Jogar games violentos só gera mais violência. Este senso comum vem assombrando a indústria do entretenimento eletrônico há um bom tempo. Como se não bastasse, casos e mais casos surgem na mídia para reforçar esta ideia, culpando os games como a principal causa de assassinatos e comportamentos violentos em geral.
Você já deve ter ouvido falar do tiroteio de Columbine High School, no qual dois jovens dispararam contra os demais alunos no início deste século. Depois do massacre, a mídia acabou considerando os jogos Doom e Wolfenstein 3D como fatores que contribuíram para o evento. Atualmente, diversos atentados, principalmente os que possuem jovens como protagonistas, são justificados pelo uso de determinados tipos de jogos.
Bem, você já leu e releu diversas matérias sobre jogos e a violência aqui no TecMundo Games. Mas, certamente, o universo do entretenimento conta com um lado que, muitas vezes, nem sequer é reconhecido por boa parte da mídia. Trata-se do poder que alguns video games têm para desestressar seus jogadores. Relaxe, e confira conosco este especial que prova que jogos não são sinônimos de violência.
Não há como negar que existem jogos muito intensos no mundo dos games. Alguns deles, até exageram na violência, e acabam sendo apenas games em que tudo o que se tem de fazer é arrancar a maior quantidade de sangue possível. Não há trama — pelo menos que possa ser considerada — e a jogabilidade é completamente maçante. Um estopim para um comportamento violento? Não necessariamente.
Muitos jogadores consideram os jogos violentos como uma terapia, um modo de escapar de todo o stress e tensão do mundo real. E, para eles, não há nada melhor do que aniquilar alguns zumbis ou cortar Locusts ao meio com uma metralhadora que também é uma serra elétrica. Até mesmo os budistas contemporâneos utilizam video games como um método anti-stress.
O fato é que alguns jogos podem até ter uma proposta encharcada pela violência, mas nem por isso despertam atitudes violentas em seus jogadores. Uma prova disto é que muitos dos “jogadores” — muitos culpados nem sequer eram jogadores assíduos, mas, somente pelo fato de contarem com um jogo em sua casa já eram considerados verdadeiros jogadores — que cometeram crimes contavam com um histórico de distúrbios e diversos outros problemas os quais, normalmente, não são enfatizados.
Mas não são somente os jogos extremamente violentos que podem servir como terapia para os jogadores. Existem outros títulos que possuem o objetivo quase explícito de tranquilizar e, para isso, utilizam vários recursos relaxantes diferentes. A criação de games deste estilo é considerada por muitos como algo “Cult”, e muitas vezes não consegue atingir um número significativo de vendas, mas acabam sendo respeitados pela crítica e pelos jogadores.
Os jogos "zen"
Sem dúvidas, o mercado dos jogos conta com uma extensa variedade de gêneros. Futebol, FPS, estratégia em tempo real, luta, ação e plataforma são apenas alguns dos exemplos. A cada dia, se torna mais difícil de identificar um gênero, pois muitos títulos conseguem fugir das características de um rótulo, principalmente os games inovadores.
Um exemplo disto é Braid. Por muito tempo, e para muitos, gráficos eram sinônimo de qualidade técnica. Ou seja, texturas em alta resolução e modelagens perfeitas. Entretanto, para Braid, o que importa é a arte — mas não somente ela. Este curioso game não só conta com um dos gráficos mais belos como também possui uma proposta realmente bacana. Em suma, um pacote completamente relaxante.
A trilha sonora, alimentada por violinos, violoncelos e outros instrumentos que parecem tocar a alma; o visual, feito à mão e com um aspecto que nos faz achar que estamos olhando para uma pintura; e a narrativa, simples, mas apresentada de maneira quase poética; fazem de Braid um game completamente “zen”.
A paz dos ventos
Outro título que também conta com uma proposta relaxante é Flower, exclusivo para PlayStation 3 (via PSN). Ideal para quem gosta do estilo “zen”, este game — desenvolvido pela mesma companhia de Flow, a thatgamecompany — faz com que o jogador controle uma simples pétala de flor que é carregada pelo vento. Mas qual seria o objetivo?
Tudo o que se tem a fazer é voar. E nada pode ser mais tranquilo e relaxante do que voar — a não ser que você esteja em um avião turbulento. O jogador passa, então, por campos com gramados mortos, edifícios apagados e locais que são como barreiras eletrizadas. Voando, deve-se simplesmente dar vida novamente a estes lugares, digamos, tristes.
