos gráficos através da sua própria engine, desenvolvida pela Digital Extremes, o motor por trás dos gráficos do jogo é a Evolution Engine.

Diga xis! Apesar da controvérsia envolvendo a origem desta engine — alguns boatos acreditam que se trata de versão extremamente modificada da própria Unreal Engine 2.5 —, os engenheiros da Digital Extremes afirmam categoricamente que a Evolution Engine foi construída a partir do zero e inaugurada em Dark Sector. De concreto apenas os belos gráficos presentes no jogo.

Um ponto negativo é a palheta de cores extremamente limitada, que acaba restringindo as possibilidades visuais do título. Em contrapartida os efeitos de luz estão soberbos e as mutilações estão bem detalhadas (excelente notícia para os jogadores mais sanguinolentos), sem contar que os FPS (frames por segundo) mentem-se estável durante a maior parte do jogo, transmitindo uma grande fluidez ao jogador.

A lâmina viva

Os efeitos sonoros são outro destaque do jogo, sua trilha musical, mesmo que pouco presente acrescenta ao clima do jogo, sendo que os efeitos de som criam um ambiente ainda mais sinistro.

Nada como ouvir as laminas do seu glaive cortarem o ar, produzindo o característico som, imortalizado nas páginas dos quadrinhos do mutante Wolverine. Vale lembrar o trabalho dos atores que dublaram os personagens, em especial o protagonista, cuja voz foi emprestada pelo ator Michael Rosenbaum — isso mesmo o Lex Luthor da série de televisão Smallville (vinculada no Brasil pelos canais SBT e Warner Channel).
 
Dilaceração em massa

Dark Sector também possui suporte para partidas multiplayer online, entretanto a função acrescenta pouco ao título. Você poderá participar de partidas ranqueadas ou casuais, entretanto em ambas as modalidades você encontrará apenas dois sistemas de jogo: Epidemic e Infection.

 Em Infection você encontra um cenário nada amistoso. Basicamente trata-se de um Deathmatch de todos contra um (um jogador controla Hayden e todos os outros comandam soldados).

No rosto não! Já em Epidemic é uma variação do tradicional Team Deathmatch, em um sistema análogo ao do modo VIP em Halo 3, que envolve as duas equipes, cada uma com um capitão, sendo que o objetivo dos grupos é justamente eliminar os capitães, no caso ambos possuem as habilidades especiais de Hayden. Mas infelizmente nenhuma das opções realmente aproveita as grandes vantagens do jogo, no caso o glaive e as habilidades especiais de Hayden, uma pena.

Faltou alguma coisa

Dark Sector é mais um bom título para o PS3, seus gráficos impressionam e sua jogabilidade consegue entreter por muitas horas, mesmo porque a campanha singleplayer estende-se por cerca de quinze horas.

Certamente se a história fosse mais desenvolvida, e aproveitasse melhor as próprias idéias apresentadas pelo argumento do jogo; um bom exemplo é a analgia congênita do protagonista — a doença que impede a pessoa de sentir dor poderia ter conseqüências interessantes na trama, mas como outros pontos da história não devidamente explorada.

O jogo traz uma lista bem interessante de conquistas a serem desbloqueadas, tanto no modo singleplayer como no modo multiplayer. Mas o glaive certamente é o ponto alto do título, acrescentando muita diversão ao jogo com as suas diferentes funções e sistema de controle.

No final das contas você ficará com a sensação de que o jogo poderia ter sido ainda melhor se não tivesse esbarrado em alguns probleminhas simples, o que cria uma boa expectativa para uma possível continuação, na qual tais problemas sejam superados.

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