Corra para a próxima tela para não perder uma vida.
Do mesmo estúdio de Lost Odyssey e Blue Dragon, a Mistwalker, Away: Shuffle Dungeon é um jogo de aventura ao estilo RPG com uma característica muito marcante: o “suflê” de masmorras. Dentre outros aspectos o jogo exibe gráficos decentes, sons agradáveis e trama bem desenvolvida, comentaremos mais sobre esses aspectos. O que pode assustar quanto a equipe de desenvolvimento é a participação da Artoon, responsável por Vampire Rain.
Quanto ao jogador que inicia um novo jogo em Shuffle Dungeon, ele vai dar de cara com os cenários da vila Webb em sua primeira missão que o obriga a perambular pelo mapa à procura de uma moça. É a forma sútil de introduzir o “antes” para o jogador.
O Away não vai te pegar
Logo na introdução do game o jogador fica a par da situação da trama. Um pequeno vídeo conta a história da vila de Webb, onde um fenômeno misterioso atormenta os moradores a cada século. Todo ano o Away, nome dado ao fenômeno, faz um dos cidadãos desaparecer e 99 pessoas já foram levadas sem nunca se saber o paradeiro delas.
Passado a introdução, o jogador assume o comando de Sword, o herói da história. Aos poucos todo o enredo é revelado por conversas e animações. Numa das primeiras conversas é fácil deduzir que Sword não pertence ao vilarejo de Webb e que sonha em voltar para casa. Misteriosamente, não há muitos meios para sair da charmosa ilha onde ele está preso.
Enfim, o evento que é a engrenagem principal da história é o tal do Away. Após terminar a primeira missão que é encontrar e conversar com uma moça, a qual parece formar um belo casal com Sword, o jogador presencia o Away ocorrer bem na sua cara. Muitas luzes e raios cercam Sword e tentam o levar, porém a moça implora para que ele não seja levado, pedido o qual é atendido. Em troca de Sword o Away sequestra a vila inteira.
O jogador fica sozinho na ilha e as próximas tarefas dele serão sua rotina: encontrar objetos das pessoas raptadas para acessar as dungeons (masmorras) e resgatá-las. A história foi bem construída e atende as necessidades mínimas de contextualização para a aventura.
Padrão digno de produtores renomados
Away: Dungeon Shuffle foi criado por Hironobu Sakaguchi, pai da franquia Final Fantasy. Com o design de personagens liderado por Naoto Oshima, criador de Sonic. Os sons são elaborados por Nobuo Uematsu, compositor que trabalhou para a franquia Final Fantasy. Com esses nomes nos créditos uma opinião positiva sobre o título pode ser formada sem ao menos saber de maiores detalhes sobre o jogo.
A qualidade das músicas e efeitos sonoros estão ótimos e remetem perfeitamente ao mundo mágico o qual os desenvolvedores pretendem transmitir. Enquanto músicas de Uematsu embalam o clima de fantasia, há até algumas dublagens durante as cenas do jogo.
Já os gráficos exibem um padrão próprio e assemelham-se a aventuras ao estilo Zelda e Dragon Quest, ou forçando as lembranças: Secret of Mana. Aquelas figuras de humanos e monstros conquistam a simpatia velozmente com seu estilo de arte que lembra algo chibi ou SD (um estilo artístico japonês, apelidado como super-deformado). Os cenários são coloridos e bonitos, mas um ponto negativo dos gráficos é que, às vezes, pode ser difícil distinguir a natureza dos objetos.
Em Dungeon Shuffle encontramos dois tipos de gráficos, tridimensionais e bidimensionais. A parte em 3D fica contida nos cenários do vilarejo de Webb, nas batalhas contra chefões e nas últimas telas das masmorras. Já nas dungeons as duas dimensões dominam. Essa mescla é outro atrativo que merece algumas salvas de palmas.