O objetivo é perambular pelos cenários, coletando o maior número de pétalas possível, e dar vida aos locais, tornando-os mais coloridos, vivos e vibrantes. O jogo é tão relaxante que nem exige muita habilidade motora do gamer, evitando qualquer tensão. Basta pressionar qualquer botão para avançar e utilizar o acelerômetro SIXAXIS do joystick para movimentar-se, naturalmente.
Microscopicamente relaxante
Obviamente, não poderíamos deixar de mencionar o próprio flOw. Não há qualquer informação (HUD) poluindo a tela, apenas seu organismo e um gigantesco universo a ser explorado. O objetivo é simples: fazer com que seu ser aquático evolua e ganhe mais espaço na cadeia alimentar.
Os visuais do game são extremamente chamativos, mesmo sendo simples. A ausência do HUD, assim como o estilo, que imita a vida microscópica, impressiona qualquer jogador. A jogabilidade também é simples e intuitiva, facilitando o acesso para pessoas de todas as idades.
Felizmente, estes não são os únicos títulos que conseguem fazer com que o jogador descanse mentalmente. Existem diversos puzzles, os jogos no estilo quebra-cabeça, disponíveis em praticamente todas as plataformas. Feeding Frenzy, Cuboids e Lost Winds — que não se encaixa exatamente no gênero puzzle, mas conta com vestígios — são apenas alguns exemplos desta vasta gama que cada vez mais conquista jogadores.
Tranquilizando com agito
Bem, mencionamos acima alguns títulos que contam com uma proposta focada na tranquilidade, algo explícito pelo estilo gráfico, áudio e jogabilidade. Mas jogos mais intensos não são capazes de relaxar? Muito pelo contrário, conforme exaltamos.
Nos Estados Unidos, alguns hospitais recomendam games, alguns realmente agitados, como tratamento para seus pacientes. Boa parte dos títulos da lista ajuda na coordenação motora, mas também existem títulos que contribuem para a mentalidade. Confira abaixo alguns dos games presentes na lista elaborada pelo site USPharmD +:
Bem, certamente o universo do entretenimento eletrônico é poderoso o suficiente para livrar a cabeça dos jogadores de pensamentos negativos e preenchê-la com energias que tranquilizam. Mas, apesar disto, não há como negar que existem jogos que conseguem exatamente o contrário — o que também demonstra a versatilidade dos video games.
Alguns jogos contam com um clima repleto de tensão. Existem vários exemplos, mas, para ilustrar, citaremos alguns que consideramos tensos. Um deles é Fallout 3. A primeira vez que o jogador vê a devastada Wasteland, cidade central do game, bombardeada exaustivamente, há uma reação quase natural. Existem grandes chances do jogador se sensibilizar, pois o realismo e a atmosfera do game são impactantes.
Os jogos do gênero survival horror normalmente também são capazes de causar stress e tensão. Tudo graças, novamente, a atmosfera. Um caso ilustre é Dead Space, da Electronic Arts. Afinal, não poderia ser diferente, pois o jogador encontra-se no espaço, sozinho e aterrorizado por criaturas completamente bizarras. E, lembre-se: no espaço ninguém pode ouvir você gritar.
Por fim, temos jogos que contribui para o stress não pela atmosfera, mas pela sua extrema dificuldade. Ninja Gaiden, para muitos, é um game completamente estressante, assim como o mais recente Demons Soul. E quando o problema não está nas proezas da inteligência artificial, há sempre um “amigo” para irritar o jogador. Quem joga Street Fighter IV ou jogos de futebol sabe bem disto.
De qualquer maneira, vale ressaltar que os jogos não podem ser considerados apenas como geradores de violência. Sim, existem muitos video games que tranquilizam qualquer jogador, independentemente do gênero em que se encaixam. Sinta-se a vontade para comentar caso relembre algum título “zen”!
Você já deve ter ouvido falar do tiroteio de Columbine High School, no qual dois jovens dispararam contra os demais alunos no início deste século. Depois do massacre, a mídia acabou considerando os jogos Doom e Wolfenstein 3D como fatores que contribuíram para o evento. Atualmente, diversos atentados, principalmente os que possuem jovens como protagonistas, são justificados pelo uso de determinados tipos de jogos.
