Vida longa ao Counter-Strike!
Em meados de 1999, 2000 surgiu um jogo no mercado brasileiro que continha elementos táticos, combate e jogabilidade rápida, além de ser altamente viciante. Não só conquistou legiões de jogadores como estimulou um setor inteiro de comércio, as Lan Houses. Mesmo sendo a princípio apenas um mod para Half Life, ele ofuscou o game principal a ponto da distribuidora, Valve, adquirir seus direitos. Agora, com Half Life 2 e um nova engine, é claro que a publisher não iria perder a oportunidade ajudar as vendas anexando o Counter Strike Source ao game original.
Um shooter que fez história
Counter Strike é um jogo para quem tem banda larga. Não só pelo fato de que para se desfrutá-lo completamente deve ser jogado online, como também pelo fato de seus updates serem grandes e demorados. O servidor da Valve, talvez por fruto do azar, proveu velocidades muito baixas de download, além de pausas inexplicáveis durante a atualização causando aborrecimento logo no início.
Já quanto ao enredo, não há com o que se preocupar, basta dizer que existem 2 times com objetivos distintos: um, os terroristas, devem instalar bombas com timers e o outro, os contra-terroristas, devem salvar reféns. Há também é claro, a opção de ganhar através do mata-mata, eliminando todo mundo do grupo inimigo. Foram eliminadas as missões VIP, em que se deve salvar um único refém importante e as Escape, onde terroristas começam só com pistolas e devem escapar para um determinado ponto. Apesar destes mapas nunca terem sido muito populares é uma pena que estejam ausentes, pois contribuiriam para diversificar ainda mais o jogo.
Após instalar o game e colocá-lo em dia, deve-se procurar um servidor online com ping baixo (intervalo de resposta de envio e recebimento dos dados para o servidor). Felizmente existem muitos no Brasil uma vez que o jogo permanece bastante popular. O menu inicial contém agora opções diversas para afinar melhor as configurações para o potencial do seu micro, já que outras tecnologias gráficas foram adicionadas.
As novidades
A primeira coisa que chama atenção é a recém implementada variação dinâmica de preços. A Valve bolou algo interessante para estimular os jogadores a comprar armas pouco usadas e limitar o uso das famosas Awp e Desert Eagle, por exemplo. Funciona assim: a cada semana as armas mais compradas tem seu preço aumentado enquanto as menos usadas entram para a classificação “barganha”. O colete e o capacete estavam a mirabolantes 4500 na ocasião dos testes.
Durante o jogo, é possível notar diversas pequenas diferenças que o tornaram mais equilibrado entre as equipes. Primeiro de tudo é que a bomba possui tempo de detonação menor, incitando os contra-terroristas a desarmá-la mais rápido. Além das armas, granadas e kits de desarmamento ficam no chão, deixando o jogo mais verossímil. O headshot (HS) ficou mais fácil de ser feito, deixando as shotguns e sub metralhadoras mais úteis, especialmente nos mapas com troca de tiros curto. Apesar de ser mais interessante, isso deixa margem para que a sorte dos novatos entre em ação, fazendo com que muitas mortes injustas ocorram.
Para aqueles acostumados com a versão antiga, o que mais causa estranhamento são as novas texturas e efeitos causados pelas melhorias gráficas. A mudança dos tipos de paredes e detalhes em geral foi tanta que às vezes nem parecem o mesmo mapa. Após isso, notar-se-á que as granadas realmente estão cumprindo seu dever: a de fumaça de fato oculta qualquer movimentação além dela, impedindo especialmente a ação de Snipers, e as Flashbangs atordoam visualmente deixando a vista turva, trêmula e ofuscada; não bastando isso elas afetam a audição, causando um apito incômodo por alguns segundos, tal como ocorreria em uma situação real.
Para os novatos, existe de fábrica um modo offline surpreendentemente bom. Os bots, como são chamados os inimigos controlados pelo computador, possuem 4 níveis de dificuldade que não variam somente o poder de fogo e mira, mas também sua capacidade de organização tática. Curioso também são seus diálogos por vozes, que deixam o jogo um pouco mais próximo da experiência online. Por fim, outra facilidade implantada é um novo radar, em que os inimigos são mostrados em cores diferentes e com pontos maiores, facilitando a identificação de aliados e evitando assim o incômodo friendly fire (ataques sofridos por aliados).
