O mesmo agente, a mesma cidade, os mesmos erros... Só que agora com zumbis!
Após três longos anos de espera, assim que você colocar a sua cópia de Crackdown 2 no console e adentrar Pacific City, naturalmente vai brotar a pergunta: “será que eu coloquei o disco errado?”. Isso porque Crackdown 2 é virtualmente idêntico ao seu antecessor: a cidade é a mesma, o seu agente sem nome é o mesmo, a falta de uma história se mantém e, o que é ainda pior, as escorregadas também são as mesmas.
Mas não entenda mal. Isso não é propriamente ruim. Quer dizer, atravessar uma Pacific City (ainda mais) arruinada para coletar orbes e instaurar o caos continua sendo tremendamente divertido — sobretudo graças à expansão do modo cooperativo, agora com suporte para até quatro jogadores simultâneos. O problema é que nada realmente digno de nota é capaz de dar autonomia ao título, que se parece com um enorme conteúdo para download.
Não que a Ruffian Games não tenha sido particularmente bem sucedida em transformar Pacific City em um lugar ainda menos convidativo. Em lugar das gangues em batalhas perpétuas pelas ruas, apenas três forças principais dividem o cenário aqui: a sua fiel e perseverante Agency, uma organização terrorista que atende por Cell e, finalmente,... Zumbis!
Basicamente, um misterioso vírus se espalhou pela cidade criando toda uma turba de aberrações genéticas — morlocs, na falta de uma definição melhor. Contudo, as criaturas ocupam as paisagens da cidade apenas à noite, já que sofrem combustão instantânea na presença do Sol.
Em outras palavras, a situação agora é mais ou menos a seguinte: durante a noite, hordas de párias geneticamente alteradas ocupam as ruas e destroem o pouco que conseguiu vir inteiro do primeiro jogo — as construções e ruas estão de fato muito mais depredadas. De dia, os terroristas do Cell — sem nenhum motivo muito razoável — destroem o que sobrou. No meio disso tudo, alguns milhares de cidadãos perambulantes e o seu agente geneticamente modificado correndo desesperadamente atrás de orbes.
A decisão aqui é razoavelmente simples. Se você jogou o primeiro Crackdown, se divertiu transformando todo o cenário em uma praça de guerra e saltando entre prédios e gostaria de mais uma boa dose disso, pode ser uma boa ideia tentar a sorte em uma versão ainda mais caótica de Pacific City. Os novos modos multiplayer também tem seu peso — sobretudo o modo cooperativo para quatro jogadores.
Agora, se você é fã de jogos sandbox de forma geral, é melhor pensar duas vezes. Um dos maiores chamarizes do primeiro Crackdown era o fato de o título ter sido o primeiro jogo de mundo aberto produzido para a atual geração de games. Só que hoje nós vivemos em um mundo pós-GTA IV, certo? Em outras palavras, visitar a mesma Pacific City pode não ser a melhor coisa a fazer com o seu dinheiro atualmente.
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Nota do Voxel