Bem, você já leu e releu diversas matérias sobre jogos e a violência aqui no TecMundo Games. Mas, certamente, o universo do entretenimento conta com um lado que, muitas vezes, nem sequer é reconhecido por boa parte da mídia. Trata-se do poder que alguns video games têm para desestressar seus jogadores. Relaxe, e confira conosco este especial que prova que jogos não são sinônimos de violência.
Não há como negar que existem jogos muito intensos no mundo dos games. Alguns deles, até exageram na violência, e acabam sendo apenas games em que tudo o que se tem de fazer é arrancar a maior quantidade de sangue possível. Não há trama — pelo menos que possa ser considerada — e a jogabilidade é completamente maçante. Um estopim para um comportamento violento? Não necessariamente.
Muitos jogadores consideram os jogos violentos como uma terapia, um modo de escapar de todo o stress e tensão do mundo real. E, para eles, não há nada melhor do que aniquilar alguns zumbis ou cortar Locusts ao meio com uma metralhadora que também é uma serra elétrica. Até mesmo os budistas contemporâneos utilizam video games como um método anti-stress.
O fato é que alguns jogos podem até ter uma proposta encharcada pela violência, mas nem por isso despertam atitudes violentas em seus jogadores. Uma prova disto é que muitos dos “jogadores” — muitos culpados nem sequer eram jogadores assíduos, mas, somente pelo fato de contarem com um jogo em sua casa já eram considerados verdadeiros jogadores — que cometeram crimes contavam com um histórico de distúrbios e diversos outros problemas os quais, normalmente, não são enfatizados.
Mas não são somente os jogos extremamente violentos que podem servir como terapia para os jogadores. Existem outros títulos que possuem o objetivo quase explícito de tranquilizar e, para isso, utilizam vários recursos relaxantes diferentes. A criação de games deste estilo é considerada por muitos como algo “Cult”, e muitas vezes não consegue atingir um número significativo de vendas, mas acabam sendo respeitados pela crítica e pelos jogadores.
O incrível Machinarium
Os jogos "zen"
Games que tranquilizam
Sem dúvidas, o mercado dos jogos conta com uma extensa variedade de gêneros. Futebol, FPS, estratégia em tempo real, luta, ação e plataforma são apenas alguns dos exemplos. A cada dia, se torna mais difícil de identificar um gênero, pois muitos títulos conseguem fugir das características de um rótulo, principalmente os games inovadores.
Um exemplo disto é Braid. Por muito tempo, e para muitos, gráficos eram sinônimo de qualidade técnica. Ou seja, texturas em alta resolução e modelagens perfeitas. Entretanto, para Braid, o que importa é a arte — mas não somente ela. Este curioso game não só conta com um dos gráficos mais belos como também possui uma proposta realmente bacana. Em suma, um pacote completamente relaxante.
A trilha sonora, alimentada por violinos, violoncelos e outros instrumentos que parecem tocar a alma; o visual, feito à mão e com um aspecto que nos faz achar que estamos olhando para uma pintura; e a narrativa, simples, mas apresentada de maneira quase poética; fazem de Braid um game completamente “zen”.
A paz dos ventos
Outro título que também conta com uma proposta relaxante é Flower, exclusivo para PlayStation 3 (via PSN). Ideal para quem gosta do estilo “zen”, este game — desenvolvido pela mesma companhia de Flow, a thatgamecompany — faz com que o jogador controle uma simples pétala de flor que é carregada pelo vento. Mas qual seria o objetivo?
Tudo o que se tem a fazer é voar. E nada pode ser mais tranquilo e relaxante do que voar — a não ser que você esteja em um avião turbulento. O jogador passa, então, por campos com gramados mortos, edifícios apagados e locais que são como barreiras eletrizadas. Voando, deve-se simplesmente dar vida novamente a estes lugares, digamos, tristes.
O objetivo é perambular pelos cenários, coletando o maior número de pétalas possível, e dar vida aos locais, tornando-os mais coloridos, vivos e vibrantes. O jogo é tão relaxante que nem exige muita habilidade motora do gamer, evitando qualquer tensão. Basta pressionar qualquer botão para avançar e utilizar o acelerômetro SIXAXIS do joystick para movimentar-se, naturalmente.
Microscopicamente relaxante
Obviamente, não poderíamos deixar de mencionar o próprio flOw. Não há qualquer informação (HUD) poluindo a tela, apenas seu organismo e um gigantesco universo a ser explorado. O objetivo é simples: fazer com que seu ser aquático evolua e ganhe mais espaço na cadeia alimentar.