Cinco segundos para acionar a alavanca e dar no pé
Como o nome do jogo estampa, o espírito de Dungeon Shuffle é explorar masmorras, sob o regime de um aspecto de jogabilidade bem peculiar de “suflê” de masmorras. O esquema é que cada tela do DS possui uma parte da dungeon e o jogador pode transitar entre essas duas partes, contudo um contador de tempo no leito da tela começa a zerar sob certa circunstância e quando ele chega ao zero é melhor não estar na parte da caverna com o contador.
O contador funciona tanto na tela superor quanto na inferior do DS e ele serve para avisar quando a parte da masmorra irá mudar. A mudança consiste em uma substituição de cenário e constitui um mecanismo de desafiar o jogador com puzzles simples nos quais é necessário descobrir como se mover pelos caminhos da dungeon e como liberar passagens utilizando alavancas.
Se o jogador for pego na hora da mudança, ele perde uma vida e a dungeon volta a ser como era no começo. Geralmente há três andares a serem superados, sendo que é preciso voltar todo o caminho após resgatar a pessoa no final da masmorra. O jogador recebe uma tarefa de babá para cuidar de seus fupongs e a pessoa resgatada, pois se Sword tiver atravessado para a outra tela, mas os outros não, eles serão afetados pela troca de masmorras.
Para trás feiticeiros, eu tenho um fupong!
Fupong é nome dado por Sword a criaturas amistosas encontradas nas dungeons, elas formam o sistema de magias do game. O jogador pode carregar até seis fupongs, elas fazem uma fila indiana atrás dele e conseguem soltar, uma única vez, seus poderes. Portanto, o jogador pode usar seis vezes os poderes mágicos. Após usar uma vez um fupong, ele fica cinza e só recupera a cor ao avançar de fase. Eles também ficam cinzas se forem capturados pelo shuffle.
O jogador pode evoluir seus fupongs com ração e também pode combinar dois deles. Outras possibilidades são de substituí-los e armazená-los, tudo na casa do chefe do vilarejo. Essas criaturas possuem cores diversas que acusam qual o poder especial delas. O vermelho solta fogo e o azul uma rajada congelante, por exemplo.
Como imaginado, há situações nas quais determinado poder é mais útil do que os outros, como quando uma barreira de gelo está no caminho. Ela pode ser derretida por um fupong vermelho. Logo, o sistema de poderes especiais em Away: Shuffle Dungeon recompensa aqueles que o usarem adequadamente.
Igualmente bom do início ao fim... Identicamente bom...
Nas masmorras a jogabilidade é bem simples, o jogador só precisa chegar perto do monstro e bater nele até ele ser derrotado, ou usar um poder para tentar acabar com o serviço mais cedo. Fazer isso com todos os outros monstros é uma boa ideia para ganhar bastante experiência e avançar de nível. No final da fase pode haver um chefão e a batalha costuma seguir um rumo fácil de observar e aprender quando atacar.
Trata-se de uma jogabilidade bem simples com a atração de alternância de cenários. A parte de atributos de RPG é igualmente simplificada, restando ao jogador desenvolver o personagem: matando monstros, recolhendo itens, comprando equipamentos e desenvolvendo os fupongs. Os únicos estados importante são os pontos de ataque e a quantidade de vida, pois só existe a possibilidade de equipar uma arma e uma armadura.
É um jogo bem fácil de jogar e os desafios são superados em poucas tentativas. A tarefa básica que será repetida é de procurar um item no vilarejo, entrar na masmorra e resgatar uma pessoa. Quando alguém é resgatado a sua casa é reconstruída no mesmo dia, então o jogador vê a vila ficando cada vez mais habitada ao progredir na aventura.
Os primeiros a serem resgatados são muito convenientemente os donos de lojas. O que introduz ao jogador rapidamente o que fazer com os itens que servem para melhorar os shoppings, permitindo aos vendedores oferecerem itens melhores.
