Embora razoável, Final Fronts é uma opção limitada de FPS para os usuários do PS2.
Como sempre, a Activision tenta atingir a maior quantidade de plataformas com uma das séries de tiro em primeira pessoa (FPS) mais famosas de todos os tempos: Call of Duty. A versão World at War realmente despontou com esplendor em outras plataformas, embora muitos achassem que Modern Warfare ainda supera a guerra exibida em WaW.
E bem, há sempre o dilema de jogar FPS em consoles, tendo em vista que o computador possui controles muito mais práticos para tal gênero. Enfim, WaW apareceu no PlayStation 2 na forma de Final Fronts, um resultado levemente interessante criado pela equipe de desenvolvedores da Rebellion. Ao contrário da Treyarch (responsável pelo desenvolvimento de WaW em outras plataformas), a Rebellion não causou um impacto forte.
Realmente, o retorno à Segunda Guerra Mundial não brilha tanto no PS2. Apesar da ambientação bastante convincente e de outros aspectos técnicos razoáveis, muitos usuários do console mais vendido da Sony (até quando esta análise foi escrita) podem avaliar Final Fronts como uma perda de tempo e dinheiro devido às fortes limitações que o título possui.
Surpresa! Apenas um modo de jogo
Para começar, uma das maiores limitações de Final Fronts é, sem dúvida, a falta de modos de jogo diferenciados. O jogador pode se divertir com o game através das seguintes maneiras: campanha principal e... Campanha principal. O menu de opções, perto do menu principal do jogo, é intensamente mais amplo e mais completo. Uma pena.
Escolhendo um dos tradicionais quatro níveis de dificuldade do game (Easy, Regular, Hardened ou Veteran), o jogador parte diretamente para a guerra. Os níveis, aliás, constituem um dos pontos fortes de Final Fronts: a emoção. Mesmo com os obstáculos técnicos proporcionados pelo hardware mediano do PS2 e mesmo com as demais limitações do jogo, é bastante desafiador (mais para os iniciantes) e divertido eliminar soldados inimigos.
É claro que, para os gamers experientes, deve-se constatar que a campanha deve ser obrigatoriamente experimentada nos níveis Hardened ou Veteran. Observando que o lança-chamas (arma adquirida logo no começo dos tiroteios) possui combustível infinito e só pára de funcionar quando esquenta demais, não fica muito difícil eliminar os adversários.
Para quem experimentou (mesmo que por um breve período de tempo) as demais versões de World at War, fica fácil constatar que Final Fronts possui algumas modificações no desenrolar dos eventos e das batalhas. Apesar das mudanças, a apresentação, os diálogos e a ambientação como um todo estão plenamente satisfatórias.
E, apesar dos pesares, é Call of Duty. O clima intenso de guerra envolve o jogador a todo o tempo e os elementos-base da série (tais como plantar bombas para explodir canhões AA e utilizar metralhadoras fixas para eliminar hordas de soldados inimigos) continuam firmes e fortes.
Para muitos, uma combinação demasiadamente familiar
A Activision arriscou bastante com o retorno de cenários da Segunda Guerra Mundial. E, no caso de Final Fronts, isso está ainda mais maçante, devido aos controles extremamente simples que o título apresenta. Há realmente poucas inovações na jogabilidade e no desenrolar dos acontecimentos. Portanto, vários críticos e jogadores afirmam que esta versão de WaW não apresenta nada de intrigante.
Apesar da pressa apresentada pela Rebellion em exibir os aspectos "novos" de WaW — como o próprio lança-chamas — e do retorno da Segunda Guerra Mundial, o jogo pode satisfazer tranqüilamente aqueles que nunca experimentaram um título do gênero. Os avisos e tutoriais presentes são fundamentais para que os iniciantes adquiram as habilidades básicas dentro de um campo de batalha.
Dessa forma, a jogabilidade foi imediatamente afetada. Final Fronts dá a impressão de ser um jogo "água-com-açúcar" nesse aspecto, pois respeita tudo o que há de importante na franquia (comandos interessantes e animações envolvendo trincheiras, explosões, armas e tiroteios), mas não acrescenta nada de inovador. Jogabilidade prática? Talvez até demais.
Alguns probleminhas
A inteligência artificial de Final Fronts não é aquilo que a maioria dos usuários do PS2 esperava. Muitas vezes, os companheiros de equipe do jogador agem de forma estranha e inesperada, obstruindo a linha de tiro ou deixando o gamer completamente sem cobertura. Sim, pelo menos os soldados são sólidos (nem o jogador e nem as balas atiradas atravessam seus corpos), mas isso pode atrapalhar muito na execução de tiros que demandam maior precisão.
Levando em consideração que este é o quinto título da série, muitos fãs podem facilmente se desapontar com o rápido desenrolar da campanha. Com o método de "recuperação completa de balas recebidas" através de uma curta espera em um local seguro, aspecto tradicional de Call of Duty, não é tão difícil superar a campanha. E, tendo em vista que há apenas um modo de jogo, isso realmente não é muito atraente.