Mesmos caminhos, novos visuais
Dentre as novidades visuais, inclui-se aí o efeito HDR lighting, que agraciou o céu e os reflexos nas paredes com mais realismo, o Anysotropic Filtering que permitiu que o cenário se tornasse mais profundamente detalhado, ajudando inclusive a deixar os inimigos mais nítidos e o Pixel Shader, que deixou a água mais viva e convincente. Os modelos dos personagens foram melhorados assim como sua movimentação, enfim, visualmente não há do que reclamar.
O jogo usufrui também da engine de física Havok, permitindo algumas possibilidades estratégicas como empurrar barris e armários para obstruir a passagem dos inimigos. Pequenas garrafas e latinhas estão distribuídas nos mapas porém não influenciando consistentemente, mas adicionando um grau de realismo ainda maior. Ao morrer, os corpos caem aleatoriamente e são atirados para diversas direções, reagindo à força dos projéteis. O jogo não conta exatamente com as mesmas possibilidades de Half Life 2 como pegar objetos e atirá-los pois tudo isso requisitaria ainda mais do servidor e da conexão, o que deixaria a partida mais lenta.
Os efeitos sonoros ficaram muito melhores. Cada projétil responde de maneira diferente em cada superfície, causando ainda mais impacto e deixando o combate mais emocionante. O sons dos tiros comportam-se de maneira diferente em cada cenário: nos ambientes abertos, é fácil distinguir a origem dos disparos mas não é tão fácil escutar os passos. Já nos ambientes fechados, dependendo da superfície em que se está pisando, escutar o caminhar pode variar desde pequenos ruídos até estrondosos barulhos. Parece pouco afinal, a versão anterior também continha algo disso. A novidade é a diferença entre o ruído de fundo e os barulhos feitos pelos personagens, pois aumentar o volume pode fazer com que o inimigo seja escutado só que ao custo do ensurdecimento do jogador com o barulho das rajadas de fogo.
Um clássico revigorado
Afinal, temos um título que merecidamente recebeu as vantagens das novas tecnologias disponíveis com o Half Life 2. Sendo desenvolvido em conjunto com os criadores originais do Counter Strike, este título não pode ser chamado nem de continuação, nem de expansão e sim apenas de melhoramento. Para os fãs do título e todos aqueles que não enjoaram das longas horas de frags, é uma pedida imperdível. Para os que já experimentaram e não gostaram, não há absolutamente nada de novo. Independente do caso, não há o que se argumentar contra a importância de Counter Strike para a indústria de entretenimento e até mesmo para a história de games.
Um shooter que fez história
Counter Strike é um jogo para quem tem banda larga. Não só pelo fato de que para se desfrutá-lo completamente deve ser jogado online, como também pelo fato de seus updates serem grandes e demorados. O servidor da Valve, talvez por fruto do azar, proveu velocidades muito baixas de download, além de pausas inexplicáveis durante a atualização causando aborrecimento logo no início.
Já quanto ao enredo, não há com o que se preocupar, basta dizer que existem 2 times com objetivos distintos: um, os terroristas, devem instalar bombas com timers e o outro, os contra-terroristas, devem salvar reféns. Há também é claro, a opção de ganhar através do mata-mata, eliminando todo mundo do grupo inimigo. Foram eliminadas as missões VIP, em que se deve salvar um único refém importante e as Escape, onde terroristas começam só com pistolas e devem escapar para um determinado ponto. Apesar destes mapas nunca terem sido muito populares é uma pena que estejam ausentes, pois contribuiriam para diversificar ainda mais o jogo.
Após instalar o game e colocá-lo em dia, deve-se procurar um servidor online com ping baixo (intervalo de resposta de envio e recebimento dos dados para o servidor). Felizmente existem muitos no Brasil uma vez que o jogo permanece bastante popular. O menu inicial contém agora opções diversas para afinar melhor as configurações para o potencial do seu micro, já que outras tecnologias gráficas foram adicionadas.
As novidades
A primeira coisa que chama atenção é a recém implementada variação dinâmica de preços. A Valve bolou algo interessante para estimular os jogadores a comprar armas pouco usadas e limitar o uso das famosas Awp e Desert Eagle, por exemplo. Funciona assim: a cada semana as armas mais compradas tem seu preço aumentado enquanto as menos usadas entram para a classificação “barganha”. O colete e o capacete estavam a mirabolantes 4500 na ocasião dos testes.
