A independência é algo admirável no mundo dos video games. Não são muitos os desenvolvedores que conseguem se salvar das enormes garras das grandes empresas. É claro que, optando pela independência, fica muito mais difícil de criar um jogo decente, que fique famoso pelo globo.
O que importa é que, de modo geral, os jogos independentes trazem propostas simples aos gamers, mas que podem causar mais impacto que o esperado. A influência dos desenvolvedores independentes é tão grande que diversos eventos e conferências são criados para que essa iniciativa seja valorizada.
Um dos festivais mais famosos do planeta é o Independent Games Festival (IGF), que já conta com mais de 10 edições e ocorre durante a Game Developers Conference (a famosa GDC). Os organizadores são responsáveis por divulgar e premiar grandes games como Dyson, Machinarium e You Have to Burn The Rope.
O quê? Você não conhece esses títulos? Realmente, eles não são tão conhecidos assim, mas há jogos um pouco mais propagados pela mídia dos games que aparecem nesses eventos de desenvolvedores independentes. Braid, PixelJunk Eden e Zeno Clash são bons exemplos.
"Indie games"
De fato, os jogos independentes contam com as ideias mais inusitadas dos video games. Ainda assim, é impressionante o nível de qualidade técnica que certos desenvolvedores conseguem atingir em seus produtos. Diversão é praticamente inevitável quando o assunto é um jogo tão bom quanto Castle Crashers, vencedor de prêmios na IGF.
Abaixo, constam alguns dos games independentes mais expressivos até o momento:
Contando com um visual parecido com o que ocorre em LocoRoco, World of Goo é um título da 2D Boy que traz uma proposta bastante simples e curiosamente envolvente. A ideia é interligar pequenas bolas com o propósito de construir um caminho sólido de um ponto a outro no mapa.
Para posicionar as esferas de Goo de forma sólida e estável, o jogador precisa pensar muito bem nas posições das bolinhas. A física do jogo é muito interessante e consiste em um dos principais pilares da jogabilidade. Criado exclusivamente para PC e Nintendo Wii, World of Goo é um dos melhores exemplos de "indie games" que fizeram sucesso.
O que falar das aventuras maravilhosas de Tim? Os usuários das plataformas PC e Xbox 360 foram felicitados com um game simples (comandos básicos: correr, pular e voltar no tempo) e ao mesmo tempo muito bom. Braid faz com que os jogadores de Super Mario Bros. se arrepiem com a ambientação espetacular apresentada pelo título desenvolvido pela Number None.
O game se destacou de forma impressionante na rede online do console de última geração da Microsoft. A Xbox Live Arcade nunca mais foi a mesma depois que Braid foi lançado, pois é difícil não ser cativado pelos visuais belíssimos — arte "a la Van Gogh" e uma trilha sonora simplesmente fantástica. Prêmio de inovação na IGF de 2006.
Outro 9,5 atribuído pelo TecMundo Games. Castle Crashers oferece uma experiência única a todos aqueles que buscam um jogo de ação descontraído, envolvente e... Sanguinário. Pois é, o título da The Behemoth destoa de outros games independentes devido à brutalidade hilariante que a pancadaria apresenta. Nunca foi tão divertido — e violento — salvar princesas.
A ambientação do jogo mostra o quanto que os desenvolvedores independentes podem caprichar ao criar um trabalho de arte admirável e intensamente polido. A jogabilidade também é um dos pontos fortes do game, assim como a aparência visual, os recursos sonoros, a acessibilidade, as ótimas funcionalidades multiplayer...
Esta exclusividade da PlayStation Network (a rede online do PlayStation 3) é o terceiro título da série desenvolvida pela Q-Games. PixelJunk Eden não traz nada de excepcional, mas carrega um estilo visual de arrepiar os cabelos. Jardins curiosos chamam a atenção dos jogadores em um game que lembra muito o título flOw.
De qualquer maneira, o título merece destaque devido à boa qualidade técnica encontrada. A jogabilidade é simples, mas vicia. É interessante realçar a possibilidade de fazer o upload de vídeos diretamente para o YouTube. A duração do modo principal do game é o suficiente para entreter os usuários do PS3 com muita diversão.
A bizarrice toma conta de muitos jogos independentes. Bem, Zeno Clash é um desses títulos. O game desenvolvido pela ACE Team traz uma experiência completamente surreal em um mundo de fantasia chamado Zenozoik. O foco consiste na saga de Ghat, um aventureiro nada comum. A criatividade dos desenvolvedores foi colocada à prova neste game.
