Imersão é a palavra em um dos títulos mais realistas de 2007.
A série Call of Duty chegou primeiro aos PCs, em outubro de 2003. O sucesso do jogo nos PCs abriu uma brecha para que o jogo aportasse também nos consoles da época e, em novembro de 2004, o título chegou ao Playstation 2, Xbox e GameCube. Entretanto, durante todo seu percurso de mais de 4 anos, a franquia manteve-se sempre focando em guerras do passado, como a primera e segunda grandes guerras. Durante o percurso da sérife, diversas desenvolvedoras diferentes puseram a mão na massa na produção dos títulos, porém, a primeira empresa a produzir o jogo foi a Infinity Ward.
As expansões do primeiro jogo, bem como Call of Duty 3, foram desenvolvidas por empresas diferentes. No quarto lançamento da série, a Infinity Ward volta a trabalhar na franquia, que dá uma guinada importante, conduzindo o jogador ao campo de batalha dos dias atuais, combatendo terroristas, muitas vezes em ambientes urbanos.
Call of Duty 4: Modern Warfare põe o jogadorf na pele de dois personagens diferentes: "Soap"f MacTavish, membro do vigésimo segundo regimento da SAS (Special Air Service), um esquadrão especial britânico, e Paul Jackson, fuzileiro naval estadunidense. Embora a maior parte das missões do jogo ocorra na pele de "Soap", Os fuzileiros navais também desempenham um papel importante durante o desenrolar do enredo.
Porém, o maior diferencial entre Call of Duty 4: Modern Warfare (CoD4, daqui para frente) e a maioria dos outros jogos de tiro lançados atualmente, é que, além de apresentar combates urbanos modernos, CoD4 oferece uma fluidez de enredo incrível.
Tudo no jogo foi desenvolvido com esse objetivo. O jogador navega entre as missões — que se passam em diversas partes diferentes do globo — através de um satélite que se aproxima do local onde seu personagem se encontra. Durante o carregamento do capítulo, CoD4 apresenta o briefing (instruções) da missão. Dessa forma, o jogador não se desconecta da experiência, e torna-se difícil parar de jogar, pois ao concluir uma missão, outra inicia quase que automaticamente, sem as longas pausas decorrentes das telas de carregamento.
O nível de imersão é um dos aspectos mais importantes em jogos, definindo quanto o jogador consegue “penetrar” a experiência e identificar-se com as ações do personagem da forma mais real possível. Um dos aspectos que sempre atrapalham essa imersão são as constantes pausas para carregar dados, portanto, com o fim delas, a jogabilidade torna-se mais direta e realista, dando ao jogo aparência de filme.
Enredo digno de superproduções cinematográficas
A complexidade do enredo — oferecendo uma gama muito grande de experiências bélicas diferentes — é outro fator que contribui para a imersão do jogador. Ao contrário da maioria dos jogos de tiro Single Player, onde suas armas são quase sempre as mesmas, em Call of Duty, cada missão exige armamentos diferenciados.
Alguns capítulos de CoD4 são um show à parte, como uma incursão sorrateira numa cidade abandonada (mais detalhes comprometerão a história do jogo) ou controlar os canhões de um bombardeiro que oferece suporte à equipe de incursão terrestre.
O único ponto negativo do enredo é sua duração. O jogo é muito mais curto que a média do gênero, contando com apenas três atos — com número variado de missões em cada um —, além de um prólogo e um epílogo (apenas uma missão em cada). Entretanto, a qualidade do título compensa cada minuto das poucas horas de jogo.
Diversão que não enjoa
O jogo da Infinity Ward conduz o jogador de volta aos tempos dos fliperamas, também conhecidos como arcades. Poucos fãs sabem, porém este título foi lançado inicialmente nos fliperamas da Indonésia e só depois publicado no resto do mundo.
Além disso, ao concluir o modo campanha, em qualquer dificuldade, o modo Arcade torna-se disponível no menu principal do jogo. Nele, sempre que você mata um inimigo ou acerta qualquer adversário com um tiro, pontos são adicionados ao seu contador, que pode ser multiplicado graças aos combos disponíveis no modo.
