A roda do destino continua girando...
Talvez o “II” ali possa confundir algumas pessoas. Algo do tipo, “como assim, a sequência de um título para consoles de mesa saiu apenas para dois portáteis?!”. Dessa forma, antes de qualquer coisa, convém esclarecer qualquer possível equívoco.
Na verdade, pode-se dizer sem muito risco que o algarismo romano que se encontra na extremidade do título de BlazBlue: Continuum Shift II talvez não tenha sido uma escolha das mais naturais. Isso porque o game que você encontrará no PSP e no 3DS — e que, antes disso, esteve nos arcades — é, estritamente falando, um port “vitaminado” do título lançado em 2010 para PS3 e Xbox 360.
Para a palma da sua mão, vão todos os personagens distribuídos posteriormente via DLC, e também um novo modo de jogo. Só que, essencialmente, é o mesmo bom jogo de pancadaria nipônico que agraciou os consoles maiores há cerca de um ano (pois é, talvez um “plus” ou um “portable” fossem termos mais apropriados).
De qualquer forma, fato é que Continuum Shift encontrou seu caminho até os portáteis, com todas as suas características principais, e também com aquele inconfundível clima de jogo de luta japonês. Parece pouco, mas jogadores não muito acostumados com beldades ostentando rabo de raposa (ou algo que o valha) ou com vampiras caricatas podem acabar estranhando um pouco no princípio... Mesmo com um estilo de jogabilidade que garante sua identidade sem muito esforço.
De fato, questões de estilo à parte, Continuum Shift II consegue manter nos portáteis aquele ritmo frenético inconfundível que sempre foi associado à franquia. São dezenas de formas de emendar combos, disparar golpes especiais e traçar estratégias. Tudo isso em um ambiente 2D bastante decente — embora com alguns escorregões menores na hora de botar os personagens em movimento e carregar seu próximo desafio na memória. Enfim, vamos aos detalhes.
BlazBlue: Continuum Shift 2 trouxe para o PSP praticamente o mesmo jogo de pancadaria 2D fluído e estratégico que marcou os arcades e consoles de mesa. Há um rol invejável de personagens com estilos próprios, diferenciais como os ataques “Drive” e um multiplayer do tipo que não deixa pedra sobre pedra.
Entretanto, não se pode ignorar alguns inconvenientes que surgiram ao encaixotar o título Aksys Games em uma versão portátil, como o decréscimo óbvio de qualidade gráfica e sonora (sobretudo em relação às vozes). Mas há uma compensação, é claro: são três personagens antes disponibilizados apenas via DLC, e também um lustroso modo inédito estilo “Survival”. Além disso, o que há é exatamente o BlazBlue que você já conhece — seja isso bom ou ruim.
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Nota do Voxel