O primeiro suspiro da próxima geração arrancará seu fôlego
Videoanálise
Tudo bem. O PlayStation 4 acabou de ser anunciado. E eu confesso que isso mexeu muito comigo. Mas, enquanto o novo console da Sony não chega, nós já podemos ter um vislumbre do que será a próxima geração. Como? Com Crysis 3, é claro.
A franquia sempre foi reconhecida por quebrar as barreiras em relação a gráficos, gerando aquela velha pergunta entre os PC gamers: “Seu PC roda Crysis?”. E, com Crysis 3, as coisas não são diferentes. Temos, sem dúvidas, os melhores gráficos já rodados em um PC (tá certo que você precisa de uma máquina da NASA para tirar total proveito do game, mas isso é outro assunto).
Com o estardalhaço visual causado por Crysis, começa a surgir outra dúvida entre os jogadores: “Mas Crysis se resume apenas a belos gráficos?”. Antes de continuar, quero ressaltar que não estou cercado por amigos chatos e que não se contentam com absolutamente nada. Essas duas perguntas foram naturais, e a própria Crytek, responsável pelo desenvolvimento do título, se conscientizou disso.
Estava lançado o desafio: criar um jogo com gráficos sinistros e que, ao mesmo tempo, também fosse um jogo sinistro. Crysis 2 chegou, fez bem o seu papel, principalmente na parte gráfica (novamente deixando todos loucos). Agora, Crysis 3 surge com a dura missão de criar um game não só com visuais superiores, mas também com uma experiência definitiva para o gênero dos FPS. Será que teremos apenas fumaça e espelhos ou Crysis 3 também dá aula de como se fazer um jogo de tiro?
Crysis 3 é, sem dúvidas, uma obra prima em termos gráficos. Não há como negar que a Crytek alcançou, mais uma vez, um patamar sem igual nos visuais. E mais: aproveitando-se das vantagens técnicas, o jogo também se desenvolve bem na dramaticidade e na maneira de convencer o jogador de que ele realmente está em uma guerra pós-apocalíptica numa Nova York dominada pela natureza.
Infelizmente, o jogo, mesmo excelente, ainda desliza em alguns aspectos cruciais que o impedem de atingir seu ápice. Uma campanha curtíssima, um ritmo indeciso de jogo (stealth ou Rambo?) e a falta de combates épicos são suficientes para causar arranhões notáveis na belíssima Nanosuit trajada por Crysis 3.
Nota do Voxel