Ao iniciar a missão escolhida, o jogador possui duas vidas, porém combos muito avançados premiam com novas vidas, e dessa forma o gamer poderá amplificar consideravelmente o tempo de jogo. Nesse modo, o jogador pode ganhar multiplicadores, como nos jogos mais antigos do estilo arcade, onde após determinado número de pontos consecutivos, um multiplicador aumentava sua pontuação consideravelmente. O modo não é tão interessante quanto o modo Campaing, porém vale a pena como passatempo após a conclusão do jogo. É possível jogar toda a campanha novamente ou apenas uma das missões, marcando um recorde geral, bem como recordes individuais para cada missão.
Multiplayer inovador leva a experiência a outro nível
Se o multiplayer de CoD4 é, por si só, uma exceção à regra, jogá-lo no Xbox, ainda que seja no modo “Split Screen” (tela dividida, para dois jogadores conectados no mesmo console), torna a experiência mais envolvente e marcante. É uma pena que o sistema de níveis premie os jogadores mais persistentes com maiores regalias no jogo, porém se você é do tipo de jogador que gosta de se dedicar a um game online, CoD4 com certeza vai chamar sua atenção.
O modo multiplayer do jogo foge à regra dos jogos de tiro em primeira pessoa normais, que contam apenas com uma forma similar à do jogo single player em um mapa específico, porém sem mudanças de jogabilidade. Aqui, o jogador pode criar sua própria classe de personagem, além ganhar experiência para desbloquear habilidades e outros tipos de itens. A experiência é adquirida de maneira similar à pontuação do modo Arcade.
Além disso, para cada seqüência de três assassinatos seguidos, o jogador ganha direito a usar um radar que mostra todos os inimigos no mapa. Se você preferir, pode aumentar esse número para cinco assassinatos e chamar um bombardeio aéreo em determinada região do mapa. Também é possível chamar um helicóptero de suporte que atira em seus adversários, realizando um combo de 7 assassinatos sem morrer.
O multiplayer conta com 16 mapas 6 modos de jogo diferentes, sendo que torna-se uma interessante mistura de modos presentes na série Battlefield, bem como no mod Counter-Strike. Além dos modos Team Deathmatch, que é o mais jogado, e Free-for-all Deathmatch, onde cada jogador luta sozinho — o que não faz muito sentido num jogo tático, como é o caso deste —, existem 4 modos orientados a objetivos.
Dois exemplos deles são um onde um time deve plantar uma bomba enquanto o outro defende a base (lembra-se do “plant the bomb” do Counter-Strike?) e um onde os jogadores devem dominar pontos estratégicos do cenário, como na série Battlefield. Os mapas multiplayer comportam até 18 jogadores simultâneos.
Uma equipe mal integrada
Nenhum jogo é perfeito, infelizmente, e a principal (ou única) falha em Call of Duty aparece no comportamento de sua equipe em alguns momentos cruciais do jogo. Como os seus parceiros respondem ao jogo via script, muitas vezes você estára protegido atrás de alguma parede ou qualquer outra barreira quando, sem mais nem menos, será empurrado para ficar cara a cara com o inimigo, quando um de seus parceiros resolver ir para o lugar onde você se encontra. Além disso, o sistema de scripts da série torna a vida útil do jogo menor, já que após duas ou três partidas o jogador já sabe exatamente de onde virão os adversários.
Seguindo a nova tendência dos jogos de tiro, CoD4 não apresenta na tela uma barra de vida e de tiros restantes. O uso do pente de munição deixa apenas uma leve noção de quantos projéteis restam na arma e a morte iminente é anunciada por uma respiração ofegante e manchas vermelho-sangue envolvendo a visão do jogador.
De resto, a jogabilidade de Call of Duty não tem falhas graves e funciona de forma muito parecida com os outros jogos de tiro. Para os iniciantes, um ponto positivo é que a cruzeta da mira fica vermelha quando passa por cima dos inimigos. Entretanto jogadores mais experientes encontrarão nessa mira um facilitador algumas vezes incômodo que tira o realismo do jogo. O empecilho poderia ter sido resolvido com uma opção para ativar ou desativar o marcador.
Os gráficos do Xbox superam o PC!
