50 Cent retorna ao... Oriente-Médio?!
A franquia 50 Cent está de volta. Sim, franquia, pois o rapper já virou uma marca bastante lucrativa em diversos segmentos do entretenimento – desta vez, o segundo game de ação de Curtis Jackson. O jogo é uma sequencia de 50 Cent: Bulletproof e traz novamente os integrantes do grupo G-Unit em uma aventura de tirar o fôlego.
Não sei porque estou aqui, mas estou levando bala!
Após mais um show em algum lugar não-identificado, 50 Cent recebe uma ligação dizendo que ele não foi pago. Isto leva o amigável rapper a tirar satisfação com o responsável, que diz não possuir um dinheiro – e propõe pagar com uma caveira de jóias após uma certa coerção por parte de nosso protagonista. Mas nem tudo corre como planejado, um grupo liderado por uma misteriosa mulher rouba a caveira, colocando 50 Cent nos calcanhares de um cidadão chamado Kamal – o suposto mandante da ação.
A partir daí é uma perseguição frenética por uma cidade em ruínas – sendo que ainda não temos a menor idéia do local onde se passa a história, assumindo que é no Oriente-Médio pelos sotaques e paisagens – para reaver o que lhe é devido. Para isso ele conta com a ajuda de um de seus três companheiros: Tony Yayo, Lloyd Banks ou DJ Whoo Kid.
A câmera se posiciona na já tradicional visão por sobre os ombros, com a possibilidade de uma mira mais apurada ao segurar um botão (L2 em nossa configuração). As armas são diversificadas e divididas em quatro categorias básicas: Pistolas; submetralhadoras e escopetas; rifles e metralhadoras; snipers, lança-mísseis e lança-granadas.
Minhas “paradas”
Isto torna o jogo bastante similar a Gears of War em termos de interface e de jogabilidade. Existe uma barra de vida no canto inferior esquerdo da tela que diminui conforme 50 Cent leva tiros, e se regenera após alguns segundos de calmaria. Outros elementos da tela incluem um marcador de pontos e de dinheiro, utilizado para adquirir provocações, armas e técnicas de combate manual.
Falando em adquirir novos itens e habilidades, a forma como isto ocorre é bastante cômica. Nosso anti-herói telefona para um distribuidor, o que abre uma loja na tela, e seleciona o que quer comprar – recebendo-os instantaneamente, à la Cybercops! Seja uma pistola ou um lança-mísseis, tudo pode chegar rapidamente através da linha telefônica! Também é bom ressaltar que isto é feito através de telefones públicos, que estão dispostos no meio das fases, e não entre elas.
No que diz respeito às provocações, elas são simplesmente falas de 50 Cent para seus inimigos, com os mais diversos xingamentos. Desde simples falas para se gabar até dizeres indecorosos com relação à mãe dos sujeitinhos, nosso protagonista definitivamente sabe como ofender. Não que haja muita necessidade, visto que os inimigos já estão dispostos a crivá-lo de balas.
As técnicas de combate manual incluem golpes desarmados assim como ataques com faca. Seguindo a tradição iniciada por Bulletproof, eles são acionados com o botão do círculo e em seguida uma série de indicações na tela dizem ao jogador quando pressioná-lo novamente. Se executar a sequência corretamente, a vítima é executa de forma cinematográfica – e muitas vezes brutal.
Sem lei, sem limites, sem noção
Tendo em vista o cenário quase pós-apocalíptico do loca, 50 Cent pode fazer qualquer coisa, sem nenhum tipo de receio com relação à intervenção de polícia ou algo do gênero. Isto, acoplado ao imenso poder aquisitivo do astro, proporciona algumas situações bastante grandiosas no que deveria ser uma simples cobrança de dívida.
As fases não se limitam a balear inimigos a pé – embora isto componha a maior parte do game. Existem algumas pequenas missões o fazem seguir adiante, por exemplo: você entra em um prédio em chamas e dois inimigos aparecem em uma varanda. Você tem trinta segundos para matá-los se quiser ganhar pontos de bônus e granadas ou munição explosiva e incendiária. Caso não consiga, você não irá falhar o nível, mas possuirá menos armamento para as batalhas futuras.
Além disso, algumas fases colocam o rapper dentor de veículos, seja no papel de motorista ou de passageiro. Em uma delas, por exemplo, você irá ter que desviar de inimigos enquanto seu parceiro desce chumbo em todos ao redor de seu carro, para poder se juntar a um comboio. Em outra, você está dentro de um helicóptero que atravessa um vale destruindo todas as vilas em seu caminho até chegar em uma determinada fortaleza, e deve utilizar a metralhadora do veículo para eliminar todo tipo de oposição.