Durante o jogo, é possível notar diversas pequenas diferenças que o tornaram mais equilibrado entre as equipes. Primeiro de tudo é que a bomba possui tempo de detonação menor, incitando os contra-terroristas a desarmá-la mais rápido. Além das armas, granadas e kits de desarmamento ficam no chão, deixando o jogo mais verossímil. O headshot (HS) ficou mais fácil de ser feito, deixando as shotguns e sub metralhadoras mais úteis, especialmente nos mapas com troca de tiros curto. Apesar de ser mais interessante, isso deixa margem para que a sorte dos novatos entre em ação, fazendo com que muitas mortes injustas ocorram.
Para aqueles acostumados com a versão antiga, o que mais causa estranhamento são as novas texturas e efeitos causados pelas melhorias gráficas. A mudança dos tipos de paredes e detalhes em geral foi tanta que às vezes nem parecem o mesmo mapa. Após isso, notar-se-á que as granadas realmente estão cumprindo seu dever: a de fumaça de fato oculta qualquer movimentação além dela, impedindo especialmente a ação de Snipers, e as Flashbangs atordoam visualmente deixando a vista turva, trêmula e ofuscada; não bastando isso elas afetam a audição, causando um apito incômodo por alguns segundos, tal como ocorreria em uma situação real.
Para os novatos, existe de fábrica um modo offline surpreendentemente bom. Os bots, como são chamados os inimigos controlados pelo computador, possuem 4 níveis de dificuldade que não variam somente o poder de fogo e mira, mas também sua capacidade de organização tática. Curioso também são seus diálogos por vozes, que deixam o jogo um pouco mais próximo da experiência online. Por fim, outra facilidade implantada é um novo radar, em que os inimigos são mostrados em cores diferentes e com pontos maiores, facilitando a identificação de aliados e evitando assim o incômodo friendly fire (ataques sofridos por aliados).
Mesmos caminhos, novos visuais
Dentre as novidades visuais, inclui-se aí o efeito HDR lighting, que agraciou o céu e os reflexos nas paredes com mais realismo, o Anysotropic Filtering que permitiu que o cenário se tornasse mais profundamente detalhado, ajudando inclusive a deixar os inimigos mais nítidos e o Pixel Shader, que deixou a água mais viva e convincente. Os modelos dos personagens foram melhorados assim como sua movimentação, enfim, visualmente não há do que reclamar.
O jogo usufrui também da engine de física Havok, permitindo algumas possibilidades estratégicas como empurrar barris e armários para obstruir a passagem dos inimigos. Pequenas garrafas e latinhas estão distribuídas nos mapas porém não influenciando consistentemente, mas adicionando um grau de realismo ainda maior. Ao morrer, os corpos caem aleatoriamente e são atirados para diversas direções, reagindo à força dos projéteis. O jogo não conta exatamente com as mesmas possibilidades de Half Life 2 como pegar objetos e atirá-los pois tudo isso requisitaria ainda mais do servidor e da conexão, o que deixaria a partida mais lenta.
Os efeitos sonoros ficaram muito melhores. Cada projétil responde de maneira diferente em cada superfície, causando ainda mais impacto e deixando o combate mais emocionante. O sons dos tiros comportam-se de maneira diferente em cada cenário: nos ambientes abertos, é fácil distinguir a origem dos disparos mas não é tão fácil escutar os passos. Já nos ambientes fechados, dependendo da superfície em que se está pisando, escutar o caminhar pode variar desde pequenos ruídos até estrondosos barulhos. Parece pouco afinal, a versão anterior também continha algo disso. A novidade é a diferença entre o ruído de fundo e os barulhos feitos pelos personagens, pois aumentar o volume pode fazer com que o inimigo seja escutado só que ao custo do ensurdecimento do jogador com o barulho das rajadas de fogo.
Um clássico revigorado
Afinal, temos um título que merecidamente recebeu as vantagens das novas tecnologias disponíveis com o Half Life 2. Sendo desenvolvido em conjunto com os criadores originais do Counter Strike, este título não pode ser chamado nem de continuação, nem de expansão e sim apenas de melhoramento. Para os fãs do título e todos aqueles que não enjoaram das longas horas de frags, é uma pedida imperdível. Para os que já experimentaram e não gostaram, não há absolutamente nada de novo. Independente do caso, não há o que se argumentar contra a importância de Counter Strike para a indústria de entretenimento e até mesmo para a história de games.
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