Imagem de Bakugan Battle Brawlers: Defenders of the Core
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Bakugan Battle Brawlers: Defenders of the Core

Nota do Voxel
65

Assumir o lugar de um Bakugan pode ser bem frustrante...

Em Bakugan Battle Brawlers: Defenders of the Core, a desenvolvedora Now Production resolveu deixar um pouco de lado a fórmula clássica de Bakugan. Para quem não conhece: arremessar esferas — que na verdade são monstros terrivelmente poderosos — sobre cartas mágicas capazes de ativá-las. Aqui há uma mudança de perspectiva radical, conforme você assume o controle dos próprios Bakugans.

Ok, a ideia é razoavelmente original, mesmo que para isso seja necessário considerá-la apenas dentro da realidade da própria franquia — que jamais viu nada parecido. O problema é que, na prática, a coisa não funciona exatamente como deveria. Em primeiro lugar, pela questão tática.

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Não há em Defenders of the Core praticamente nada que se assemelhe à experiência estratégica típica da série, e também dos desenhos. Nada relacionado à escolha do monstro certo, no momento oportuno e contra o inimigo que seja mais suscetível a determinado ataque. Longe disso, o que se tem aqui é simplesmente um jogo de pancadaria deficiente e descerebrado que tem pouco ou nada a ver com a fórmula original de Bakugan.

E o pior. Além de se afastar do que realmente fazia a coisa funcionar na franquia, a desenvolvedora ainda optou por incluir um elemento absolutamente heterogêneo no que diz respeito ao conceito próprio de Bakugan: um tenebroso e presumido modo stealth. Entre uma batalha e outra, deslocar-se através do mundo de jogo enquanto desvia de fachos de lanterna e cata itens será o seu único “divertimento”.

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É claro que controlar uma criatura gigantesca em batalhas verdadeiramente épicas contra outros colossos sempre tem a sua graça — embora não seja necessário pensar muito para isso —, experiência que é catalisada pela possibilidade de destruírem partes inteiras do cenário.

O problema é que, mesmo quando você se dispõe a aceitar que Defenders of the Core não trará nada além de um esmagamento crônico de botões, há outras pontas soltas que saltam à vista. São gráficos datados, dublagens poucos inspiradas, problemas de jogabilidade... Enfim. Melhor passar logo aos detalhes.

Mesmo um fã de carteirinha de Bakugan deveria pensar duas vezes antes de investir seus tostões em Defenders of the Core. Quer dizer, ok, todas as criaturas mais famosas estão presentes, assim como as batalhas épicas em ambiente urbanos — incrível como ninguém questiona a destruição constante do patrimônio público.

O problema aqui é reformulação perigosa encarada pela Now Production. Afinal, se você resolve remover de Bakugan algo tão central quanto a dimensão tática original do jogo/anime, então é bom que exista algo suficientemente chamativo para ser colocado em seu lugar. No caso, DEVERIA ser um bom sistema de combate.

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É claro que, conforme mencionado anteriormente, confrontar inimigos gigantescos em ambientes destrutíveis tem sua graça, assim como pode ser realmente interessante para um fã mais próximo acompanhar um arco exclusivo de histórias. O problema é que isso não parece ser o suficiente e, entre um golpe e outro, você terá que encarar uma jogabilidade mal terminada e gráficos descaradamente datados.

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