Imagem de Bulletstorm
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Bulletstorm

Nota do Voxel
90

Simplesmente insano

Videoanálise

Pessoalmente, não sou fã de FPSs. Não tenho a mesma empolgação que muitos jogadores têm em relação a séries como Call of Duty ou Halo,  e o último título do gênero que realmente me cativou foi GoldenEye 007, ainda no Nintendo 64. De lá para cá, simular uma guerra deixou de pautar minha vida como gamer.

Você deve estar estranhando ler uma opinião tão incisiva já na abertura de uma análise de um game de tiro em primeira pessoa. Mas antes que você desça até os comentários para xingar os gostos deste redator, saiba que ela é fundamental para compreender o quão fantástica é a experiência que Bulletstorm tem a oferecer.

Desenvolvido por uma parceria entre People Can Fly e Epic Games, o jogo traz uma proposta incrivelmente simples: mate seus inimigos de forma criativa. Mas quando colocamos isso na prática, vemos que o resultado final é algo completamente viciante, divertido e capaz de fazer até mesmo quem não gosta de games de tiro ficar horas em frente ao PC inventando novas formas de destruir os adversários.

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Como você bem deve ter visto nas imagens e vídeos de divulgação, a grande atração do título são as infinitas alternativas de morte. As possibilidades vão desde destruir os monstros com armas de grosso calibre a arremessá-los contra uma parede repleta de lâminas com um belo chute no peito. Tudo depende do quanto de imaginação – e sadismo – você tem.

Mais do que isso, cada assassinato criativo rende uma determinada pontuação, que pode ser utilizada para ganhar novas habilidades ou aprimorar suas armas. Essa combinação é completamente envolvente e faz com que o jogador queira cada vez mais inovar seus ataques e deixar seu arsenal ainda mais pesado.

Some a tudo isso a insanidade e o humor negro, elementos herdados de Duke Nukem e que vão tornar o período em que você controla Grayson Hunt ainda mais empolgantes. Os diálogos são repletos de palavrões e piadas com duplo sentido, perfeitos para embalar o clima insano presente em toda a aventura.

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Além disso, outro ponto que torna Bulletstorm ainda melhor – seja para os veteranos em FPS ou para quem não é muito apaixonado pelo gênero – é a versatilidade de estilos. É possível avançar tanto com uma visão mais estratégica e cuidadosa quanto com algo mais em um “Rambo style”, em que sua única preocupação é atirar até que ninguém sobreviva à sua fúria.

Contudo, isso não significa que o título é perfeito. Embora possua uma estrutura completamente nova e viciante, algumas falhas conseguem tirar muito do brilho que o título prometia oferecer. Maior exemplo disso é o próprio multiplayer, que abandona as características mais tradicionais do gênero e que certamente irá desagradar os jogadores mais experientes.

Seja você apaixonado por FPS ou alguém que simplesmente quer dar risada enquanto joga, experimente Bulletstorm. Embora não consiga trazer uma experiência inédita, o game foge dos padrões do gênero e cria uma experiência realmente divertida e fantástica. Até mesmo quem não curte jogos de tiro em primeira pessoa vai se ver preso em frente ao PC diante de tanta insanidade.

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Por outro lado, a maior falha do jogo fica por conta do fator replay. Ainda que a jogabilidade insana faça o título valer a pena, o preço de 60 dólares é questionável para um título que possui um multiplayer tão limitado. Após terminar a campanha – que também não é longa –, poucos elementos vão fazer com que você volte a distribuir pontapés por aí.

Com exceção disso, Bulletstorm merece ser conferido e explorado ao máximo. Cada morte é mais criativa que a outra e a pontuação incentiva o jogador a ir sempre além, algo bastante recompensador. Além disso, não é todo dia que vemos um dinossauro-robô. With lasers.

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