Aang retorna ao Wii com flexibilidade e novos desafios interessantes, mesmo num game restrito.
O terceiro game da série de Aang — o famoso personagem dos desenhos animados — despontou de forma curiosa em três plataformas: Nintendo DS, PlayStation 2 e Nintendo Wii. O Baixaki Jogos, ao brincar com o game para Wii, percebeu que há várias maneiras de abordar a temática dos desenhos, ainda mais quando há controles sensíveis a movimento à disposição dos desenvolvedores da THQ.
Bem, os testes realizados com Avatar: The Last Airbender — Into the Inferno foram bons, mas muito limitados. Restrição é a palavra-chave que infelizmente descreve o game da THQ, levando em consideração que certos quebra-cabeças e desafios são realmente interessantes, mas não há muito o que fazer a não ser praticar golpes com alguns personagens já conhecidos em poucos mapas e missões.
A volta de Aang
O famoso protagonista reaparece com a premissa de ilustrar os eventos do Book 3: Fogo (Livro 3: Fogo). Em outras palavras: Aang decide derrubar o Fire Lord (Senhor do Fogo), abrindo caminho até o temível inimigo com uma certa ajudinha de seus amigos.
A história do game pode deixar muitos jogadores iniciantes em Avatar completamente perdidos. Ao que tudo indica, a THQ preparou o jogo com foco nas pessoas que já conhecem muito bem a trama principal dos desenhos animados da Nickelodeon. É claro que há pequenas seções nas quais há a possibilidade de conferir perfis e alguns fatos, mas nada realmente apresenta apropriadamente o contexto de Avatar para os que nunca ouviram falar de Aang.
Portanto, é possível afirmar que o jogo peca em contextualização. Para quem apenas está procurando um bom título de ação/plataforma para o Nintendo Wii, ótimo, mas há o risco de se perder completamente na trama e nos protagonistas. O game fica muito melhor quando há certo conhecimento da saga do pequeno — e último — Airbender.
Enfim, diversos críticos do mundo dos videogames apontam Into the Inferno como um jogo criado essencialmente para o público infanto-juvenil. Os diálogos e o estilo geral do game realmente contribuem para tal afirmação, mas muitos adultos podem passar bons momentos de diversão com o título.
Uma breve introdução para os leigos: Aang, com 12 anos de idade, é uma encarnação de uma forma antiga no planeta, o Avatar. Sendo o equilíbrio entre os quatro principais elementos (água, terra, fogo e ar) e por sua vez representando o ar, Aang deve trazer a paz e o equilíbrio na Terra contra as terríveis forças da Fire Nation auxiliado por seu grupo de amigos (neste jogo, Katara, Toph, Zuko e Sokka).
Simples, muito simples
Mas interessante, pelo menos em um primeiro contato. Into the Inferno é, basicamente, um aglomerado de desafios envolvendo pequenas doses de raciocínio e uso extremo do Wii Remote como um controle remoto. Na maior parte do tempo, o jogador deve apontar o controle diretamente para a tela e executar movimentos variados.
A manipulação dos elementos naturais, no jogo, é o que mais chama a atenção. A THQ fez com que o Wii Remote seja o principal meio de interação entre Aang, o ar e a água. A movimentação dos personagens controlados está bastante simples (talvez até demais).
Em cada missão (escolhida pelo jogador através de um mapa belamente apresentado), há a possibilidade de alternar entre dois personagens pré-definidos a qualquer momento da ação. Mudar de protagonista é essencial para a superação de certos obstáculos, pois a variedade de personagens implica na mudança de poderes de manipulação, movimentação e golpes ofensivos.
Retirando todos os quesitos referentes à manipulação variada dos elementos naturais, Into the Inferno pode ser comparado com uma boa quantidade de games de ação/plataforma. O aclamado God of War, por exemplo, provavelmente serviu como fonte de inspiração para os desenvolvedores, pois o estilo geral das lutas, dos combos, da coleta de itens — moedas, objetos restauradores de energia... — e da movimentação dos personagens é intensamente clichê.
O bom é que o game possui o forte diferencial da manipulação de elementos. Assim, a mistura entre "button-smashing" e uso dos elementos como auxílio em combate torna o game distinto. Mas a má notícia é a seguinte: não há muito o que fazer.