Há também certos problemas quando ao desempenho dos soldados em meio aos tiroteios. A granada, por exemplo, explode de forma muito mais rápida em comparação com outros FPS, fazendo com que o gamer se impressione ao ver explosões no ar ou em lugares muito mais pertos que o esperado. Pelo menos há um mostrador de tempo de explosão na tela para facilitar o arremesso.
Além disso, o alto nível de detalhe nos ambientes (mesmo com certas texturas decepcionantes) causa irritantes (porém bem curtos) travamentos com a chegada nos famosos e freqüentes "checkpoints" que o game oferece. O som e a trilha sonora também não escapam desse infortúnio, apresentando pausas inesperadas no momento em que mais cenários são carregados.
A taxa de quadros por segundo — chamada comumente de "framerate" ou "frame rate" — cai drasticamente quando ocorre muita ação na tela. Sejam aviões bombardeando os terrenos próximos ou tiroteios frenéticos causados por muitos soldados em movimento, é visualmente perceptível a dificuldade que o PS2 tem em reproduzir a obra da Rebellion.
Apesar dos pesares, tecnicamente interessante
O Baixaki Jogos acredita que sim, a Rebellion e o PS2 poderiam fazer melhor, mas, ainda assim, Final Fronts apresenta uma qualidade gráfica razoável e uma boa ambientação sonora. De quando em quando, é possível observar uma textura pobre ou simples demais, mas há uma quantidade extremamente satisfatória de detalhes na tela.
É claro que, para os jogadores críticos de plantão, o título não possui absolutamente nada de excepcional nos visuais em comparação com Rogue Trooper, por exemplo, que é uma boa produção da Rebellion. Porém, de qualquer maneira, não se pode negar que tanto os visuais quanto os sons formam uma atmosfera aceitável de Segunda Guerra Mundial, principalmente em ambientes abertos.
O som, de modo geral, é razoável, mas o que realmente se destaca é a trilha sonora de Final Fronts. As músicas obscurecem quaisquer falhas apresentadas pelos demais recursos sonoros do game. O fogo e as explosões, visualmente, não são grande coisa, mas pelo menos são acompanhadas por barulhos interessantes de destruição.
Como um todo, Call of Duty: World at War Final Fronts não é ruim, mas a falta de um modo multiplayer ou de pelo menos um modo cooperativo carimba de vez o fato de que o game é ligeiramente insosso. O jogo, portanto, realmente vale a pena apenas para quem nunca experimentou um FPS no PlayStation 2.
E bem, há sempre o dilema de jogar FPS em consoles, tendo em vista que o computador possui controles muito mais práticos para tal gênero. Enfim, WaW apareceu no PlayStation 2 na forma de Final Fronts, um resultado levemente interessante criado pela equipe de desenvolvedores da Rebellion. Ao contrário da Treyarch (responsável pelo desenvolvimento de WaW em outras plataformas), a Rebellion não causou um impacto forte.
Realmente, o retorno à Segunda Guerra Mundial não brilha tanto no PS2. Apesar da ambientação bastante convincente e de outros aspectos técnicos razoáveis, muitos usuários do console mais vendido da Sony (até quando esta análise foi escrita) podem avaliar Final Fronts como uma perda de tempo e dinheiro devido às fortes limitações que o título possui.
Surpresa! Apenas um modo de jogo
Para começar, uma das maiores limitações de Final Fronts é, sem dúvida, a falta de modos de jogo diferenciados. O jogador pode se divertir com o game através das seguintes maneiras: campanha principal e... Campanha principal. O menu de opções, perto do menu principal do jogo, é intensamente mais amplo e mais completo. Uma pena.
Escolhendo um dos tradicionais quatro níveis de dificuldade do game (Easy, Regular, Hardened ou Veteran), o jogador parte diretamente para a guerra. Os níveis, aliás, constituem um dos pontos fortes de Final Fronts: a emoção. Mesmo com os obstáculos técnicos proporcionados pelo hardware mediano do PS2 e mesmo com as demais limitações do jogo, é bastante desafiador (mais para os iniciantes) e divertido eliminar soldados inimigos.
É claro que, para os gamers experientes, deve-se constatar que a campanha deve ser obrigatoriamente experimentada nos níveis Hardened ou Veteran. Observando que o lança-chamas (arma adquirida logo no começo dos tiroteios) possui combustível infinito e só pára de funcionar quando esquenta demais, não fica muito difícil eliminar os adversários.
Para quem experimentou (mesmo que por um breve período de tempo) as demais versões de World at War, fica fácil constatar que Final Fronts possui algumas modificações no desenrolar dos eventos e das batalhas. Apesar das mudanças, a apresentação, os diálogos e a ambientação como um todo estão plenamente satisfatórias.