Em geral o jogador vai continuar a fazer as mesmas coisas até o fim do game, portanto se não fosse o fato das mudanças de cenários Away:Shuffle Dungeon seria um desastre de tão chato. Como não é o caso, podemos dizer que o game da Mistwalker é bom, ainda mais quando estamos falando de um portátil. Todavia, se o cidadão de bem está procurando algo com um roteiro mais abrangente, o próprio Zelda continua a ser um bom pedido.
Quanto ao jogador que inicia um novo jogo em Shuffle Dungeon, ele vai dar de cara com os cenários da vila Webb em sua primeira missão que o obriga a perambular pelo mapa à procura de uma moça. É a forma sútil de introduzir o “antes” para o jogador.
O Away não vai te pegar
Logo na introdução do game o jogador fica a par da situação da trama. Um pequeno vídeo conta a história da vila de Webb, onde um fenômeno misterioso atormenta os moradores a cada século. Todo ano o Away, nome dado ao fenômeno, faz um dos cidadãos desaparecer e 99 pessoas já foram levadas sem nunca se saber o paradeiro delas.
Passado a introdução, o jogador assume o comando de Sword, o herói da história. Aos poucos todo o enredo é revelado por conversas e animações. Numa das primeiras conversas é fácil deduzir que Sword não pertence ao vilarejo de Webb e que sonha em voltar para casa. Misteriosamente, não há muitos meios para sair da charmosa ilha onde ele está preso.
Enfim, o evento que é a engrenagem principal da história é o tal do Away. Após terminar a primeira missão que é encontrar e conversar com uma moça, a qual parece formar um belo casal com Sword, o jogador presencia o Away ocorrer bem na sua cara. Muitas luzes e raios cercam Sword e tentam o levar, porém a moça implora para que ele não seja levado, pedido o qual é atendido. Em troca de Sword o Away sequestra a vila inteira.
O jogador fica sozinho na ilha e as próximas tarefas dele serão sua rotina: encontrar objetos das pessoas raptadas para acessar as dungeons (masmorras) e resgatá-las. A história foi bem construída e atende as necessidades mínimas de contextualização para a aventura.
Padrão digno de produtores renomados
Away: Dungeon Shuffle foi criado por Hironobu Sakaguchi, pai da franquia Final Fantasy. Com o design de personagens liderado por Naoto Oshima, criador de Sonic. Os sons são elaborados por Nobuo Uematsu, compositor que trabalhou para a franquia Final Fantasy. Com esses nomes nos créditos uma opinião positiva sobre o título pode ser formada sem ao menos saber de maiores detalhes sobre o jogo.
A qualidade das músicas e efeitos sonoros estão ótimos e remetem perfeitamente ao mundo mágico o qual os desenvolvedores pretendem transmitir. Enquanto músicas de Uematsu embalam o clima de fantasia, há até algumas dublagens durante as cenas do jogo.
Já os gráficos exibem um padrão próprio e assemelham-se a aventuras ao estilo Zelda e Dragon Quest, ou forçando as lembranças: Secret of Mana. Aquelas figuras de humanos e monstros conquistam a simpatia velozmente com seu estilo de arte que lembra algo chibi ou SD (um estilo artístico japonês, apelidado como super-deformado). Os cenários são coloridos e bonitos, mas um ponto negativo dos gráficos é que, às vezes, pode ser difícil distinguir a natureza dos objetos.
Em Dungeon Shuffle encontramos dois tipos de gráficos, tridimensionais e bidimensionais. A parte em 3D fica contida nos cenários do vilarejo de Webb, nas batalhas contra chefões e nas últimas telas das masmorras. Já nas dungeons as duas dimensões dominam. Essa mescla é outro atrativo que merece algumas salvas de palmas.
Cinco segundos para acionar a alavanca e dar no pé
Como o nome do jogo estampa, o espírito de Dungeon Shuffle é explorar masmorras, sob o regime de um aspecto de jogabilidade bem peculiar de “suflê” de masmorras. O esquema é que cada tela do DS possui uma parte da dungeon e o jogador pode transitar entre essas duas partes, contudo um contador de tempo no leito da tela começa a zerar sob certa circunstância e quando ele chega ao zero é melhor não estar na parte da caverna com o contador.