Geralmente, quando um jogo é lançado para consoles e para PC, o título do PC é muito mais avançado graficamente. Isso tem uma explicação muito simples: o poder de processamento gráfico dos computadores é sempre mais avançado que o dos consoles, e, como se não bastasse, evolui muito mais rapidamente que os consoles. Enquanto um novo videogame é lançado a cada quatro ou cinco anos, aproximadamente, placas de vídeo novas chegam ao mercado quase que mensalmente.
Entretanto, os gráficos de Call of Duty 4 foram muito bem otimizados para o Xbox, permitindo que o console ultrapassasse a qualidade dos gráficos do PC. Além de uma excelente otimização gráfica, a modelagem é extremamente consistente e não apresenta falhas. CoD4 apresenta texturas realistas e iluminação impressionante de tirar o fôlego.
Além disso, diversos efeitos especiais maximizam a experiência do jogo, como ficar enfraquecido e com a visão turva após um acidente, a representação da retina queimada por uma granada de luz (as famosas flashbangs) e a diminuição da visão e audição logo após sofrer ferimentos severos são excelentes exemplos do que os jogos reservam para o futuro.
Multiplayer inovador leva a experiência a outro nível
Se o multiplayer de CoD4 é, por si só, uma exceção à regra, jogá-lo no Xbox, ainda que seja no modo “Split Screen” (tela dividida, para dois jogadores conectados no mesmo console), torna a experiência mais envolvente e marcante. É uma pena que o sistema de níveis premie os jogadores mais persistentes com maiores regalias no jogo, porém se você é do tipo de jogador que gosta de se dedicar a um game online, CoD4 com certeza vai chamar sua atenção.
O modo multiplayer do jogo foge à regra dos jogos de tiro em primeira pessoa normais, que contam apenas com uma forma similar à do jogo single player em um mapa específico, porém sem mudanças de jogabilidade. Aqui, o jogador pode criar sua própria classe de personagem, além ganhar experiência para desbloquear habilidades e outros tipos de itens. A experiência é adquirida de maneira similar à pontuação do modo Arcade.
Além disso, para cada seqüência de três assassinatos seguidos, o jogador ganha direito a usar um radar que mostra todos os inimigos no mapa. Se você preferir, pode aumentar esse número para cinco assassinatos e chamar um bombardeio aéreo em determinada região do mapa. Também é possível chamar um helicóptero de suporte que atira em seus adversários, realizando um combo de 7 assassinatos sem morrer.
O multiplayer conta com 16 mapas 6 modos de jogo diferentes, sendo que torna-se uma interessante mistura de modos presentes na série Battlefield, bem como no mod Counter-Strike. Além dos modos Team Deathmatch, que é o mais jogado, e Free-for-all Deathmatch, onde cada jogador luta sozinho — o que não faz muito sentido num jogo tático, como é o caso deste —, existem 4 modos orientados a objetivos.
Dois exemplos deles são um onde um time deve plantar uma bomba enquanto o outro defende a base (lembra-se do “plant the bomb” do Counter-Strike?) e um onde os jogadores devem dominar pontos estratégicos do cenário, como na série Battlefield. Os mapas multiplayer comportam até 18 jogadores simultâneos.
Uma equipe mal integrada
Nenhum jogo é perfeito, infelizmente, e a principal (ou única) falha em Call of Duty aparece no comportamento de sua equipe em alguns momentos cruciais do jogo. Como os seus parceiros respondem ao jogo via script, muitas vezes você estára protegido atrás de alguma parede ou qualquer outra barreira quando, sem mais nem menos, será empurrado para ficar cara a cara com o inimigo, quando um de seus parceiros resolver ir para o lugar onde você se encontra. Além disso, o sistema de scripts da série torna a vida útil do jogo menor, já que após duas ou três partidas o jogador já sabe exatamente de onde virão os adversários.
Seguindo a nova tendência dos jogos de tiro, CoD4 não apresenta na tela uma barra de vida e de tiros restantes. O uso do pente de munição deixa apenas uma leve noção de quantos projéteis restam na arma e a morte iminente é anunciada por uma respiração ofegante e manchas vermelho-sangue envolvendo a visão do jogador.