E, apesar dos pesares, é Call of Duty. O clima intenso de guerra envolve o jogador a todo o tempo e os elementos-base da série (tais como plantar bombas para explodir canhões AA e utilizar metralhadoras fixas para eliminar hordas de soldados inimigos) continuam firmes e fortes.
Para muitos, uma combinação demasiadamente familiar
A Activision arriscou bastante com o retorno de cenários da Segunda Guerra Mundial. E, no caso de Final Fronts, isso está ainda mais maçante, devido aos controles extremamente simples que o título apresenta. Há realmente poucas inovações na jogabilidade e no desenrolar dos acontecimentos. Portanto, vários críticos e jogadores afirmam que esta versão de WaW não apresenta nada de intrigante.
Apesar da pressa apresentada pela Rebellion em exibir os aspectos "novos" de WaW — como o próprio lança-chamas — e do retorno da Segunda Guerra Mundial, o jogo pode satisfazer tranqüilamente aqueles que nunca experimentaram um título do gênero. Os avisos e tutoriais presentes são fundamentais para que os iniciantes adquiram as habilidades básicas dentro de um campo de batalha.
Dessa forma, a jogabilidade foi imediatamente afetada. Final Fronts dá a impressão de ser um jogo "água-com-açúcar" nesse aspecto, pois respeita tudo o que há de importante na franquia (comandos interessantes e animações envolvendo trincheiras, explosões, armas e tiroteios), mas não acrescenta nada de inovador. Jogabilidade prática? Talvez até demais.
Alguns probleminhas
A inteligência artificial de Final Fronts não é aquilo que a maioria dos usuários do PS2 esperava. Muitas vezes, os companheiros de equipe do jogador agem de forma estranha e inesperada, obstruindo a linha de tiro ou deixando o gamer completamente sem cobertura. Sim, pelo menos os soldados são sólidos (nem o jogador e nem as balas atiradas atravessam seus corpos), mas isso pode atrapalhar muito na execução de tiros que demandam maior precisão.
Levando em consideração que este é o quinto título da série, muitos fãs podem facilmente se desapontar com o rápido desenrolar da campanha. Com o método de "recuperação completa de balas recebidas" através de uma curta espera em um local seguro, aspecto tradicional de Call of Duty, não é tão difícil superar a campanha. E, tendo em vista que há apenas um modo de jogo, isso realmente não é muito atraente.
Há também certos problemas quando ao desempenho dos soldados em meio aos tiroteios. A granada, por exemplo, explode de forma muito mais rápida em comparação com outros FPS, fazendo com que o gamer se impressione ao ver explosões no ar ou em lugares muito mais pertos que o esperado. Pelo menos há um mostrador de tempo de explosão na tela para facilitar o arremesso.
Além disso, o alto nível de detalhe nos ambientes (mesmo com certas texturas decepcionantes) causa irritantes (porém bem curtos) travamentos com a chegada nos famosos e freqüentes "checkpoints" que o game oferece. O som e a trilha sonora também não escapam desse infortúnio, apresentando pausas inesperadas no momento em que mais cenários são carregados.
A taxa de quadros por segundo — chamada comumente de "framerate" ou "frame rate" — cai drasticamente quando ocorre muita ação na tela. Sejam aviões bombardeando os terrenos próximos ou tiroteios frenéticos causados por muitos soldados em movimento, é visualmente perceptível a dificuldade que o PS2 tem em reproduzir a obra da Rebellion.
Apesar dos pesares, tecnicamente interessante
O Baixaki Jogos acredita que sim, a Rebellion e o PS2 poderiam fazer melhor, mas, ainda assim, Final Fronts apresenta uma qualidade gráfica razoável e uma boa ambientação sonora. De quando em quando, é possível observar uma textura pobre ou simples demais, mas há uma quantidade extremamente satisfatória de detalhes na tela.
É claro que, para os jogadores críticos de plantão, o título não possui absolutamente nada de excepcional nos visuais em comparação com Rogue Trooper, por exemplo, que é uma boa produção da Rebellion. Porém, de qualquer maneira, não se pode negar que tanto os visuais quanto os sons formam uma atmosfera aceitável de Segunda Guerra Mundial, principalmente em ambientes abertos.
O som, de modo geral, é razoável, mas o que realmente se destaca é a trilha sonora de Final Fronts. As músicas obscurecem quaisquer falhas apresentadas pelos demais recursos sonoros do game. O fogo e as explosões, visualmente, não são grande coisa, mas pelo menos são acompanhadas por barulhos interessantes de destruição.
Como um todo, Call of Duty: World at War Final Fronts não é ruim, mas a falta de um modo multiplayer ou de pelo menos um modo cooperativo carimba de vez o fato de que o game é ligeiramente insosso. O jogo, portanto, realmente vale a pena apenas para quem nunca experimentou um FPS no PlayStation 2.
Nota do Voxel