A quantidade de oponentes é algo surpreendente, e aumentou consideravelmente se comparada àquela do primeiro título da franquia. Eles não param de vir e em alguns momentos você deve esperar atrás de paredes – o sistema de cobertura é um elemento bastante importante do game – por um bom tempo até conseguir uma oportunidade para atirar.
Falando em cobertura, o sistema é bem-realizado mas possui algumas falhas incômodas. É possível passar de um esconderijo para o outro se estiverem perto de forma rápida ao pressionar X (o botão geral de ações) e pode-se até mesmo atirar às cegas sem a mira, para tentar eliminar alguns inimigos descuidados. No entanto, várias vezes você possui o inimigo no centro de sua mira e ainda assim seus tiros atingem a parede.
Além disso, o sistema de cobertura o torna praticamente invulnerável quando você está escondido. Com a exceção de algumas situações específicas – como quando você está levando mísseis de um helicóptero na orelha – não há o que os inimigos possam fazer para atingi-lo atrás de sua fiel parede. Mesmo que arremessem granadas que caiam nos pés do protagonista, ao explodirem elas não causarão dano algum a ele.
O título possui ainda um sistema de câmera lenta para os tiros, como aquele visto em diversos outros games do gênero. Ao acumular “fogo” o suficiente (sim, o medidor é uma barra de fogo) é possível diminuir a velocidade de todos em volta para acertá-los com mais precisão – isto é especialmente útil contra veículos, como helicópteros.
Se fosse um filme, os gastos com explosões teriam sido enormes
A apresentação do jogo é boa, sem ser excelente. Os gráficos são realistas o suficiente para que não haja nenhum tipo de reação à primeira vista, mas possuem suas falhas que podem ser percebidas no decorrer do jogo – um exemplo é o vidro de alguns lugares que insiste em ficar no lugar mesmo após ser estilhaçado.
No entanto, 50 Cent não se parece muito com seu alter ego da vida real. Nas animações de CG ele está muito bem reproduzido, mas no game em si... eu não saberia dizer que é ele se não houvesse todo o resto do aparato do título ressaltando este fato continuamente. O mesmo vale para seus companheiros de grupo. Embora isto se limite ao rosto, pois o porte físico de cada um foi fielmente retratado.
O modelo de efeitos físicos é bastante absurdo, mas satisfatório. Embora explosões façam pessoas serem arremessadas longe – e muitas vezes para cima – elas são tão frequentes que você acaba se acostumando. O cenário possui inúmeros elementos destrutíveis e a trama destrói ainda mais. Tetos que caem, paredes que são demolidas por veículos, torres inteiras que sucumbem a mísseis de seu helicóptero. Tudo bastante surreal, mas emocionante.
A trilha sonora, é claro, é composta por faixas de 50 Cent, algumas criadas exclusivamente para o game. As famosas, como P.I.M.P., estão presentes e é possível selecionar quais você quer que toque durante a aventura. Como se Curtis estivesse com seu iPod a todos os momentos da guerrilha urbana em que ele se mete.
A falha maiores da apresentação é uma só: a queda constante de frame rates em diversos momentos. Isto ocorre demais através do jogo para ser ignorado, e é bastante incômodo em momentos críticos, como quando você está tentando controlar seu veículo em meio a fumaças, explosões e tiroteios.
Mais ação, mais 50 Cent, mais absurdos!
O game também possui um modo cooperativo de jogo, mas não offline – o que é bastante frustrante. Isto é o que adiciona maior longevidade ao título, que é bastante curto. Os itens que podem ser destravados (em sua maioria faixas de música) não são o suficiente para manter você jogando por muito tempo, visto que a missão principal será terminada rapidamente.
Em resumo, o jogo expande a fórmula buscada por Bulletproof e tenta contornar os elementos que foram tão duramente criticados no primeiro título da série. Tentando puxar o jogo mais para o lado de gêneros já consagrados, o diferencial é a inclusão da atitude peculiar de 50 Cent para tornar tudo bastante contraditório.
Tudo considerado, o jogo é divertido, não há como negar. A história é tão absurda e confusa que nem vale a pena tentar entendê-la, trantando-a apenas como um pretexto para muita ação e tiroteio. Se você é fã de jogos de tiro e de 50 Cent, não hesite pois este game com certeza irá agradá-lo. Se você não gosta de um dois, aí talvez seja o caso de emprestar de um amigo. Se não gosta de nenhum dos dois... por que leu tudo isso?
