Call of The Sea é um mergulho lovecraftiano sem todo o terror abissal
O universo de horror cósmico criado por H.P. Lovecraft já serviu de inspiração para diversos filmes e games, como Bloodborne e Call of Cthulhu. E agora, a desenvolvedora Out of the Blue decidiu beber desta fonte, lançando em 8 de dezembro Call of The Sea, seu título de ação e puzzle baseado nos trabalhos do famoso escritor.
(Fonte: Raw Fury/Reprodução)Fonte: Call of the Sea
Mas será que este jogo indie vale a pena? Confira nossa análise para descobrir!
Norah, a aventureira
Em Call of the Sea voltamos para o ano de 1934 e acompanhamos a jornada de Norah Everhart, uma mulher acometida por uma doença que a Medicina não consegue explicar e que já tomou a vida de outros membros de sua família, incluindo sua mãe.
(Fonte: Voxel/Stella/Reprodução)Fonte: Voxel
Nossa protagonista está em busca de seu marido Harry, que partiu em uma expedição justamente para encontrar uma cura para sua amada, mas acaba desaparecendo de forma enigmática.
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A única pista do paradeiro do homem é um pacote misterioso contendo uma foto dele, uma chave, uma estranha faca ritualística e uma nota com coordenadas marítimas, que levam a personagem até uma linda ilha paradisíaca ao leste do Taiti.
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Contudo, o local parece não ter sido feito para aproveitar e relaxar, exibindo resquícios de uma civilização perdida que apontam para um passado sombrio e cheio de segredos que parecem ter levado a tripulação de Henry e de outra embarcação, Lady Shannon, à loucura.
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Ao desenrolar da trama, descobrimos mais detalhes sobre o final infeliz daqueles que ousaram pisar na ilha, como sua sanidade foi se esvaindo gradualmente, e somos obrigados a ajudar Norah tomar uma difícil decisão: viver ou amar.
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Mesmo com inspirações no “Cosmicismo”, o game não faz parte do gênero de terror, sendo puxado mais para um conto de mistério e amor com muitas investigações a serem realizadas.
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Sua duração é curta, mas a trama é envolvente e muito bem apresentada, e os comentários que a protagonista faz para si mesma ao explorar o local ajudam a entender mais sobre seu passado, seu casamento e o amargo futuro que sua enfermidade pode trazer.
A busca constante para solucionar o mistério
O estilo principal do título é puzzle, ou seja, é preciso explorar cada cenário com muito cuidado para encontrar todas as pistas necessárias que levarão a solução do quebra-cabeça.
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Cada vez que Norah avistar algo importante, aparecerá uma nota nova em seu caderno, e são com estas dicas que o jogador precisa desvendar os problemas para avançar para a próxima área e compreender mais sobre o destino de Henry e o mal que acomete nossa exploradora.
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Para quem gosta deste gênero, com certeza vai se divertir muito o título. Agora, se não for a sua praia, pode ser que Call of The Sea comece a ficar um pouco cansativo, principalmente no terceiro capítulo, no qual a quantidade de enigmas a serem desvendados me deixou um tanto quanto confusa e fiquei rodando por um tempo até descobrir a ordem certa de tudo.
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E para quem gosta de fuçar cada cantinho dos mapas, o interessante é que existem itens secretos em cada capítulo, que são colecionáveis especiais que concedem parte dos troféus necessários para platinar o jogo.
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Vale a pena?
Mesmo com alguns puzzles sendo meio confusos e demorando um pouco para desvendar, o game é relativamente curto. Ou seja, mesmo que você empaque em alguns momentos, não vai acabar extremamente entediado ou frustrado, e quando descobrir a solução, ainda será presenteado com mais uma peça da trama e do mistério da vida de Norah.
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Os gráficos são simples, porém bonitos. A ilha passa de momentos muito coloridos para sombrios em uma transição bem pensada, e juntando com as referências ao universo de H.P. Lovecraft, é um prato cheio para quem quer experimentar algo novo em um final de semana e ainda ter tempo para fazer outras coisas.
(Fonte: Voxel/Stella/Reprodução)Fonte: Voxel
Afinal, todo game tem sua dose de probleminhas, mas se você é fã do autor e curte uma boa história com dois finais bem pensados, então vale muito a pena dar uma chance para Call of The Sea.
(Fonte: Voxel/Stella/Reprodução)Fonte: Voxel
Call of The Sea foi gentilmente cedido pela Raw Fury para a realização desta análise.
"Call of the Sea é um mergulho profundo no universo lovecraftiano, mas com as proteções necessárias para deixar os terrores abissais bem longe"
Fontes
Categorias
- Pontos Positivos
- História envolvente
- Cenários bonitos
- Ótimas referências a Lovecraft
- Para quem gosta de puzzles, é uma boa escolha
- Alguns quebra-cabeças são confusos
- Para quem não gosta de puzzles, pode ficar maçante
Nota do Voxel