Contando com visuais gráficos plenamente satisfatórios, a ambientação do jogo é maluca, mas não deixa de ser cativante. Além disso, Zeno Clash proporciona alguns desafios bastante interessantes em seu sistema de combate. Aproximadamente 30 minutos são necessários para que os usuários do PC saibam como lidar com as ideias absurdas do game.
Moral da história?
É claro que todos aqueles que não trabalham para as grandes desenvolvedoras de jogos contam com muito mais problemas. Como divulgar os games criados? Como arrecadar fundos para o desenvolvimento? Que tipo de tecnologias empregar para gerar os melhores resultados sem arcar com grandes custos?
Bem, eu acredito que quem realmente quer criar um jogo decente consegue encontrar essas soluções. Sim, o esforço grande, mas não há motivo para grandes preocupações se a proposta central do projeto é convincente o suficiente para chamar a atenção até mesmo dos jogadores mais hardcore.
Há alguma fórmula a ser seguida para causar rebuliço no mundo dos video games sendo uma desenvolvedora independente? Eu diria que o ideal é buscar sempre a inovação — por mais difícil que isso pareça — e a abrangência. Jogabilidade prática e propostas mais simples geralmente são mais fáceis de serem desenvolvidas do que ideias complexas, que muitas vezes não conseguem ser reproduzidas com qualidade.
De qualquer maneira, já vimos que é possível criar ótimos jogos sem ter que esbanjar em recursos visuais e sonoros. Às vezes é mais interessante investir pesado no trabalho de arte do que na reprodução gráfica das ideias abordadas. Quanto à ambientação sonora, é fundamental que haja um mínimo de qualidade e polimento para que as músicas e os sons sejam compatíveis com o contexto geral do game.
Dependendo da proposta criada, é bom tentar atingir um público bastante amplo. Diferenças de idade e sexo podem ser facilmente suprimidas se o tema do jogo não contiver nenhum tipo de ideia direcionada a apenas um determinado tipo de público-alvo. World of Goo é um ótimo exemplo de título bastante abrangente nesse sentido.
Enfim, o que importa é que não devemos subestimar os desenvolvedores de jogos independentes. Resultados maravilhosos podem aparecer de árduos esforços provenientes de grupos que não são dependentes das grandes empresas de games.
O que importa é que, de modo geral, os jogos independentes trazem propostas simples aos gamers, mas que podem causar mais impacto que o esperado. A influência dos desenvolvedores independentes é tão grande que diversos eventos e conferências são criados para que essa iniciativa seja valorizada.
Um dos festivais mais famosos do planeta é o Independent Games Festival (IGF), que já conta com mais de 10 edições e ocorre durante a Game Developers Conference (a famosa GDC). Os organizadores são responsáveis por divulgar e premiar grandes games como Dyson, Machinarium e You Have to Burn The Rope.
O quê? Você não conhece esses títulos? Realmente, eles não são tão conhecidos assim, mas há jogos um pouco mais propagados pela mídia dos games que aparecem nesses eventos de desenvolvedores independentes. Braid, PixelJunk Eden e Zeno Clash são bons exemplos.
"Indie games"
Quase sempre uma surpresa
De fato, os jogos independentes contam com as ideias mais inusitadas dos video games. Ainda assim, é impressionante o nível de qualidade técnica que certos desenvolvedores conseguem atingir em seus produtos. Diversão é praticamente inevitável quando o assunto é um jogo tão bom quanto Castle Crashers, vencedor de prêmios na IGF.
Abaixo, constam alguns dos games independentes mais expressivos até o momento:
Contando com um visual parecido com o que ocorre em LocoRoco, World of Goo é um título da 2D Boy que traz uma proposta bastante simples e curiosamente envolvente. A ideia é interligar pequenas bolas com o propósito de construir um caminho sólido de um ponto a outro no mapa.
Para posicionar as esferas de Goo de forma sólida e estável, o jogador precisa pensar muito bem nas posições das bolinhas. A física do jogo é muito interessante e consiste em um dos principais pilares da jogabilidade. Criado exclusivamente para PC e Nintendo Wii, World of Goo é um dos melhores exemplos de "indie games" que fizeram sucesso.
O que falar das aventuras maravilhosas de Tim? Os usuários das plataformas PC e Xbox 360 foram felicitados com um game simples (comandos básicos: correr, pular e voltar no tempo) e ao mesmo tempo muito bom. Braid faz com que os jogadores de Super Mario Bros. se arrepiem com a ambientação espetacular apresentada pelo título desenvolvido pela Number None.
