O espetáculo da vida real não se estende para os videogames.
Quem diria que, com a enorme variedade de tecnologias existentes, fazer um game retratando as Olimpíadas fosse tão difícil. Ao invés de cenários deslumbrantes e novas idéias quanto à jogabilidade, a Eurocom relaxou nos visuais e resolveu manter os comandos arcaicos de games baseados em Jogos Olímpicos: pressionar botões furiosamente e assistir.
Todos pensaram que o novo jogo de Olimpíadas seria extremamente inovador. Dessa forma, novos comandos, paisagens olímpicas de cair o queixo e emoção pura seriam os pontos fortes do futuro game. Infelizmente, não foi o que aconteceu com Beijing 2008, conforme o Baixaki Jogos pôde claramente comprovar.
Impacto? Somente na dificuldade
Passar os primeiros momentos com Beijing 2008 pode ser uma tortura para certos jogadores. A dificuldade é algo fortemente presente em várias modalidades, e parece que a complicação ronda a maior parte dos esportes. Para os que procuram simplicidade, praticidade e diversão fácil, o jogo não é uma boa opção.
Há motivos para criticar fortemente todas as 36 modalidades presentes no game, mas o que mais prejudica a jogabilidade de Beijing 2008 é o sistema de atributos da equipe. É curioso constatar que os melhores atletas de todo o planeta vão para as Olimpíadas completamente desprovidos de um preparo físico adequado.
Vencendo as etapas classificatórias, os jogadores têm a oportunidade de distribuir pontos de atributos para a equipe olímpica. É possível aprimorar itens como a força, velocidade e resistência dos atletas. Uma completa discordância com o que ocorre na realidade, em que os atletas olímpicos são simplesmente os melhores (ou deveriam ser).
Um dos piores itens em Beijing 2008 é a própria fase classificatória, pois há uma "meta" que os jogadores devem cumprir para não falhar completamente. Os atletas devem se classificar em três das cinco etapas diárias propostas. Caso contrário, o famoso "Game Over" aparece e o jogador tem que começar tudo novamente.
Exaustão manual: inevitável
A agonia é capaz de tomar conta dos gamers que se aventurarem em Beijing 2008. As 11 modalidades de atletismo e de natação exigem que o pobre jogador esmague repetidamente botões alternadamente o mais rápido possível para que os atletas ganhem força e velocidade.
Isso é decepcionante, já que nos 100 metros rasos, por exemplo, é bem difícil vencer. Arrancar também não é nada fácil, pois não há nenhum indicador visual ou sonoro indicando quando que a arma irá disparar no início da prova. Isso significa que os reflexos do jogador devem estar realmente aguçados, caso contrário ocorre uma largada excessivamente tardia ou o atleta "queima".
É provável que o pior de todos os esportes de Beijing 2008 que envolvam velocidade seja o ciclismo. Nesse caso, as opções de controle são restritas, sendo que, nas versões do PlayStation 3 e do Xbox 360, os gamers devem rodar os controles analógicos em direções opostas por vários minutos consecutivos, algo não muito atraente para a grande maioria dos fãs de Olimpíadas.
Insosso e sem diferenciais
Quanto a outros esportes, as simulações dos movimentos dos atletas não convencem e a jogabilidade é igualmente fraca. Mecânicas de jogo absurdamente simples aparecem em grande parte dos esportes de ginástica. Além de insultar a inteligência dos jogadores, a jogabilidade dessas modalidades torna a experiência muito fácil e imensamente repetitiva.
O realismo foi seriamente retirado de Beijing 2008. Considerando que há apenas 32 países no jogo (quantidade bem menor em comparação com as reais Olimpíadas 2008) e nenhum atleta da vida real é exibido, classificar o jogo com o gênero "simulação" é praticamente um elogio.
Nem o tutorial escapa, pois regras desconhecidas por muitos (como a pontuação no judô) simplesmente não são explicadas, cabendo ao jogador descobrir tudo sozinho. A ajuda serve apenas para auxiliar os gamers em comandos básicos dentro das modalidades, nada mais.
A complicação nos esportes é algo que salta aos olhos. Controlar caiaques, rebater bolas no pingue-pongue, tudo é apresentado de forma fraca e obstruída. Certos acertos de câmera e alguns consertos nos comandos melhorariam intensamente a jogabilidade.
Sem destaques nas demais características
Graficamente, algumas texturas e modelagens são boas, bem como várias animações e detalhes. No entanto, a maneira com que os visuais são apresentados é simplesmente deplorável. Serrilhados aparecem nos menus do jogo, na logomarca e em praticamente todos os limites dos objetos. Isso denigre completamente a fama dos consoles de última geração, capazes de reproduzir games como Gears of War e Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots.
O modo multiplayer proporciona alguns momentos curtos de diversão. No entanto, socar botões com outros jogadores pode demorar uma eternidade, visto que a maioria das modalidades são baseadas por turnos. Além disso, a inteligência artificial do game consta até mesmo no modo multiplayer, visto que muitas vezes os gamers devem superar certos atletas do próprio jogo para conseguirem disputar com outros jogadores.