De resto, a jogabilidade de Call of Duty não tem falhas graves e funciona de forma muito parecida com os outros jogos de tiro. Para os iniciantes, um ponto positivo é que a cruzeta da mira fica vermelha quando passa por cima dos inimigos. Entretanto jogadores mais experientes encontrarão nessa mira um facilitador algumas vezes incômodo que tira o realismo do jogo. O empecilho poderia ter sido resolvido com uma opção para ativar ou desativar o marcador.
Os gráficos do Xbox superam o PC!
Geralmente, quando um jogo é lançado para consoles e para PC, o título do PC é muito mais avançado graficamente. Isso tem uma explicação muito simples: o poder de processamento gráfico dos computadores é sempre mais avançado que o dos consoles, e, como se não bastasse, evolui muito mais rapidamente que os consoles. Enquanto um novo videogame é lançado a cada quatro ou cinco anos, aproximadamente, placas de vídeo novas chegam ao mercado quase que mensalmente.
Entretanto, os gráficos de Call of Duty 4 foram muito bem otimizados para o Xbox, permitindo que o console ultrapassasse a qualidade dos gráficos do PC. Além de uma excelente otimização gráfica, a modelagem é extremamente consistente e não apresenta falhas. CoD4 apresenta texturas realistas e iluminação impressionante de tirar o fôlego.
Além disso, diversos efeitos especiais maximizam a experiência do jogo, como ficar enfraquecido e com a visão turva após um acidente, a representação da retina queimada por uma granada de luz (as famosas flashbangs) e a diminuição da visão e audição logo após sofrer ferimentos severos são excelentes exemplos do que os jogos reservam para o futuro.
A fumaça proveniente das explosões e a física do jogo como um todo também estão for a de série. Numa dada missão onde é necessário atirar com um rifle de precisão para acertar alvos numa distância muito grande, o jogador deverá considerar o efeito da umidade relativa do ar e da direção do vento para atirar.
O som da guerra
CoD4 apresenta com perfeição o som da guerra. As músicas ouvidas durante o jogo conduzem o jogador a um clima de tensão característico da batalha a que seu personagem está submetido. Por exemplo, em missões de incursão silenciosa, a batida torna-se sutil, remetendo a uma tensão quase excepcional, enquanto em combates frente-a-frente, as músicas conduzem o jogador a liberar adrenalina.
Os efeitos das explosões e a comunicação entre você e sua equipe também chamam atenção no áudio. Enquanto muitos títulos apresentam uma comunicação pouco realista entre membros de um mesmo esquadrão, Call of Duty 4: Modern Warfare apresenta efeitos quase perfeitos que ampliam a imersão no jogo.
Aqui, o sistema de vibração do controle do Xbox faz a diferença: em determinada missão onde aviões dão um rasante sobre a cidade que você e sua equipe estão invadindo, o som das máquinas passando a toda sobre sua cabeça integra-se com a vibração do controle para reproduzir um nível de imersão no jogo quase inacreditável. Aliás, já deu para perceber que em Call of Duty 4: Modern Warfare, a palavra é exatamente esta: imersão.
Mergulhe de cabeça na guerra contra o terrorismo
Call of Duty foi considerado por uma ampla gama de críticos e pela maioria esmagadora dos fãs como o melhor jogo de 2007. Em um ano qualquer, isso já seria motivo de sobra para levar o jogo a sério, porém 2007 não foi um ano qualquer para a indústria de games.
O título da Infinity Ward, publicado pela Activision, ganhou de nomes de muito peso, como Bioshock (PC, X360), Gears of War (PC), Unreal Tournament 3 (PC, PS3, X360), Crysis (PC), Assassin's Creed (PS3, X360) Super Mario Galaxy (Wii), entre outros. Isso prova o valor do jogo e deixa claro que qualquer fã de videogames tem a obrigação de experimentar esse título, que em breve se tornará um clássico.
A velocidade da ação e a diversidade dos níveis de jogo são excepcionais e os gráficos e áudio de altíssima qualidade e consistência completam o pacote que presenteia o jogo com uma das notas mais altas do ano. Infelizmente, é uma pena não poder classificar este jogo como nota 10 devido a pequenas falhas no comportamento dos seus parceiros e do enredo extremamente curto, que dura cerca de 5 horas ininterruptas de jogo.
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