O game se destacou de forma impressionante na rede online do console de última geração da Microsoft. A Xbox Live Arcade nunca mais foi a mesma depois que Braid foi lançado, pois é difícil não ser cativado pelos visuais belíssimos — arte "a la Van Gogh" e uma trilha sonora simplesmente fantástica. Prêmio de inovação na IGF de 2006.
Outro 9,5 atribuído pelo TecMundo Games. Castle Crashers oferece uma experiência única a todos aqueles que buscam um jogo de ação descontraído, envolvente e... Sanguinário. Pois é, o título da The Behemoth destoa de outros games independentes devido à brutalidade hilariante que a pancadaria apresenta. Nunca foi tão divertido — e violento — salvar princesas.
A ambientação do jogo mostra o quanto que os desenvolvedores independentes podem caprichar ao criar um trabalho de arte admirável e intensamente polido. A jogabilidade também é um dos pontos fortes do game, assim como a aparência visual, os recursos sonoros, a acessibilidade, as ótimas funcionalidades multiplayer...
Esta exclusividade da PlayStation Network (a rede online do PlayStation 3) é o terceiro título da série desenvolvida pela Q-Games. PixelJunk Eden não traz nada de excepcional, mas carrega um estilo visual de arrepiar os cabelos. Jardins curiosos chamam a atenção dos jogadores em um game que lembra muito o título flOw.
De qualquer maneira, o título merece destaque devido à boa qualidade técnica encontrada. A jogabilidade é simples, mas vicia. É interessante realçar a possibilidade de fazer o upload de vídeos diretamente para o YouTube. A duração do modo principal do game é o suficiente para entreter os usuários do PS3 com muita diversão.
A bizarrice toma conta de muitos jogos independentes. Bem, Zeno Clash é um desses títulos. O game desenvolvido pela ACE Team traz uma experiência completamente surreal em um mundo de fantasia chamado Zenozoik. O foco consiste na saga de Ghat, um aventureiro nada comum. A criatividade dos desenvolvedores foi colocada à prova neste game.
Contando com visuais gráficos plenamente satisfatórios, a ambientação do jogo é maluca, mas não deixa de ser cativante. Além disso, Zeno Clash proporciona alguns desafios bastante interessantes em seu sistema de combate. Aproximadamente 30 minutos são necessários para que os usuários do PC saibam como lidar com as ideias absurdas do game.
Moral da história?
Não subestime os desenvolvedores independentes
É claro que todos aqueles que não trabalham para as grandes desenvolvedoras de jogos contam com muito mais problemas. Como divulgar os games criados? Como arrecadar fundos para o desenvolvimento? Que tipo de tecnologias empregar para gerar os melhores resultados sem arcar com grandes custos?
Bem, eu acredito que quem realmente quer criar um jogo decente consegue encontrar essas soluções. Sim, o esforço grande, mas não há motivo para grandes preocupações se a proposta central do projeto é convincente o suficiente para chamar a atenção até mesmo dos jogadores mais hardcore.
Há alguma fórmula a ser seguida para causar rebuliço no mundo dos video games sendo uma desenvolvedora independente? Eu diria que o ideal é buscar sempre a inovação — por mais difícil que isso pareça — e a abrangência. Jogabilidade prática e propostas mais simples geralmente são mais fáceis de serem desenvolvidas do que ideias complexas, que muitas vezes não conseguem ser reproduzidas com qualidade.
De qualquer maneira, já vimos que é possível criar ótimos jogos sem ter que esbanjar em recursos visuais e sonoros. Às vezes é mais interessante investir pesado no trabalho de arte do que na reprodução gráfica das ideias abordadas. Quanto à ambientação sonora, é fundamental que haja um mínimo de qualidade e polimento para que as músicas e os sons sejam compatíveis com o contexto geral do game.
Dependendo da proposta criada, é bom tentar atingir um público bastante amplo. Diferenças de idade e sexo podem ser facilmente suprimidas se o tema do jogo não contiver nenhum tipo de ideia direcionada a apenas um determinado tipo de público-alvo. World of Goo é um ótimo exemplo de título bastante abrangente nesse sentido.
Enfim, o que importa é que não devemos subestimar os desenvolvedores de jogos independentes. Resultados maravilhosos podem aparecer de árduos esforços provenientes de grupos que não são dependentes das grandes empresas de games.
Categorias