Não sei porque estou aqui, mas estou levando bala!
Após mais um show em algum lugar não-identificado, 50 Cent recebe uma ligação dizendo que ele não foi pago. Isto leva o amigável rapper a tirar satisfação com o responsável, que diz não possuir um dinheiro – e propõe pagar com uma caveira de jóias após uma certa coerção por parte de nosso protagonista. Mas nem tudo corre como planejado, um grupo liderado por uma misteriosa mulher rouba a caveira, colocando 50 Cent nos calcanhares de um cidadão chamado Kamal – o suposto mandante da ação.
A partir daí é uma perseguição frenética por uma cidade em ruínas – sendo que ainda não temos a menor idéia do local onde se passa a história, assumindo que é no Oriente-Médio pelos sotaques e paisagens – para reaver o que lhe é devido. Para isso ele conta com a ajuda de um de seus três companheiros: Tony Yayo, Lloyd Banks ou DJ Whoo Kid.
A câmera se posiciona na já tradicional visão por sobre os ombros, com a possibilidade de uma mira mais apurada ao segurar um botão (L2 em nossa configuração). As armas são diversificadas e divididas em quatro categorias básicas: Pistolas; submetralhadoras e escopetas; rifles e metralhadoras; snipers, lança-mísseis e lança-granadas.
Minhas “paradas”
Isto torna o jogo bastante similar a Gears of War em termos de interface e de jogabilidade. Existe uma barra de vida no canto inferior esquerdo da tela que diminui conforme 50 Cent leva tiros, e se regenera após alguns segundos de calmaria. Outros elementos da tela incluem um marcador de pontos e de dinheiro, utilizado para adquirir provocações, armas e técnicas de combate manual.
Falando em adquirir novos itens e habilidades, a forma como isto ocorre é bastante cômica. Nosso anti-herói telefona para um distribuidor, o que abre uma loja na tela, e seleciona o que quer comprar – recebendo-os instantaneamente, à la Cybercops! Seja uma pistola ou um lança-mísseis, tudo pode chegar rapidamente através da linha telefônica! Também é bom ressaltar que isto é feito através de telefones públicos, que estão dispostos no meio das fases, e não entre elas.
No que diz respeito às provocações, elas são simplesmente falas de 50 Cent para seus inimigos, com os mais diversos xingamentos. Desde simples falas para se gabar até dizeres indecorosos com relação à mãe dos sujeitinhos, nosso protagonista definitivamente sabe como ofender. Não que haja muita necessidade, visto que os inimigos já estão dispostos a crivá-lo de balas.
As técnicas de combate manual incluem golpes desarmados assim como ataques com faca. Seguindo a tradição iniciada por Bulletproof, eles são acionados com o botão do círculo e em seguida uma série de indicações na tela dizem ao jogador quando pressioná-lo novamente. Se executar a sequência corretamente, a vítima é executa de forma cinematográfica – e muitas vezes brutal.
Sem lei, sem limites, sem noção
Tendo em vista o cenário quase pós-apocalíptico do loca, 50 Cent pode fazer qualquer coisa, sem nenhum tipo de receio com relação à intervenção de polícia ou algo do gênero. Isto, acoplado ao imenso poder aquisitivo do astro, proporciona algumas situações bastante grandiosas no que deveria ser uma simples cobrança de dívida.
As fases não se limitam a balear inimigos a pé – embora isto componha a maior parte do game. Existem algumas pequenas missões o fazem seguir adiante, por exemplo: você entra em um prédio em chamas e dois inimigos aparecem em uma varanda. Você tem trinta segundos para matá-los se quiser ganhar pontos de bônus e granadas ou munição explosiva e incendiária. Caso não consiga, você não irá falhar o nível, mas possuirá menos armamento para as batalhas futuras.
Além disso, algumas fases colocam o rapper dentor de veículos, seja no papel de motorista ou de passageiro. Em uma delas, por exemplo, você irá ter que desviar de inimigos enquanto seu parceiro desce chumbo em todos ao redor de seu carro, para poder se juntar a um comboio. Em outra, você está dentro de um helicóptero que atravessa um vale destruindo todas as vilas em seu caminho até chegar em uma determinada fortaleza, e deve utilizar a metralhadora do veículo para eliminar todo tipo de oposição.