Evite Beijing 2008, caso você seja um jogador crítico e queira experimentar um pouco da realidade olímpica. Caso contrário, embarque fundo nos esportes "esmagadores de botões" do jogo.
Todos pensaram que o novo jogo de Olimpíadas seria extremamente inovador. Dessa forma, novos comandos, paisagens olímpicas de cair o queixo e emoção pura seriam os pontos fortes do futuro game. Infelizmente, não foi o que aconteceu com Beijing 2008, conforme o Baixaki Jogos pôde claramente comprovar.
Impacto? Somente na dificuldade
Passar os primeiros momentos com Beijing 2008 pode ser uma tortura para certos jogadores. A dificuldade é algo fortemente presente em várias modalidades, e parece que a complicação ronda a maior parte dos esportes. Para os que procuram simplicidade, praticidade e diversão fácil, o jogo não é uma boa opção.
Há motivos para criticar fortemente todas as 36 modalidades presentes no game, mas o que mais prejudica a jogabilidade de Beijing 2008 é o sistema de atributos da equipe. É curioso constatar que os melhores atletas de todo o planeta vão para as Olimpíadas completamente desprovidos de um preparo físico adequado.
Vencendo as etapas classificatórias, os jogadores têm a oportunidade de distribuir pontos de atributos para a equipe olímpica. É possível aprimorar itens como a força, velocidade e resistência dos atletas. Uma completa discordância com o que ocorre na realidade, em que os atletas olímpicos são simplesmente os melhores (ou deveriam ser).
Um dos piores itens em Beijing 2008 é a própria fase classificatória, pois há uma "meta" que os jogadores devem cumprir para não falhar completamente. Os atletas devem se classificar em três das cinco etapas diárias propostas. Caso contrário, o famoso "Game Over" aparece e o jogador tem que começar tudo novamente.
Exaustão manual: inevitável
A agonia é capaz de tomar conta dos gamers que se aventurarem em Beijing 2008. As 11 modalidades de atletismo e de natação exigem que o pobre jogador esmague repetidamente botões alternadamente o mais rápido possível para que os atletas ganhem força e velocidade.
Isso é decepcionante, já que nos 100 metros rasos, por exemplo, é bem difícil vencer. Arrancar também não é nada fácil, pois não há nenhum indicador visual ou sonoro indicando quando que a arma irá disparar no início da prova. Isso significa que os reflexos do jogador devem estar realmente aguçados, caso contrário ocorre uma largada excessivamente tardia ou o atleta "queima".
É provável que o pior de todos os esportes de Beijing 2008 que envolvam velocidade seja o ciclismo. Nesse caso, as opções de controle são restritas, sendo que, nas versões do PlayStation 3 e do Xbox 360, os gamers devem rodar os controles analógicos em direções opostas por vários minutos consecutivos, algo não muito atraente para a grande maioria dos fãs de Olimpíadas.
Insosso e sem diferenciais
Quanto a outros esportes, as simulações dos movimentos dos atletas não convencem e a jogabilidade é igualmente fraca. Mecânicas de jogo absurdamente simples aparecem em grande parte dos esportes de ginástica. Além de insultar a inteligência dos jogadores, a jogabilidade dessas modalidades torna a experiência muito fácil e imensamente repetitiva.
O realismo foi seriamente retirado de Beijing 2008. Considerando que há apenas 32 países no jogo (quantidade bem menor em comparação com as reais Olimpíadas 2008) e nenhum atleta da vida real é exibido, classificar o jogo com o gênero "simulação" é praticamente um elogio.
Nem o tutorial escapa, pois regras desconhecidas por muitos (como a pontuação no judô) simplesmente não são explicadas, cabendo ao jogador descobrir tudo sozinho. A ajuda serve apenas para auxiliar os gamers em comandos básicos dentro das modalidades, nada mais.
A complicação nos esportes é algo que salta aos olhos. Controlar caiaques, rebater bolas no pingue-pongue, tudo é apresentado de forma fraca e obstruída. Certos acertos de câmera e alguns consertos nos comandos melhorariam intensamente a jogabilidade.
Sem destaques nas demais características
Graficamente, algumas texturas e modelagens são boas, bem como várias animações e detalhes. No entanto, a maneira com que os visuais são apresentados é simplesmente deplorável. Serrilhados aparecem nos menus do jogo, na logomarca e em praticamente todos os limites dos objetos. Isso denigre completamente a fama dos consoles de última geração, capazes de reproduzir games como Gears of War e Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots.
O modo multiplayer proporciona alguns momentos curtos de diversão. No entanto, socar botões com outros jogadores pode demorar uma eternidade, visto que a maioria das modalidades são baseadas por turnos. Além disso, a inteligência artificial do game consta até mesmo no modo multiplayer, visto que muitas vezes os gamers devem superar certos atletas do próprio jogo para conseguirem disputar com outros jogadores.
Evite Beijing 2008, caso você seja um jogador crítico e queira experimentar um pouco da realidade olímpica. Caso contrário, embarque fundo nos esportes "esmagadores de botões" do jogo.
Categorias
Nota do Voxel