Das Cruzadas para o caldeirão efervescente da Renascença
Desmond Miles fez mais uma viagem genética. Só que em vez dos ambientes cavaleirescos das Cruzadas, o novo destino levou Miles para uma Itália que recém abrigou os luminares de um movimento que mudaria completamente as direções da Humanidade.
É no caldeirão fervente da Renascença que Assassin’s Creed 2 mostra por que, afinal, pode ser considerado um dos melhores jogos do ano — e certamente uma das melhores sequências que se tem conhecimento.
Assassins’s Creed 2 deliberadamente pega a fórmula do seu antecessor e eleva a novos patamares de qualidade, realismo e imersão. Mas não apenas isso: toda uma nova forma de se direcionar a controversa linhagem de assassinos se descortina, com uma história mais densa, objetivos variados e um avanço gráfico que imediatamente salta à vista. Isso sem falar que agora você poderá finalmente nadar e executar toda uma nova gama de movimentos.
Só que AC II consegue ir ainda mais longe. Na nova vastidão de cenários, você ainda poderá experimentar um pouco de... economia, conforme controla as finanças de toda uma “Villa”, investindo e colhendo os proventos conforme mais e mais pessoas passam a integrar a sua cidade. Provavelmente algo que ninguém imaginou ser possível no primeiro título.
Novamente, a história se desenvolverá em duas tramas separadas: de um lado, você controlará o prosaico barman Desmond Miles, que novamente é uma espécie de herói “por acaso”. Aliás, a figura de Miles é agora um pouco menos acessória do que no primeiro AC. Logo de início, você controlará Desmond para fora das instalações dos laboratórios Abstergo, que dessa vez não se limitará a um quarto hermeticamente fechado. Mas esse não é realmente o ponto mais alto...
Se Assassin’s Creed, mesmo com suas consideráveis limitações, com as repetições de missões e outros pormenores se firmou como um dos melhores jogos para a atual geração, AC II consegue não apenas corrigir alguns deslizes como ainda elevar a fórmula original a um novo patamar de qualidade.
No mais, vaguear e assassinar por uma Itália do século XV recriada nos seus mínimos detalhes certamente já vale por si só — embora a nova história, muito mais densa, provavelmente não deixe muito tempo para se prestar atenção nos detalhes do cenário.
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Nota do Voxel