O contador funciona tanto na tela superor quanto na inferior do DS e ele serve para avisar quando a parte da masmorra irá mudar. A mudança consiste em uma substituição de cenário e constitui um mecanismo de desafiar o jogador com puzzles simples nos quais é necessário descobrir como se mover pelos caminhos da dungeon e como liberar passagens utilizando alavancas.
Se o jogador for pego na hora da mudança, ele perde uma vida e a dungeon volta a ser como era no começo. Geralmente há três andares a serem superados, sendo que é preciso voltar todo o caminho após resgatar a pessoa no final da masmorra. O jogador recebe uma tarefa de babá para cuidar de seus fupongs e a pessoa resgatada, pois se Sword tiver atravessado para a outra tela, mas os outros não, eles serão afetados pela troca de masmorras.
Para trás feiticeiros, eu tenho um fupong!
Fupong é nome dado por Sword a criaturas amistosas encontradas nas dungeons, elas formam o sistema de magias do game. O jogador pode carregar até seis fupongs, elas fazem uma fila indiana atrás dele e conseguem soltar, uma única vez, seus poderes. Portanto, o jogador pode usar seis vezes os poderes mágicos. Após usar uma vez um fupong, ele fica cinza e só recupera a cor ao avançar de fase. Eles também ficam cinzas se forem capturados pelo shuffle.
O jogador pode evoluir seus fupongs com ração e também pode combinar dois deles. Outras possibilidades são de substituí-los e armazená-los, tudo na casa do chefe do vilarejo. Essas criaturas possuem cores diversas que acusam qual o poder especial delas. O vermelho solta fogo e o azul uma rajada congelante, por exemplo.
Como imaginado, há situações nas quais determinado poder é mais útil do que os outros, como quando uma barreira de gelo está no caminho. Ela pode ser derretida por um fupong vermelho. Logo, o sistema de poderes especiais em Away: Shuffle Dungeon recompensa aqueles que o usarem adequadamente.
Igualmente bom do início ao fim... Identicamente bom...
Nas masmorras a jogabilidade é bem simples, o jogador só precisa chegar perto do monstro e bater nele até ele ser derrotado, ou usar um poder para tentar acabar com o serviço mais cedo. Fazer isso com todos os outros monstros é uma boa ideia para ganhar bastante experiência e avançar de nível. No final da fase pode haver um chefão e a batalha costuma seguir um rumo fácil de observar e aprender quando atacar.
Trata-se de uma jogabilidade bem simples com a atração de alternância de cenários. A parte de atributos de RPG é igualmente simplificada, restando ao jogador desenvolver o personagem: matando monstros, recolhendo itens, comprando equipamentos e desenvolvendo os fupongs. Os únicos estados importante são os pontos de ataque e a quantidade de vida, pois só existe a possibilidade de equipar uma arma e uma armadura.
É um jogo bem fácil de jogar e os desafios são superados em poucas tentativas. A tarefa básica que será repetida é de procurar um item no vilarejo, entrar na masmorra e resgatar uma pessoa. Quando alguém é resgatado a sua casa é reconstruída no mesmo dia, então o jogador vê a vila ficando cada vez mais habitada ao progredir na aventura.
Os primeiros a serem resgatados são muito convenientemente os donos de lojas. O que introduz ao jogador rapidamente o que fazer com os itens que servem para melhorar os shoppings, permitindo aos vendedores oferecerem itens melhores.
Em geral o jogador vai continuar a fazer as mesmas coisas até o fim do game, portanto se não fosse o fato das mudanças de cenários Away:Shuffle Dungeon seria um desastre de tão chato. Como não é o caso, podemos dizer que o game da Mistwalker é bom, ainda mais quando estamos falando de um portátil. Todavia, se o cidadão de bem está procurando algo com um roteiro mais abrangente, o próprio Zelda continua a ser um bom pedido.
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