Os visuais do game são extremamente chamativos, mesmo sendo simples. A ausência do HUD, assim como o estilo, que imita a vida microscópica, impressiona qualquer jogador. A jogabilidade também é simples e intuitiva, facilitando o acesso para pessoas de todas as idades.
Felizmente, estes não são os únicos títulos que conseguem fazer com que o jogador descanse mentalmente. Existem diversos puzzles, os jogos no estilo quebra-cabeça, disponíveis em praticamente todas as plataformas. Feeding Frenzy, Cuboids e Lost Winds — que não se encaixa exatamente no gênero puzzle, mas conta com vestígios — são apenas alguns exemplos desta vasta gama que cada vez mais conquista jogadores.
Tranquilizando com agito
Jogos intensos como remédio
Bem, mencionamos acima alguns títulos que contam com uma proposta focada na tranquilidade, algo explícito pelo estilo gráfico, áudio e jogabilidade. Mas jogos mais intensos não são capazes de relaxar? Muito pelo contrário, conforme exaltamos.
Nos Estados Unidos, alguns hospitais recomendam games, alguns realmente agitados, como tratamento para seus pacientes. Boa parte dos títulos da lista ajuda na coordenação motora, mas também existem títulos que contribuem para a mentalidade. Confira abaixo alguns dos games presentes na lista elaborada pelo site USPharmD +:
Wii Boxing: Jogar Wii Boxing, segundo o site, ajuda a aprender a calcular os movimentos, e também auxilia no equilibrio através da coordenação.
- Trauma Center: Este jogo para Wii é ideal para pacientes que desejam aprimorar sua habilidade motora.
- Mario Party: Game que permite o trabalho simultâneo de vários pacientes, oferecendo pequenos desafios que podem contribuir de diversas maneiras.
- Wii Bowling: Um jogo de boliche acessível para qualquer paciente. Portadores de deficiências físicas, ou que necessitam de cadeiras de roda, também podem desfrutar do game sem qualquer problema.
- Brain Age: Conhecido por muitos jogadores, este título estimula o trabalho cerebral e pode ajudar a recuperar no tratamento de deficiências mentais.
- Dance Dance Revolution: Com a ajuda do tapete especialmente criado para o game, os pacientes podem aprimorar a agilidade, coordenação e os reflexos enquanto praticam exercícios leves.
- Guitar Hero: Jogo interativo de música e ritmo que pode melhorar a coordenação motora e a concentração dos pacientes, assim como o funcionamento da mão.
O outro lado da moeda
Evite quando estiver estressado
Bem, certamente o universo do entretenimento eletrônico é poderoso o suficiente para livrar a cabeça dos jogadores de pensamentos negativos e preenchê-la com energias que tranquilizam. Mas, apesar disto, não há como negar que existem jogos que conseguem exatamente o contrário — o que também demonstra a versatilidade dos video games.
Alguns jogos contam com um clima repleto de tensão. Existem vários exemplos, mas, para ilustrar, citaremos alguns que consideramos tensos. Um deles é Fallout 3. A primeira vez que o jogador vê a devastada Wasteland, cidade central do game, bombardeada exaustivamente, há uma reação quase natural. Existem grandes chances do jogador se sensibilizar, pois o realismo e a atmosfera do game são impactantes.
Os jogos do gênero survival horror normalmente também são capazes de causar stress e tensão. Tudo graças, novamente, a atmosfera. Um caso ilustre é Dead Space, da Electronic Arts. Afinal, não poderia ser diferente, pois o jogador encontra-se no espaço, sozinho e aterrorizado por criaturas completamente bizarras. E, lembre-se: no espaço ninguém pode ouvir você gritar.
Por fim, temos jogos que contribui para o stress não pela atmosfera, mas pela sua extrema dificuldade. Ninja Gaiden, para muitos, é um game completamente estressante, assim como o mais recente Demons Soul. E quando o problema não está nas proezas da inteligência artificial, há sempre um “amigo” para irritar o jogador. Quem joga Street Fighter IV ou jogos de futebol sabe bem disto.
De qualquer maneira, vale ressaltar que os jogos não podem ser considerados apenas como geradores de violência. Sim, existem muitos video games que tranquilizam qualquer jogador, independentemente do gênero em que se encaixam. Sinta-se a vontade para comentar caso relembre algum título “zen”!