A simplicidade é, ao mesmo tempo, a melhor qualidade e o pior defeito de Into the Inferno. Pois, apesar de ser possível observar os esforços dos desenvolvedores em apresentar uma mecânica de jogo sólida e estável, não há modos de jogo variados que possam entreter os gamers por horas e horas.
Um curto tempo de diversão
Para finalizar sem grandes problemas a história principal do jogo, cerca de cinco horas são exigidas. Isso não é muito, considerando que a história principal é justamente 90% do que o game tem a oferecer para os fãs de Aang.
Além de cumprir as missões propostas vencendo os pequenos desafios e quebra-cabeças dentro dos cenários, há minigames nos quais os jogadores devem controlar um pequeno planador. Nada mais simples: direcionar o objeto voador com o pino analógico do Nunchuk e atirar bolas de ar com um botão do Wii Remote.
Nem mesmo a diversificação de habilidades entre os personagens salva a pobre linearidade do jogo. Sim, Aang pode levantar pilares de água e criar pequenos blocos de gelo, Toph manipula a terra e Sokka pode utilizar seu bumerangue com precisão, mas, essencialmente, a jogabilidade é a mesma, não importando o protagonista controlado.
A maneira com que os elementos manipulados são exibidos é o que pode cativar fortemente muitos usuários do Wii (fãs do desenho ou não). O gamer deve usar sabiamente a natureza para vencer desafios oferecidos pelo cenário (água para apagar fogo, ar para desviar vapor, gelo para estagnar dutos).
Não há como criticar os visuais gráficos do game de forma incisiva, pois o próprio Wii tem fortes limitações físicas. Em uma abordagem mais ampla, pode-se dizer que a ambientação — tanto sonora quanto visual — é satisfatória para os padrões do console.
Aang pode não agradar gregos e troianos, mas a fluidez dos movimentos do personagem e de seus companheiros (bem como a dinâmica de manipulação de elementos) é um dos pontos mais expressivos do título. O Baixaki Jogos teve pouquíssimos problemas de estabilidade com o game, que não apresenta falhas absurdas em qualquer aspecto técnico.
De modo geral, é possível se divertir com Into the Inferno, mas a experiência acaba se tornando cada vez mais repetitiva, pois não há rotas alternativas de entretenimento a não ser a história principal e as missões de Aang. Curto, simples, prático, talvez até frustrante... Mas rende bons momentos de jogo com o aclamado console da Nintendo.
Bem, os testes realizados com Avatar: The Last Airbender — Into the Inferno foram bons, mas muito limitados. Restrição é a palavra-chave que infelizmente descreve o game da THQ, levando em consideração que certos quebra-cabeças e desafios são realmente interessantes, mas não há muito o que fazer a não ser praticar golpes com alguns personagens já conhecidos em poucos mapas e missões.
A volta de Aang
O famoso protagonista reaparece com a premissa de ilustrar os eventos do Book 3: Fogo (Livro 3: Fogo). Em outras palavras: Aang decide derrubar o Fire Lord (Senhor do Fogo), abrindo caminho até o temível inimigo com uma certa ajudinha de seus amigos.
A história do game pode deixar muitos jogadores iniciantes em Avatar completamente perdidos. Ao que tudo indica, a THQ preparou o jogo com foco nas pessoas que já conhecem muito bem a trama principal dos desenhos animados da Nickelodeon. É claro que há pequenas seções nas quais há a possibilidade de conferir perfis e alguns fatos, mas nada realmente apresenta apropriadamente o contexto de Avatar para os que nunca ouviram falar de Aang.
Portanto, é possível afirmar que o jogo peca em contextualização. Para quem apenas está procurando um bom título de ação/plataforma para o Nintendo Wii, ótimo, mas há o risco de se perder completamente na trama e nos protagonistas. O game fica muito melhor quando há certo conhecimento da saga do pequeno — e último — Airbender.
Enfim, diversos críticos do mundo dos videogames apontam Into the Inferno como um jogo criado essencialmente para o público infanto-juvenil. Os diálogos e o estilo geral do game realmente contribuem para tal afirmação, mas muitos adultos podem passar bons momentos de diversão com o título.