A quantidade de oponentes é algo surpreendente, e aumentou consideravelmente se comparada àquela do primeiro título da franquia. Eles não param de vir e em alguns momentos você deve esperar atrás de paredes – o sistema de cobertura é um elemento bastante importante do game – por um bom tempo até conseguir uma oportunidade para atirar.
Falando em cobertura, o sistema é bem-realizado mas possui algumas falhas incômodas. É possível passar de um esconderijo para o outro se estiverem perto de forma rápida ao pressionar X (o botão geral de ações) e pode-se até mesmo atirar às cegas sem a mira, para tentar eliminar alguns inimigos descuidados. No entanto, várias vezes você possui o inimigo no centro de sua mira e ainda assim seus tiros atingem a parede.
Além disso, o sistema de cobertura o torna praticamente invulnerável quando você está escondido. Com a exceção de algumas situações específicas – como quando você está levando mísseis de um helicóptero na orelha – não há o que os inimigos possam fazer para atingi-lo atrás de sua fiel parede. Mesmo que arremessem granadas que caiam nos pés do protagonista, ao explodirem elas não causarão dano algum a ele.
O título possui ainda um sistema de câmera lenta para os tiros, como aquele visto em diversos outros games do gênero. Ao acumular “fogo” o suficiente (sim, o medidor é uma barra de fogo) é possível diminuir a velocidade de todos em volta para acertá-los com mais precisão – isto é especialmente útil contra veículos, como helicópteros.
Se fosse um filme, os gastos com explosões teriam sido enormes
A apresentação do jogo é boa, sem ser excelente. Os gráficos são realistas o suficiente para que não haja nenhum tipo de reação à primeira vista, mas possuem suas falhas que podem ser percebidas no decorrer do jogo – um exemplo é o vidro de alguns lugares que insiste em ficar no lugar mesmo após ser estilhaçado.
No entanto, 50 Cent não se parece muito com seu alter ego da vida real. Nas animações de CG ele está muito bem reproduzido, mas no game em si... eu não saberia dizer que é ele se não houvesse todo o resto do aparato do título ressaltando este fato continuamente. O mesmo vale para seus companheiros de grupo. Embora isto se limite ao rosto, pois o porte físico de cada um foi fielmente retratado.
O modelo de efeitos físicos é bastante absurdo, mas satisfatório. Embora explosões façam pessoas serem arremessadas longe – e muitas vezes para cima – elas são tão frequentes que você acaba se acostumando. O cenário possui inúmeros elementos destrutíveis e a trama destrói ainda mais. Tetos que caem, paredes que são demolidas por veículos, torres inteiras que sucumbem a mísseis de seu helicóptero. Tudo bastante surreal, mas emocionante.
A trilha sonora, é claro, é composta por faixas de 50 Cent, algumas criadas exclusivamente para o game. As famosas, como P.I.M.P., estão presentes e é possível selecionar quais você quer que toque durante a aventura. Como se Curtis estivesse com seu iPod a todos os momentos da guerrilha urbana em que ele se mete.
A falha maiores da apresentação é uma só: a queda constante de frame rates em diversos momentos. Isto ocorre demais através do jogo para ser ignorado, e é bastante incômodo em momentos críticos, como quando você está tentando controlar seu veículo em meio a fumaças, explosões e tiroteios.
Mais ação, mais 50 Cent, mais absurdos!
O game também possui um modo cooperativo de jogo, mas não offline – o que é bastante frustrante. Isto é o que adiciona maior longevidade ao título, que é bastante curto. Os itens que podem ser destravados (em sua maioria faixas de música) não são o suficiente para manter você jogando por muito tempo, visto que a missão principal será terminada rapidamente.
Em resumo, o jogo expande a fórmula buscada por Bulletproof e tenta contornar os elementos que foram tão duramente criticados no primeiro título da série. Tentando puxar o jogo mais para o lado de gêneros já consagrados, o diferencial é a inclusão da atitude peculiar de 50 Cent para tornar tudo bastante contraditório.
Tudo considerado, o jogo é divertido, não há como negar. A história é tão absurda e confusa que nem vale a pena tentar entendê-la, trantando-a apenas como um pretexto para muita ação e tiroteio. Se você é fã de jogos de tiro e de 50 Cent, não hesite pois este game com certeza irá agradá-lo. Se você não gosta de um dois, aí talvez seja o caso de emprestar de um amigo. Se não gosta de nenhum dos dois... por que leu tudo isso?
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