Uma breve introdução para os leigos: Aang, com 12 anos de idade, é uma encarnação de uma forma antiga no planeta, o Avatar. Sendo o equilíbrio entre os quatro principais elementos (água, terra, fogo e ar) e por sua vez representando o ar, Aang deve trazer a paz e o equilíbrio na Terra contra as terríveis forças da Fire Nation auxiliado por seu grupo de amigos (neste jogo, Katara, Toph, Zuko e Sokka).
Simples, muito simples
Mas interessante, pelo menos em um primeiro contato. Into the Inferno é, basicamente, um aglomerado de desafios envolvendo pequenas doses de raciocínio e uso extremo do Wii Remote como um controle remoto. Na maior parte do tempo, o jogador deve apontar o controle diretamente para a tela e executar movimentos variados.
A manipulação dos elementos naturais, no jogo, é o que mais chama a atenção. A THQ fez com que o Wii Remote seja o principal meio de interação entre Aang, o ar e a água. A movimentação dos personagens controlados está bastante simples (talvez até demais).
Em cada missão (escolhida pelo jogador através de um mapa belamente apresentado), há a possibilidade de alternar entre dois personagens pré-definidos a qualquer momento da ação. Mudar de protagonista é essencial para a superação de certos obstáculos, pois a variedade de personagens implica na mudança de poderes de manipulação, movimentação e golpes ofensivos.
O bom é que o game possui o forte diferencial da manipulação de elementos. Assim, a mistura entre "button-smashing" e uso dos elementos como auxílio em combate torna o game distinto. Mas a má notícia é a seguinte: não há muito o que fazer.
A simplicidade é, ao mesmo tempo, a melhor qualidade e o pior defeito de Into the Inferno. Pois, apesar de ser possível observar os esforços dos desenvolvedores em apresentar uma mecânica de jogo sólida e estável, não há modos de jogo variados que possam entreter os gamers por horas e horas.
Um curto tempo de diversão
Para finalizar sem grandes problemas a história principal do jogo, cerca de cinco horas são exigidas. Isso não é muito, considerando que a história principal é justamente 90% do que o game tem a oferecer para os fãs de Aang.
Além de cumprir as missões propostas vencendo os pequenos desafios e quebra-cabeças dentro dos cenários, há minigames nos quais os jogadores devem controlar um pequeno planador. Nada mais simples: direcionar o objeto voador com o pino analógico do Nunchuk e atirar bolas de ar com um botão do Wii Remote.
Nem mesmo a diversificação de habilidades entre os personagens salva a pobre linearidade do jogo. Sim, Aang pode levantar pilares de água e criar pequenos blocos de gelo, Toph manipula a terra e Sokka pode utilizar seu bumerangue com precisão, mas, essencialmente, a jogabilidade é a mesma, não importando o protagonista controlado.
A maneira com que os elementos manipulados são exibidos é o que pode cativar fortemente muitos usuários do Wii (fãs do desenho ou não). O gamer deve usar sabiamente a natureza para vencer desafios oferecidos pelo cenário (água para apagar fogo, ar para desviar vapor, gelo para estagnar dutos).
Não há como criticar os visuais gráficos do game de forma incisiva, pois o próprio Wii tem fortes limitações físicas. Em uma abordagem mais ampla, pode-se dizer que a ambientação — tanto sonora quanto visual — é satisfatória para os padrões do console.
Aang pode não agradar gregos e troianos, mas a fluidez dos movimentos do personagem e de seus companheiros (bem como a dinâmica de manipulação de elementos) é um dos pontos mais expressivos do título. O Baixaki Jogos teve pouquíssimos problemas de estabilidade com o game, que não apresenta falhas absurdas em qualquer aspecto técnico.
De modo geral, é possível se divertir com Into the Inferno, mas a experiência acaba se tornando cada vez mais repetitiva, pois não há rotas alternativas de entretenimento a não ser a história principal e as missões de Aang. Curto, simples, prático, talvez até frustrante... Mas rende bons momentos de jogo com o aclamado console da Nintendo.
Nota do Voxel